26/08/2019
Esfacelamento: Governo federal vai entregar 20,8 milhões de ações do Banco do Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, detalhou na noite do último dia 21, o Programa de Parcerias de Investimentos, que inclui projetos em andamento e iniciativas para a entrega de empresas públicas ao capital privado.
Dentre eles está a venda de participação da União no Banco do Brasil que excedam o controle acionário. A intenção é vender até 20,7 milhões de papéis do banco. A medida foi divulgada em fato relevante pelo Banco do Brasil também na quarta-feira.
Em nota, Débora Fonseca, a Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do Banco do Brasil, afirma que a medida irá aumentar a influência de acionistas privados nas decisões estratégicas do banco, enfraquecendo sua função pública.
Débora ressalta que, em 2015, o governo federal detinha 57,7% das ações do Banco do Brasil. Antes desse anúncio esse percentual era de 50,7% e, com a medida, o percentual cairá ainda mais.
“As ameaças aos bancos públicos tem se acirrado no novo governo. O desmonte dos bancos públicos é um problema que não afeta somente os trabalhadores, porque tem impacto no crédito no país e prejudica o financiamento do agronegócio, habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas sociais”, afirma Débora.
Leia abaixo a nota completa:
Governo aumenta influência de acionistas privados no BB
O Banco do Brasil anunciou no dia 22 que a União pretende vender suas ações excedentes ao controle da instituição. A Resolução 61 do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomenda a inclusão da participação acionária excedente, detida pela União, no capital social do Banco do Brasil, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização.
Em 2015 o governo federal detinha 57,7% das ações do Banco do Brasil, antes desse anúncio esse percentual era de 50,7%. Com a publicação, esse percentual cairá ainda mais.
A medida dificulta a atuação do BB enquanto banco público, aumentando a influência de acionistas privados nas decisões estratégicas do banco.
É uma decisão que visa a redução do papel do Estado sem justificativa ou análise e desconsidera o papel fundamental que o BB sempre exerceu no desenvolvimento econômico e social do país.
As ameaças aos bancos públicos tem se acirrado no novo governo. O desmonte dos bancos públicos é um problema que não afeta somente os trabalhadores, porque tem impacto no crédito no país e prejudica o financiamento do agronegócio, habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda e políticas sociais.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Contratação de mais um ex-BC pelo Nubank expõe relação de interesse entre agentes reguladores e fintechs
- Luta por trabalho digno e justiça fiscal ganha destaque na fachada do Sindicato
- Dia Nacional de Luta: Sindicato denuncia fechamento de agências, demissões e adoecimento no Itaú
- Últimos dias para bancários e bancárias se inscreverem no 2º Festival de Música Autoral da Contraf-CUT
- Negociações sobre ACT do Saúde Caixa começam ainda neste mês
- SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
- Ataque cibernético sofisticado coloca em xeque a credibilidade do sistema financeiro
- Conferência nacional marca novo momento de escuta e valorização de aposentadas e aposentados do ramo financeiro
- Sindicato participa da 1ª Conferência Nacional de Aposentadas e Aposentados do Ramo Financeiro
- Plebiscito Popular 2025: Sindicato incentiva a participação da categoria no levantamento
- Abertas as inscrições para a Conferência Livre de Mulheres no Ramo Financeiro
- Movimento sindical cobra dos bancos compromisso com saúde mental dos trabalhadores
- TST reafirma direito à jornada reduzida para empregados públicos com filhos com TEA
- Saúde Caixa: Comitês de credenciamento e descredenciamentos serão instalados a partir desta quarta-feira (2)
- Funcef: você sabe o que acontece se a meta atuarial não for alcançada?