24/04/2020
                
        Comando Nacional e COE negociam regras das férias e do banco de horas no Itaú

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú voltaram a se reunir por videoconferência com o banco, na quinta-feira (23), para negociar o banco de horas dos funcionários que estão afastados do local de trabalho sem realizar o home office, incluindo aqueles que fazem parte dos grupos de risco, e dos que estão em esquema de rodízio.
No primeiro encontro, na segunda-feira (20), o Itaú informou que existem atualmente 45 mil funcionários trabalhando em casa (home office) e 7 mil estão afastados sem atividade de home office. Isso representa 64% dos 81.691 empregados da holding, segundo dados do balanço social do banco de 2019. Além desses, outros 20 mil trabalham em esquema de rodízio.
O banco atendeu a reivindicação dos representantes dos trabalhadores e irá dar um bônus de desconto de 10% em cima do total de banco de horas de cada trabalhador. Não entrará sábado, domingo e feriado.
Além disso, o banco de horas começa a contar a partir do dia 1 de maio, após assembleia a ser realizada pelos sindicatos digitalmente. Com isso, serão abonados todos os dias que os trabalhadores ficaram em casa, desde o começo da pandemia, até o dia 1/5, cerca de um mês e meio. Outra conquista importante da negociação.
Em caso de demissão sem justa causa, o banco de horas não será descontado do valor que o trabalhador tiver a receber. Outra conquista é que as horas trabalhadas aos sábados, domingos, feriados e horas noturna serão pagas como horas extras.
Outra conquista do movimento sindical é que os funcionários de seis horas poderão ter 30 minutos de intervalo e não apenas 15. Além da possibilidade de caixas e gerentes atuarem na Central de Atendimento por 6 horas. Nesses casos, quem é de 8 horas trabalha só seis e não fica com horas em débito. O banco fornecerá treinamento e equipamento para o trabalho em home office.
Pendências
Os representantes dos trabalhadores reivindicam ainda que o prazo de compensação do banco de horas seja de um ano e não 18 meses, como o Itaú havia sugerido inicialmente. O banco ficou de responder à COE sobre essa demanda. Já está definido que, no fim do prazo de compensação, o banco não cobrará as horas que sobrarem.
A representação dos trabalhadores também cobrou novamente que o Itaú inclua as lactantes e mães com filhos até dois anos no grupo de risco.
Os trabalhadores também cobraram que o Itaú disponibilize testes para todos os bancários, principalmente para aqueles que estão voltando do rodízio. “Nós já apresentamos nossas reivindicações ao banco e estamos aguardando o retorno delas para colocar a proposta em votação para todos os trabalhadores”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
            SINDICALIZE-SE
        
    MAIS NOTÍCIAS
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
 - Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
 - Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
 - Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
 - Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
 - Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
 - Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
 - 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
 - CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
 - Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
 - Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
 - PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado
 - Servidores marcham em Brasília contra a reforma administrativa que ameaça o serviço público
 - Sindicato reforça alerta do INSS para golpe da prova de vida
 - Veja quanto você pode economizar com a isenção de IR se o Senado aprovar a nova Lei do IR