08/07/2025

Dia Nacional de Luta: Sindicato denuncia fechamento de agências, demissões e adoecimento no Itaú

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região realizou, nesta terça-feira (8), uma manifestação em frente à agência 0261 do Itaú, na região central do município, reforçando os protestos que ocorrem em âmbito nacional neste Dia de Luta dos Trabalhadores do Itaú.

Com faixas, palavras de ordem e distribuição de informativos, dirigentes sindicais denunciaram à população a realidade escondida por trás das campanhas publicitárias do banco. Apesar da imagem de sucesso e modernidade que o Itaú divulga na mídia, a rotina dentro das agências é marcada por demissões, sobrecarga, metas inalcançáveis e adoecimento psicológico entre os bancários.
 

Os impactos, no entanto, não atingem apenas os trabalhadores. Clientes também sofrem com agências lotadas, filas intermináveis, escassez de atendimento presencial e a imposição de soluções digitais que nem sempre estão ao alcance de todos. Enquanto busca reduzir custos e ampliar seus lucros, o banco empurra a conta para funcionários e a sociedade.

Somente no primeiro trimestre deste ano, o Itaú atingiu lucro líquido de R$ 11,1 bilhões, mas segue promovendo cortes severos. Em doze meses, foram encerradas 222 agências em todo o Brasil, enquanto 7.721 trabalhadores perderam seus empregos apenas no ano passado. Além disso, o banco promoveu a segmentação de contas, excluindo 1,4 milhão de clientes e encerrando março de 2025 com 99,2 milhões de correntistas.
 

“Esse movimento revela um total desrespeito à função social que o banco deve cumprir como uma concessão pública, responsável não apenas pela segurança dos recursos financeiros da população, mas também por garantir o acesso aos serviços bancários e fomentar o desenvolvimento econômico por meio da oferta de crédito”, destacou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
 

A mobilização também se estendeu às redes sociais, ampliando o alcance das denúncias e a visibilidade das ações.

“Não podemos mais aceitar que o Itaú, o banco que mais lucra no Brasil, seja também o que mais adoece seus trabalhadores. Há bancários sofrendo com burnout, depressão, crises de ansiedade, tudo em razão de um modelo de gestão que os submete a pressões desumanas, exigindo resultados cada vez maiores, enquanto elimina postos de trabalho sem qualquer consideração”, reforçou Ricardo Jorge Nassar Jr., diretor do Sindicato.
 

“Estamos falando de famílias inteiras afetadas, de comunidades inteiras que ficam sem agências e de clientes que perdem acesso digno ao atendimento bancário. Essa falta de responsabilidade social não cabe mais num banco que está há mais de cem anos lucrando às custas do esforço dos trabalhadores. Precisamos, sim, de um sistema financeiro mais humano, que respeite as pessoas acima do lucro. Nossa luta vai continuar, até que sejam garantidas condições dignas de trabalho, respeito aos bancários e serviços bancários de qualidade para toda a população”, completou Nassar.
 
Fonte: Seeb Catanduva

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