15/03/2019

Um ano sem respostas: Marielle Franco vive em todas as mulheres que lutam pela vida


 


Há um ano a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, foram assassinados. Apesar da grande repercussão, as investigações seguem sem apontar quem mandou matar Marielle.

Neste um ano, autoridades propagandearam que as investigações estavam perto do fim. Em10 de maio, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que “a investigação do caso Marielle está chegando à sua etapa final”. 

Em 31 de agosto, o general Braga Netto, que comandava a intervenção federal no Rio, declarou que até o final do ano o caso estaria esclarecido. Em novembro, o delegado Rivaldo Barbosa e o então secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, também garantiram que a elucidação estaria próxima.

2019 chegou e com ele a mudança de governo. Porém, as promessas vazias seguiram. Em 12 de janeiro, o governador Wilson Witzel (PSC) afirmou que o crime possivelmente estaria solucionado até o final do mês.

A omissão das autoridades levou a Anistia Internacional a divulgar levantamento com vinte perguntas sobre o caso. Entre os pontos críticos estão a falta de respostas sobre o desligamento das câmeras de segurança do local do crime dias antes do assassinato, o desaparecimento de submetralhadoras da Polícia Civil e o desvio de munição da Polícia Federal.

“As autoridades não respondem às denúncias graves que vieram à tona e, quando se pronunciam, parecem não se responsabilizar pelo que dizem. Marielle era uma figura pública, uma vereadora eleita. Seu assassinato é um crime brutal e as autoridades não estão respondendo adequadamente” diz Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional no Brasil.

"A sociedade brasileira busca por respostas sobre a morte de Marielle. É necessário que questões como por qual razão Marielle foi morta e quem está por trás deste crime sejam esclarecidas, é fundamental para o exercício da democracia. Se este foi um crime político, ele também foi praticado contra a democracia brasileira e seus culpados devem ser punidos. Pela Marielle, por todas as mulheres que sofrem com a violência e pela população negra que sofre com o preconceito e violência, nossa luta deve se intensificar cada vez mais", avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.

Prisões - Na manhã da terça-feira (12), foram presos PM e ex-PM acusados de envolvimento na morte da vereadora. Porém, não foram divulgadas informações sobre a motivação e possíveis mandantes do crime. 
Fonte: Seeb SP, com edição de Seeb Catanduva

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