27/02/2020
Ataques do governo federal contra o BB serão o principal foco dos dias de luta da categoria

Os funcionários do Banco do Brasil terão dias de mobilização contra os desmontes promovidos pelo Governo Federal contra o banco. O calendário inclui um dia de luta, consultas e reuniões com os trabalhadores e ainda um ato com as centrais sindicais contra os ataques.
A mobilização começa nesta quinta, dia 27, com um Dia Nacional de Luta, onde os funcionários vestirão preto para mostrar adesão e unidade na luta. No dia 10/03, os funcionários responderão consultas nos locais de trabalho e participarão de reuniões e plenárias para discutir as próximas ações.
"Temos de ampliar este debate sobre a crueldade da reforma administrativa implementada no Banco do Brasil. Nós, colegas, temos a missão de fazer chegar a todos que conhecemos a importância da unidade na luta contra este desmonte", explica o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
O dirigente diz que o banco se negou a abrir negociações sobre a reestruturação e a reforma administrativa apresentada pelo executivo, não respondendo os ofícios encaminhados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT).
João lembra que o Banco do Brasil também tem divulgado como uma conquista o aumento de R$ 120 milhões para 200 milhões no repasse no Programa de Desempenho Gratificado (PDG) e todos os funcionários passando a receber no programa, mas não informa que o valor a ser recebido pelos bancários será menor. Como todos passam a ganhar, o valor final para cada trabalhador será menor.
"Muitos funcionários do BB tem reclamado que não receberam nada, porque o banco muda os critérios sem informar, e outros tem criticado o desconto do Imposto de Renda, o que não acontecia antes. Outros estão recebendo parte do PDG em ações, e para poder ter algum lucro precisam torcer para que ações tenham alta e eles possam vender", relata Fukunaga.
Ato pelos servidores
No dia 18/03, os bancários do Banco do Brasil somam-se aos atos convocados pelas centrais sindicais em defesa do serviço público de qualidade para todos, com mobilização por todo o país.
"Não é só pelas questões corporativas que os bancários estão protestando. Essa política de desmonte comandada pelo governo não se restringe ao sistema financeiro. Petrobrás, Eletrobrás, Correios e as demais empresas públicas estão sob o mesmo ataque. Temos de reagir e mostrar que vamos resistir com as nossas armas de resistência, que é a nossa mobilização. Privatizar os bancos públicos é encarecer o crédito e o preço dos alimentos, é cercear a população mais carente de ter acesso ao financiamento da casa própria. Precisamos dizer à sociedade que essa não é uma luta apenas da classe bancária, mas também em defesa do patrimônio público. Portanto, uma luta de todos", reforça o presidente do Sindicato dos Bancários de catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
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