22/07/2019
Seja parte da transformação que você quer ver no mundo. Seja um agente da diversidade!

(Arte:Contraf-CUT)
Uma das conquistas dos bancários na Campanha Nacional de 2018 foi a realização de um novo Censo da Diversidade Bancária. O levantamento, feito pela primeira vez em 2008 e uma segunda em 2014, traça um perfil da categoria por gênero, orientação sexual, raça e PCDs (pessoas com deficiência).
O objetivo é embasar políticas de inclusão, de combate à discriminação e de promoção da igualdade de oportunidades no setor bancário. Entretanto, o Censo deste ano vai além da coleta de dados: também será realizada uma campanha de sensibilização da categoria para o tema, que inclui a formação de agentes da diversidade nas agências e departamentos.
> Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários
A proposta foi apresentada pelos trabalhadores à Fenaban (federação dos bancos) na mesa de igualdade de oportunidades e já começou a ser implementada. A campanha foi lançada no site da Febraban no último dia 15, e também está no site da Contraf.
A campanha se prolongará até outubro, quando também se encerrará a fase de questionário do Censo, que iniciará no final de agosto. Os dados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro, e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.
O Censo da Diversidade Bancária deste ano terá caráter de reflexão e de transformação. “O objetivo é que o censo não apenas trace o perfil da categoria, que ainda é muito desigual, mas que os debates promovidos pelos agentes da diversidade suscitem reflexões para uma transformação desse quadro, tanto no setor bancário – onde as mulheres ainda ganham menos que os homens, ocupam poucos cargos de chefia, onde negras e negros são minoria e os PCDs estão aquém da cota determinada por lei –, quanto na sociedade, que também reflete a mesma desigualdade encontrada nos bancos,” explicou Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Desigualdade nos bancos
Os dados do último Censo da Diversidade Bancária, de 2014, mostraram que a desigualdade persiste no setor. As bancárias têm qualificação profissional superior a dos homens: 82,5% têm curso superior completo, enquanto que esse percentual entre os bancários é de 76,9%. Elas já eram maioria no censo de 2008: 71,2% das bancárias tinham curso superior completo, contra 64,4% dos bancários.
Apesar disso, as mulheres continuam ganhando menos que eles: o rendimento médio mensal das bancárias é 77,9% do rendimento médio mensal dos bancários. No primeiro censo, realizado em 2008, elas ganhavam em média 76,4% do que a média dos homens, ou seja, em seis anos, o avanço foi de somente 1,5 ponto percentual.
A quantidade de negros ainda é pequena: em 2014, eles eram apenas 24,9% da categoria. Houve um avanço de 5,6 pontos percentuais em relação ao censo de 2008, quando negros e negras eram 19,3%.
No Censo de 2014 foram incluídas, por reivindicação do movimento sindical bancário, perguntas voltadas para a população LGBT: 1,9% dos entrevistados se declararam homossexuais, 0,6%, bissexuais e 85%, heterossexuais; 12,4% não responderam.
O Censo de 2014 também revelou que as contratações de PCDs (pessoas com deficiência) chegou a 3,6%; era 1,8% no Censo de 2008. Apesar de ter aumentado, o último levantamento mostrou que o número de PCDs nas instituições financeiras ainda é menor do que determina a lei: 5%.
"Com os dados deste ano disponíveis, será possível comparar e ver onde houve avanços ou retrocessos, e se os avanços ocorreram no ritmo que se espera. A desigualdade de renda entre bancárias e bancários, por exemplo, que é inadmissível, diminuiu muito pouco de 2008 para 2014", diz Ivone.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, acrescenta que os dados também servirão de base para a atuação do movimento sindical.
“Com as informações obtidas por meio do Censo, nós, representantes dos trabalhadores, teremos condições para negociar com os bancos, propor mudanças e reforçar a luta pelo fim de injustiças no setor. Na atual conjuntura, a ampliação do caráter do Censo da Diversidade é uma grande conquista para que as instituições financeiras e os trabalhadores sejam sensibilizados e tenham informação suficiente para não aceitarem a propagação do preconceito e da violência contra pessoas, pelo simples fato de elas possuírem características pessoais diferentes das que são aceitas socialmente”, diz o presidente do Sindicato.
O objetivo é embasar políticas de inclusão, de combate à discriminação e de promoção da igualdade de oportunidades no setor bancário. Entretanto, o Censo deste ano vai além da coleta de dados: também será realizada uma campanha de sensibilização da categoria para o tema, que inclui a formação de agentes da diversidade nas agências e departamentos.
> Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários
A proposta foi apresentada pelos trabalhadores à Fenaban (federação dos bancos) na mesa de igualdade de oportunidades e já começou a ser implementada. A campanha foi lançada no site da Febraban no último dia 15, e também está no site da Contraf.
A campanha se prolongará até outubro, quando também se encerrará a fase de questionário do Censo, que iniciará no final de agosto. Os dados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro, e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.
O Censo da Diversidade Bancária deste ano terá caráter de reflexão e de transformação. “O objetivo é que o censo não apenas trace o perfil da categoria, que ainda é muito desigual, mas que os debates promovidos pelos agentes da diversidade suscitem reflexões para uma transformação desse quadro, tanto no setor bancário – onde as mulheres ainda ganham menos que os homens, ocupam poucos cargos de chefia, onde negras e negros são minoria e os PCDs estão aquém da cota determinada por lei –, quanto na sociedade, que também reflete a mesma desigualdade encontrada nos bancos,” explicou Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Desigualdade nos bancos
Os dados do último Censo da Diversidade Bancária, de 2014, mostraram que a desigualdade persiste no setor. As bancárias têm qualificação profissional superior a dos homens: 82,5% têm curso superior completo, enquanto que esse percentual entre os bancários é de 76,9%. Elas já eram maioria no censo de 2008: 71,2% das bancárias tinham curso superior completo, contra 64,4% dos bancários.
Apesar disso, as mulheres continuam ganhando menos que eles: o rendimento médio mensal das bancárias é 77,9% do rendimento médio mensal dos bancários. No primeiro censo, realizado em 2008, elas ganhavam em média 76,4% do que a média dos homens, ou seja, em seis anos, o avanço foi de somente 1,5 ponto percentual.
A quantidade de negros ainda é pequena: em 2014, eles eram apenas 24,9% da categoria. Houve um avanço de 5,6 pontos percentuais em relação ao censo de 2008, quando negros e negras eram 19,3%.
No Censo de 2014 foram incluídas, por reivindicação do movimento sindical bancário, perguntas voltadas para a população LGBT: 1,9% dos entrevistados se declararam homossexuais, 0,6%, bissexuais e 85%, heterossexuais; 12,4% não responderam.
O Censo de 2014 também revelou que as contratações de PCDs (pessoas com deficiência) chegou a 3,6%; era 1,8% no Censo de 2008. Apesar de ter aumentado, o último levantamento mostrou que o número de PCDs nas instituições financeiras ainda é menor do que determina a lei: 5%.
"Com os dados deste ano disponíveis, será possível comparar e ver onde houve avanços ou retrocessos, e se os avanços ocorreram no ritmo que se espera. A desigualdade de renda entre bancárias e bancários, por exemplo, que é inadmissível, diminuiu muito pouco de 2008 para 2014", diz Ivone.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, acrescenta que os dados também servirão de base para a atuação do movimento sindical.
“Com as informações obtidas por meio do Censo, nós, representantes dos trabalhadores, teremos condições para negociar com os bancos, propor mudanças e reforçar a luta pelo fim de injustiças no setor. Na atual conjuntura, a ampliação do caráter do Censo da Diversidade é uma grande conquista para que as instituições financeiras e os trabalhadores sejam sensibilizados e tenham informação suficiente para não aceitarem a propagação do preconceito e da violência contra pessoas, pelo simples fato de elas possuírem características pessoais diferentes das que são aceitas socialmente”, diz o presidente do Sindicato.
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