09/04/2019

86% da população acredita que o progresso depende da redução da desigualdade


(Foto: Reprodução)


86% da população brasileira entende que o progresso do país depende da diminuição da desigualdade entre pobres e ricos, revela relatório divulgado na segunda-feira (8) pela Oxfam Brasil com dados do Instituto Datafolha. Os números apontam que, em relação à pesquisa anterior, de 2017, há uma maior percepção entre os brasileiros e brasileiras de que o racismo e o machismo influenciam nas desigualdades da sociedade. 

A pesquisa foi realizada em 130 municípios espalhados por todas as regiões Brasil em fevereiro de 2019. O objetivo era compreender a percepção da sociedade em relação aos problemas de desigualdade social e como a população entende qual é o papel do Estado na resolução destas questões. 

O resultado mostra que 84% dos entrevistados concordam que é obrigação dos governos a diminuição entre os muito ricos e muito pobres, e 94% apoiam que os impostos pagos devem beneficiar os menos favorecidos. Além disso, 77% concordam com o aumento dos impostos de pessoas muito ricas para financiar políticas sociais. 

No entanto, segundo a pesquisa, ainda há uma distorção na identificação de quem são os ricos e pobres do país e também uma falta de compreensão da real desigualdade do Brasil, que está entre as maiores do mundo. 

Com a maior percepção de que às questões raciais influenciam na desigualdade, 52% dos entrevistados concordam que negros ganham menos no trabalho somente por serem negros. O relatório também indica que 71% concorda que a Justiça não funciona igual para todos os tons de pele e que os negros sofrem penas mais duras. 

Além de entender a percepção brasileira, o relatório da Oxfam, em parceria com o DataFolha, propões abrir discussões sobre como solucionar os problemas apontados na pesquisa e contribuir para aprofundar o diálogo sobre a construção de um Brasil mais justo. 

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, o aumento da desigualdade social no Brasil é o retrato de um governo usurpador de direitos, que cortou investimentos importantíssimos para o crescimento do país. "Instituiu-se uma reforma trabalhista para retirar direitos e precarizar as condições de trabalho e, agora, pretende-se aprovar a reforma da Previdência, que também acabará com o direito de aposentadoria àqueles que contribuíram toda uma vida", defende Vicentim.

"Juntamente com os senhores banqueiros do mundo, estão conduzindo o Brasil a uma guerra social, penalizando os menos favorecidos com medidas duras e restritivas para beneficiar uma parcela mínima da população, que permanece intocável. Por isso, apenas nossa união e mobilização pode garantir direitos para todos e uma sociedade mais justa", finaliza o presidente do Sindicato.
Fonte: CUT Nacional, com informações do Brasil de Fato

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