28/06/2019
Cassi: Ex-gerente executivo fala sobre mudanças na cobrança da coparticipação

O Conselho Deliberativo da Cassi aprovou uma série de mudanças na cobrança da coparticipação para os participantes, onerando ainda mais os trabalhadores. Pelo novo aumento, a coparticipação dos associados sobe para 50%, em consultas de emergência ou agendadas, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares; e para 30%, nos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar. Para piorar a proposta acaba com o teto de 1/24 do salário, com incidência única, aprovado na reforma estatutária de 2007 e que ainda estava em vigor.
> Movimento sindical é contra o aumento da coparticipação dos associados na Cassi
O ex-gerente executivo da Cassi Alberto Alves Junior publicou um artigo comentando os malefícios e riscos que estas alterações trazem para os associados.
Confira:
Hoje fomos informados da aprovação do aumento e da mudança na forma de arrecadação da coparticipação do Plano de Associados da Cassi. Como já postei mensagem anterior sobre o impacto negativodisso para a saúde do plano e dos seus participantes, me concentro agora apenas nos efeitos financeiros da medida.
Em números, que consideram o relatório de 2018, e claro, em valores aproximados, pois existem outras informações contábeis e financeiras necessárias que não estão disponíveis no documento, podemos afirmar que a contribuição dos associados a partir de agora será igual à do Banco do Brasil. A notícia é que passaremos de uma arrecadação atual de cerca de 150 milhões para uma de aproximadamente 500 milhões. Com isso, os associados passam a desembolsar para o plano o mesmo que o Banco do Brasil, sem considerar os gastos com medicamentos e despesas extras não cobertas pelo plano e que incidem no orçamento familiar.
A proporção a partir de agora será de 50/50. Pelo uso mais acentuado, de maneira geral, os aposentados serão os mais atingidos com a medida e deverão ficar atentos ao limite de 1/24 da sua remuneração, pois como a cobrança passa a ser acumulativa esse teto passará a ser muitas vezes atingido, sem considerar a contribuição fixa de 4%.
Para aqueles que nesse momento ficarem longe do teto, com o tempo a conta chegará a ele, pois os valores de coparticipação são reajustados a preço de mercado. Esse, por sinal, é o maior exemplo de quebra de solidariedade que pode existir, pois agora, pela representação dos números, a contribuição será diferenciada de um Associado para o outro, punindo aquele que, independente da renda, mais precisa.
O aumento da contribuição dos associados não vem acompanhado de nenhuma contrapartida do BB, embora a proposta tenha sido iniciada nas áreas dos indicados pela empresa. Falo de senso de justiça. Nesse contexto, a aceitação por parte de um diretor e conselheiros eleitos, enfraquece mais ainda os associados e torna muito difícil a instalação de uma nova mesa de negociação.
Os resultados financeiros tendem a se manter positivos nos próximos meses, com a conta sendo paga apenas por um dos lados: os associados. Ou seja, a solução encontrada pela direção da Cassi é muito melhor que o acordo recusado pelos associados na última consulta – até porque, como já citei antes, os valores das coparticipações são reajustados a preço de mercado.
Agora peço atenção: é importantíssimo que a Cassi divulgue, juntamente com o início dessa cobrança, as tabelas de preços de todos os serviços com coparticipação, acompanhados de avaliação da qualidade dos prestadores de serviço, para que o associado possa avaliar e escolher onde ir - e ainda evite ter que refazer suas consultas e exames.
No restante... Põe na conta do Papa!
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