08/05/2019
Representantes dos funcionários cobram garantia de emprego em reunião com Itaú

As informações foram passadas pelo próprio banco durante reunião com a Comissão
de Organização dos Empregados (COE) do Itaú na manhã de terça-feira (7)
(Foto: Contraf-CUT)
Até a primeira quinzena de abril, o Itaú havia fechado 35 agências no país em 2019. Esse número mais do que duplicou segunda-feira (6), chegando a 77 agências fechadas no país em 2019. O banco ainda vai fechar mais 57 agências até dia 3 de junho. As informações foram passadas pelo próprio banco durante reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú na manhã de terça-feira (7), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.
As informações haviam sido cobradas pelos representantes dos trabalhadores na última reunião da COE com o banco. “A informação é preocupante não apenas para os trabalhadores, mas também para os clientes e para a sociedade como um todo. Os trabalhadores correm o risco de ficarem sem emprego e os clientes correm o risco de ficarem sem atendimento. A cada dia que passa é maior o número de bairros e mesmo cidades sem nenhuma agência bancária”, observou o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves.
“As pessoas precisam se deslocar por grandes distâncias até encontrar uma agência bancária. Isso também prejudica a economia das cidades e bairros que ficam sem agência. As pessoas, até por questão de segurança, fazem as compras onde sacam o dinheiro. O comércio destas cidades mingua”, explicou.
O banco informou que as agências foram fechadas por não darem resultados positivos. “O banco se omite do cumprimento do seu papel social, que é contribuir com o desenvolvimento regionalizado”, criticou o coordenador da COE.
Desemprego e realocação
Nas 35 agências fechadas até 15 de abril, 112, dos 122 funcionários da área operacional, foram realocados. Os outros 10 também foram desligados, segundo o banco, por problemas na performance. Os dados da área comercial ainda estão em fechamento. O banco também não informou o número de demissões.
O movimento sindical cobrou do banco que seja reaberto o Centro de Realocação e que os bancários realocados não tenham avaliação de performance durante os seis primeiros meses de realocado.
Dados estatísticos
O banco também apresentou informações demográficas internas. As mulheres representam 59,4% do quadro funcional. Do total de funcionários, 95,73% aderiram ao convênio médico do banco.
Na comparação do número de desligamentos entre o primeiro trimestre de 2018 com o mesmo período de 2019 os dados se mantiveram. O maior número de desligamentos (26,2%) se concentra na faixa de 25 anos a 34 anos. Outros 18,8% desligamentos ocorreram na faixa de 40 anos a 49 anos.
Em 2019, os números de desligamentos são de 31% na área administrativa, 27,2% na área comercial e 41,8% na operacional. Em 2018, os números de desligamentos foram de 28% na área administrativa, 40,9% na área comercial e 31,1% operacional, o que mostra uma inversão nos números da área operacional e comercial. “O turnover ainda permanece alto e cobramos uma explicação sobre o crescimento de demissões na área operacional”, disse Jair Alves.
Uma nova reunião deve acontecer no dia 18 de junho, quando o banco atualizará as informações de realocação das novas agências fechadas. Mas, os trabalhadores vão se reunir antes disso para analisar as possíveis ações a serem tomadas contra o fechamento de agências e as demissões de funcionários.
"O fechamento de agências foi uma medida tomada pelo Itaú sem prévia discussão com as entidades representativas. Isso demonstra o quanto o banco está preocupado apenas em aumentar seus lucros às custas da exploração e do bem estar dos trabalhadores. Somente as tarifas de serviços e taxas cobradas dos clientes pelo Itaú já dão conta de pagar os salários de seus funcionários em todo o Brasil. Não permitiremos demissões injustificadas. Reivindicamos a realocação desses trabalhadores, permaneceremos atentos e iremos acompanhar de perto o processo", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto.
As informações haviam sido cobradas pelos representantes dos trabalhadores na última reunião da COE com o banco. “A informação é preocupante não apenas para os trabalhadores, mas também para os clientes e para a sociedade como um todo. Os trabalhadores correm o risco de ficarem sem emprego e os clientes correm o risco de ficarem sem atendimento. A cada dia que passa é maior o número de bairros e mesmo cidades sem nenhuma agência bancária”, observou o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves.
“As pessoas precisam se deslocar por grandes distâncias até encontrar uma agência bancária. Isso também prejudica a economia das cidades e bairros que ficam sem agência. As pessoas, até por questão de segurança, fazem as compras onde sacam o dinheiro. O comércio destas cidades mingua”, explicou.
O banco informou que as agências foram fechadas por não darem resultados positivos. “O banco se omite do cumprimento do seu papel social, que é contribuir com o desenvolvimento regionalizado”, criticou o coordenador da COE.
Desemprego e realocação
Nas 35 agências fechadas até 15 de abril, 112, dos 122 funcionários da área operacional, foram realocados. Os outros 10 também foram desligados, segundo o banco, por problemas na performance. Os dados da área comercial ainda estão em fechamento. O banco também não informou o número de demissões.
O movimento sindical cobrou do banco que seja reaberto o Centro de Realocação e que os bancários realocados não tenham avaliação de performance durante os seis primeiros meses de realocado.
Dados estatísticos
O banco também apresentou informações demográficas internas. As mulheres representam 59,4% do quadro funcional. Do total de funcionários, 95,73% aderiram ao convênio médico do banco.
Na comparação do número de desligamentos entre o primeiro trimestre de 2018 com o mesmo período de 2019 os dados se mantiveram. O maior número de desligamentos (26,2%) se concentra na faixa de 25 anos a 34 anos. Outros 18,8% desligamentos ocorreram na faixa de 40 anos a 49 anos.
Em 2019, os números de desligamentos são de 31% na área administrativa, 27,2% na área comercial e 41,8% na operacional. Em 2018, os números de desligamentos foram de 28% na área administrativa, 40,9% na área comercial e 31,1% operacional, o que mostra uma inversão nos números da área operacional e comercial. “O turnover ainda permanece alto e cobramos uma explicação sobre o crescimento de demissões na área operacional”, disse Jair Alves.
Uma nova reunião deve acontecer no dia 18 de junho, quando o banco atualizará as informações de realocação das novas agências fechadas. Mas, os trabalhadores vão se reunir antes disso para analisar as possíveis ações a serem tomadas contra o fechamento de agências e as demissões de funcionários.
"O fechamento de agências foi uma medida tomada pelo Itaú sem prévia discussão com as entidades representativas. Isso demonstra o quanto o banco está preocupado apenas em aumentar seus lucros às custas da exploração e do bem estar dos trabalhadores. Somente as tarifas de serviços e taxas cobradas dos clientes pelo Itaú já dão conta de pagar os salários de seus funcionários em todo o Brasil. Não permitiremos demissões injustificadas. Reivindicamos a realocação desses trabalhadores, permaneceremos atentos e iremos acompanhar de perto o processo", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto.
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