18/05/2013
Distribuição de renda é questão central, afirma diretor-técnico do Dieese
Em palestra proferida nesta sexta-feira 17, na plenária inicial do 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou a luta por avanços na distribuição da renda como questão central para o movimento dos trabalhadores brasileiros.
A perspectiva distributiva, a seu ver, implica em produzir economicamente para gerar emprego e salário, em contraposição à lógica do "rentismo". Clemente Ganz salientou que a oportunidade de o Brasil avançar na luta pela distribuição de renda contrasta com o que está ocorrendo na Europa, no Japão, EUA e em várias partes do mundo, onde se observa aumento do desemprego, queda da renda e falta de perspectiva de crescimento.
"Isso que ocorre com o Brasil é consequência de medidas tomadas ao longo dos últimos dez anos, período em que o país experimentou uma mudança na trajetória da política econômica, passando a investir no mercado interno", ressaltou. A valorização do salário mínimo nesse período, da ordem de 70% acima da inflação, é apontada pelo diretor-técnico do Dieese como exemplo maior da ruptura com o receituário neoliberal.
"A dicotomia entre aumentar o salário mínimo e gerar inflação, desemprego e informalidade foi definitivamente superada, uma vez que a inflação se manteve no mesmo patamar, o desemprego caiu, cresceu a formalização e salário o mínimo, que antes representava apenas um quarto da cesta básica, hoje compra três cestas", afirmou.
Mas, segundo Clemente Ganz, seria um erro achar que está tudo bem e que não há necessidade de os trabalhadores atuarem. "Todo governo é um governo em disputa, e os rentistas vão pressionar fortemente pela ampliação do retorno finanaceiro", frisou.
O economista considera fundamental que o movimento sindical se coloque na ofensiva pelo crescimento do país, com fortalecimento da capacidade de atuação e de regulação da atividade econômica pelo Estado. "É preciso ter claro que se não fosse por esse caminho, o Brasil certamente estaria convivendo hoje com redução de salários e de direitos, ou com coisa pior, que é a contabilização de demitidos, como é a realidade lá fora".
A ação proposta por Clemente implica em defender com ênfase a redução das taxas de juros, contra a economia que privilegia investidores na especulação. "Dar concretude à luta distributiva exige forte combate ao rentismo, em favor da atividade produtiva".
(Evando Peixoto, da Fenae)
A perspectiva distributiva, a seu ver, implica em produzir economicamente para gerar emprego e salário, em contraposição à lógica do "rentismo". Clemente Ganz salientou que a oportunidade de o Brasil avançar na luta pela distribuição de renda contrasta com o que está ocorrendo na Europa, no Japão, EUA e em várias partes do mundo, onde se observa aumento do desemprego, queda da renda e falta de perspectiva de crescimento.
"Isso que ocorre com o Brasil é consequência de medidas tomadas ao longo dos últimos dez anos, período em que o país experimentou uma mudança na trajetória da política econômica, passando a investir no mercado interno", ressaltou. A valorização do salário mínimo nesse período, da ordem de 70% acima da inflação, é apontada pelo diretor-técnico do Dieese como exemplo maior da ruptura com o receituário neoliberal.
"A dicotomia entre aumentar o salário mínimo e gerar inflação, desemprego e informalidade foi definitivamente superada, uma vez que a inflação se manteve no mesmo patamar, o desemprego caiu, cresceu a formalização e salário o mínimo, que antes representava apenas um quarto da cesta básica, hoje compra três cestas", afirmou.
Mas, segundo Clemente Ganz, seria um erro achar que está tudo bem e que não há necessidade de os trabalhadores atuarem. "Todo governo é um governo em disputa, e os rentistas vão pressionar fortemente pela ampliação do retorno finanaceiro", frisou.
O economista considera fundamental que o movimento sindical se coloque na ofensiva pelo crescimento do país, com fortalecimento da capacidade de atuação e de regulação da atividade econômica pelo Estado. "É preciso ter claro que se não fosse por esse caminho, o Brasil certamente estaria convivendo hoje com redução de salários e de direitos, ou com coisa pior, que é a contabilização de demitidos, como é a realidade lá fora".
A ação proposta por Clemente implica em defender com ênfase a redução das taxas de juros, contra a economia que privilegia investidores na especulação. "Dar concretude à luta distributiva exige forte combate ao rentismo, em favor da atividade produtiva".
(Evando Peixoto, da Fenae)
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