Cerca de 120 delegados e delegadas de cidades da base de atuação da Fetec-CUT/SP reuniram-se de forma presencial e online no último sábado (12) para o 41º Congresso Estadual dos Empregados da Caixa.

Representando os trabalhadores de Catanduva e região, participaram 21 delegados da base do Sindicato.

Durante o encontro, os representantes definiram as propostas de pautas (veja no final deste texto) a serem encaminhadas ao 40º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). Também foram eleitos 50 delegados que representarão os bancários da base da Fetec-CUT/SP no 40º Conecef, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de agosto.

Lá serão debatidas propostas recebidas dos representantes de São Paulo e de outros estados para a composição da pauta de reivindicações focada nos eixos Saúde Caixa; Funcef; Condições de Trabalho; e Defesa da Caixa 100% pública.

"Nosso Encontro Estadual foi essencial para fortalecer a luta em defesa da Caixa e dos direitos dos empregados. A participação ativa dos colegas permitiu construir uma pauta concreta, com base na realidade vivida nos locais de trabalho, que agora será levada ao Conecef - esse espaço tão estratégico de debates e definição das nossas ações. Nosso Sindicato marcou presença com uma delegação composta por 12 mulheres e 9 homens, incluindo dois aposentados. Essa diversidade fortalece ainda mais nossa voz, mostrando que nossa luta é coletiva, e nos dá legitimidade para seguir firmes na defesa de melhores condições de trabalho, saúde e dignidade para todos os que ajudam e ajudaram a construir o 'banco dos brasileiros'", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.

“Tanto a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária como o Acordo Coletivo específico da Caixa têm vigência até 31 de agosto de 2026, mas estamos prestes a começar as negociações para a renovação do acordo específico sobre o Saúde Caixa. Daí a importância dos debates no congresso e da ampla participação, organização e mobilização de todos os empregados em torno desse tema e das demais propostas que serão debatidas com a direção do banco”, reforçou Chico Pugliesi, coordenador do Conselho de Usuários do Saúde Caixa.

Veja abaixo as propostas aprovadas pelos empregados de SP:

Eixo 1 – Saúde Caixa

- Disponibilização das tabelas de preços dos prestadores de serviço, para que os usuários possam comparar e assim realizar os procedimentos com menor custo para o Plano Saúde CAIXA;
- Garantir que em todas as regiões do país haja rede credenciada, para que os usuários tenham condições de serem atendidos próximo aos locais de trabalho e/ou domicílio;
- Fim do teto de 6,5% da folha de pagamento para custeio do Saúde Caixa pelo Banco;
- Não ao aumento da mensalidade, pela ampliação dos credenciados, desburocratização dos processos de autorização prévia e de reembolso;
- Que a Caixa envie aos empregados, via e-mail e Sou Caixa, informações sobre o lançamento de coparticipação antes do débito na folha de pagamento, para ciência;
- Atualização da lista de medicamentos com reembolso pela Caixa, incluindo medicamentos lançados recentemente como Ozempic, Monjaro, entre tantos outros;
- Saúde Caixa - contra o aumento da mensalidade, ampliação dos credenciados, desburocratização dos processos de autorização prévia e reembolso.

Eixo 2 – Funcef

- Fim do equacionamento da Funcef com devolução de direitos retirados unilateralmente;
- Adequação da Meta Atuarial;
- Pontos como Pagamento do Contencioso, Acordo de Leniência, Estatuto etc. devem ser negociados com o movimento sindical;
- Volta do estatuto democrático de 2007 na Funcef;
- Pleito de ajuste das normas que limitam os planos de autogestão junto aos ministérios responsáveis junto com os trabalhadores;
- Revogação das alterações no regulamento do não saldado;
- Obrigatoriedade de aposentados nas chapas concorrentes à Funcef;
- Apoio da Caixa de forma institucional para execução ações de educação previdenciária dos empregados com a participação dos trabalhadores na formulação;
- A discussões da Funcef tem que estar nas negociações de Campanha Salarial e deverá ser um dos pontos mais importantes das reivindicações.

Eixo 3 – Condições de trabalho

- Redução de metas abusivas;
- Fim do Assédio Moral e Sexual;
- Cursos de formação /qualificação de gestores para um melhor ambiente de trabalho;
- Fim da adoção de todo e qualquer instrumento que artificialmente cerceie o direito do cliente de ser atendido dentro da agência, tais como: Projeto Agiliza, Transações Migráveis etc.;
- Retorno das avaliações preliminares nas unidades antes de abertura de processo disciplinar na CORED;
- Fim do NPS/IQA;
- Fim da medição de tempo de atendimento nas metas;
- Contratação de empregados de manutenção concursados para substituir mão de obra terceirizada;
- Fornecimento de aparelhos corporativos para os gerentes;
- Definir de forma clara e garantir cumprimento da grade de atribuição de tesoureiros e GEVs;
- Implementação dos corredores seguros de abastecimento em 100% das unidades com ATM;
- Cuidados mais efetivos sobre a saúde mental dos empregados;
- Redução da Jornada para 4 dias;
- Atenção às questões de empregados TEA/TDAH;
- Condições melhores de relacionamento e tempo para os funcionários poderem se atualizar (Universidade Caixa e MN);
- Defesa para que a população tenha direito de acesso aos caixas internos para atendimento;
- Para que o acordo coletivo permita que todos os empregados possam utilizar o transporte de fretado entre cidades, tendo em vista que são realizados pelas mesmas empresas que fazem o transporte público entre cidades, e que ele diminui em 50% o tempo de trajeto, bem como reduz o custo em 50%, além de garantir o seu embarque todos os dias no mesmo horário e ônibus;
- Extinção das Funções por minuto;
- Excepcionar regra Home Office: incluir na Norma que setores lotados no edifício Brás possam trabalhar em HO, desde que não afetem o atendimento, no período de 15/11 a 05/01 do ano subsequente;
- Reposição automática de funcionários promovidos ou transferidos;
- Novas funções para incorporados;
- Fim dos Dias D e congêneres.

Eixo 4 – Defesa da Caixa

- Manutenção da sua função pública e de atuação ação social e defesa incondicional da Caixa que é e deve ser 100% pública, pois é o principal ator da União na implementação das políticas públicas de curto, médio e longo prazos;
- Denunciar o fatiamento da Caixa, através das subsidiárias vendidas, da terceirização e das holding (IPO Caixa Seguridade, Azulzinha, VA/VR, Banco de Investimento, Caixa Tem e mundo Digital etc.;
- Aumentar e dar visibilidade para a luta em defesa da Caixa e demais empresas públicas de forma geral;
- Posicionamento contrário às políticas entreguistas, privatistas, que desmontem e precarizem os serviços públicos ou facilitem o processo de privatização no futuro (ex.: candidatura de Tarcísio, Ratinho Jr, Zema, Caiado e etc);
- Propor abaixo-assinado junto a população para amplificação e divulgação do tema "Defesa da Caixa Econômica Federal, quanto banco 100% público";
- Construir uma comunicação junto à população em geral, centrada no debate sobre as políticas afirmativas e empresas públicas, com linguagem popular e de fácil compreensão, em defesa da Caixa e demais empresas públicas;
- Mobilização e criação de campanhas em defesa da Caixa 100 pública;
- Melhorar relação Caixa /população;
- Inclusão de itens na meta que promovam o atendimento à população que mais precisa;
- Soberania Digital na Caixa Econômica Federal.

Eixo 5 – Organização do Movimento

- Reabertura da negociação das questões dos caixas e tesoureiros minuto;
- Criação de uma Campanha Nacional Permanente contra o Assédio Moral e Sexual;
- Viabilizar mobilização efetiva e permanente;
- Dia da venda zero;
- Organização dos trabalhadores terceirizados e dos trabalhadores correspondentes bancários da Caixa Econômica Federal;
- Fazer uma campanha e chamar uma greve, não aceitar mais esse teto nos acordos coletivos;
- Programas próprios como por exmplo “Super Caixa” tenham participação do movimento sindical na sua implantação/elaboração, etc.