22/08/2014
Caixa não atende a maioria das reivindicações dos empregados
Realizada na última quinta-feira, 21, a primeira negociação com a Caixa Econômica Federal tratou dos temas saúde e condições de trabalho e foi marcada por intensos debates entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção do banco.
Os integrantes da CEE expuseram denúncias de empregados dos setores em que a GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) foi implantada. O modelo vem sendo instalado de forma unilateral pelo banco e fere alguns direitos dos trabalhadores com a institucionalização das metas individuais e a adoção de ranking para premiar quem tem melhor desempenho e o risco de descomissionamento. “O modelo da GDP promove a concorrência e a disputa entre os empregados, além de levar ao desvio de função. Os bancários já estão sobrecarregados e, se este modelo prevalecer, poderá aumentar o adoecimento dos trabalhadores”, afirma Antônio Júlio Gonçalves, diretor do Sindicato e funcionário da CEF.
GDP - Durante a mesa de negociações, os representantes da Caixa asseguraram que, até o momento, a GDP é aplicada apenas aos gerentes gerais e de filial, mas que em 2016 atingirá todos os trabalhadores do banco. "A reclamação parte de bancários nesses cargos. Além disso, há locais com funcionários, em outros cargos, sendo cobrados devido a esse formato de administração. Ou seja, a Caixa tem de rever esse processo", afirma Dionísio Reis, integrante da CEE.
Embora tenha negado a suspensão da GDP, o banco se comprometeu a averiguar se o modelo está atingindo empregados fora da esfera gerencial.
Adicionais - Outra reivindicação dos empregados foi a adoção do salário para cálculo dos adicionais de periculosidade e insalubridade, pois, atualmente, o cálculo é feito com base no salário mínimo nacional.
O banco negou a proposta, afirmando que esses direitos são pagos a cargos como avaliador de penhor, baseados nas condições do local de trabalho.
Penhor express – Os dirigentes relataram o receio dos trabalhadores em relação ao espectômetro utilizado para a avaliação de joias. Também criticaram o desvio de função, pois essa atribuição está sendo destinada aos caixas das agências.
Os representantes do banco apresentaram documento técnico sobre o "penhor express", que será analisado. "Vamos insistir para que o banco aumente o número de avaliadores e que apenas eles manuseiem o espectômetro, caso fique comprovado que o aparelho não apresenta risco à saúde. Essa tarefa não pode ser repassada para o caixa que já está sobrecarregado para atender a elevada demanda das unidades."
Afastados – A Caixa negou o pedido para que os empregados mantenham a comissão durante o afastamento por acidente de trabalho ou para tratamento de saúde. A reivindicação também foi negada pela Fenaban durante a primeira rodada de negociações.
Saúde Caixa – Em relação à utilização de superávit na melhoria do plano de saúde, a empresa se comprometeu a apresentar um plano de ação. Esse modelo será discutido com os representantes dos empregados no GT de Saúde e deverá ser apresentado até 15 de dezembro.
A empresa negou, no entanto, que o Conselho de Usuários deixe de ser apenas consultivo e ganhe o caráter deliberativo. "Vamos insistir nessa proposta. O Saúde Caixa é autogerido, com a contribuição dos beneficiários e da empresa. Ele vem sendo tratado como se fosse um departamento da instituição. É imprescindível mudar essa lógica para que os usuários tenham de fato participação na gestão", destaca Dionísio, acrescentando que atualmente o plano de saúde conta com 130 mil participantes, entre ativos e aposentados, e é responsável por cerca de 220 mil vidas.
Combate ao assédio moral – A Caixa propôs, além da manutenção do instrumento de combate ao assédio moral conquistado pela categoria, a criação de fóruns paritários regionais para discutir condições de trabalho, violência organizacional e estrutura dos setores. O objetivo é resolver as questões em cada localidade, com a participação do movimento sindical. Para isso haveria a implantação de um projeto piloto a partir de novembro. Os integrantes da CEE ficaram de analisar a proposta.
Segunda negociação – O fundo de pensão Funcef, questões dos aposentados e isonomia entre os empregados serão debatidos na rodada de negociação que ocorre em 29 de agosto.
Os integrantes da CEE expuseram denúncias de empregados dos setores em que a GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) foi implantada. O modelo vem sendo instalado de forma unilateral pelo banco e fere alguns direitos dos trabalhadores com a institucionalização das metas individuais e a adoção de ranking para premiar quem tem melhor desempenho e o risco de descomissionamento. “O modelo da GDP promove a concorrência e a disputa entre os empregados, além de levar ao desvio de função. Os bancários já estão sobrecarregados e, se este modelo prevalecer, poderá aumentar o adoecimento dos trabalhadores”, afirma Antônio Júlio Gonçalves, diretor do Sindicato e funcionário da CEF.
GDP - Durante a mesa de negociações, os representantes da Caixa asseguraram que, até o momento, a GDP é aplicada apenas aos gerentes gerais e de filial, mas que em 2016 atingirá todos os trabalhadores do banco. "A reclamação parte de bancários nesses cargos. Além disso, há locais com funcionários, em outros cargos, sendo cobrados devido a esse formato de administração. Ou seja, a Caixa tem de rever esse processo", afirma Dionísio Reis, integrante da CEE.
Embora tenha negado a suspensão da GDP, o banco se comprometeu a averiguar se o modelo está atingindo empregados fora da esfera gerencial.
Adicionais - Outra reivindicação dos empregados foi a adoção do salário para cálculo dos adicionais de periculosidade e insalubridade, pois, atualmente, o cálculo é feito com base no salário mínimo nacional.
O banco negou a proposta, afirmando que esses direitos são pagos a cargos como avaliador de penhor, baseados nas condições do local de trabalho.
Penhor express – Os dirigentes relataram o receio dos trabalhadores em relação ao espectômetro utilizado para a avaliação de joias. Também criticaram o desvio de função, pois essa atribuição está sendo destinada aos caixas das agências.
Os representantes do banco apresentaram documento técnico sobre o "penhor express", que será analisado. "Vamos insistir para que o banco aumente o número de avaliadores e que apenas eles manuseiem o espectômetro, caso fique comprovado que o aparelho não apresenta risco à saúde. Essa tarefa não pode ser repassada para o caixa que já está sobrecarregado para atender a elevada demanda das unidades."
Afastados – A Caixa negou o pedido para que os empregados mantenham a comissão durante o afastamento por acidente de trabalho ou para tratamento de saúde. A reivindicação também foi negada pela Fenaban durante a primeira rodada de negociações.
Saúde Caixa – Em relação à utilização de superávit na melhoria do plano de saúde, a empresa se comprometeu a apresentar um plano de ação. Esse modelo será discutido com os representantes dos empregados no GT de Saúde e deverá ser apresentado até 15 de dezembro.
A empresa negou, no entanto, que o Conselho de Usuários deixe de ser apenas consultivo e ganhe o caráter deliberativo. "Vamos insistir nessa proposta. O Saúde Caixa é autogerido, com a contribuição dos beneficiários e da empresa. Ele vem sendo tratado como se fosse um departamento da instituição. É imprescindível mudar essa lógica para que os usuários tenham de fato participação na gestão", destaca Dionísio, acrescentando que atualmente o plano de saúde conta com 130 mil participantes, entre ativos e aposentados, e é responsável por cerca de 220 mil vidas.
Combate ao assédio moral – A Caixa propôs, além da manutenção do instrumento de combate ao assédio moral conquistado pela categoria, a criação de fóruns paritários regionais para discutir condições de trabalho, violência organizacional e estrutura dos setores. O objetivo é resolver as questões em cada localidade, com a participação do movimento sindical. Para isso haveria a implantação de um projeto piloto a partir de novembro. Os integrantes da CEE ficaram de analisar a proposta.
Segunda negociação – O fundo de pensão Funcef, questões dos aposentados e isonomia entre os empregados serão debatidos na rodada de negociação que ocorre em 29 de agosto.
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