10/09/2025
                
        Demissões no Itaú: Coordenação da COE se reuniu com o banco e pediu revisão de desligamentos
 
            A coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu, na manhã de terça-feira (9), com o banco Itaú para pedir a revisão das mais de 1.000 demissões realizadas pelo banco na última segunda-feira (8). O banco aceitou avaliar apenas as demissões de pessoas adoecidas.
A maioria dos desligamentos ocorreu na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), de bancárias e bancários que trabalhavam no Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima em regime híbrido ou integralmente remoto. A justificativa do banco foi que esses empregados estavam sendo monitorados há mais de seis meses e foi detectada "baixa aderência ao home office".
Transparência
“As pessoas foram monitoradas por seis meses e o banco não deu nenhum alerta sobre a alegada baixa aderência. Não houve nenhuma possibilidade de se opor, ou de se defender”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai. “Além não ter havido qualquer advertência prévia aos trabalhadores, também não houve qualquer diálogo com o sindicato, num claro desrespeito aos bancários e à sua representação sindical”, acrescentou.
O banco afirma que os desligamentos se baseiam em registros de inatividade nas máquinas corporativas, em alguns casos, períodos de quatro horas ou mais de suposta ociosidade. No entanto, a representação dos trabalhadores considera esse critério extremamente questionável, já que não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga, ou mesmo a própria organização do trabalho pelas equipes.
“As reuniões são monitoradas por assuntos, tema, participantes, as metas são controladas constantemente, produtividade e a geolocalização de todos é controlada pelo ponto eletrônico. Os trabalhadores estão tendo sua privacidade invadida a todo momento. O assédio passou a ser digital”, ressaltou Valeska. “Precisamos regulamentar a utilização da IA no controle das atividades dos bancários para evitar que a situação da saúde mental da categoria, que já está em estado crítico, se agrave ainda mais”, completou.
“Solicitamos negociação sobre o Acordo de Teletrabalho e que haja transparência das medidas que são tomadas pelo banco, para que as pessoas tenham ciência de todo o monitoramento”, disse Valeska, acrescentando que o acordo vence em dezembro e as negociações já vão começar.
Reposição já!
No último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta. É o maior banco do país em ativos. Mesmo com esse resultado, segue extinguindo postos de trabalho: em 12 meses, o banco cortou 518 postos de trabalho, reduzindo o quadro de pessoal da holding a 85.775 empregados.
Nos anos de 2023 e 2024, 57,1% das licenças por acidente de trabalho concedidas a bancários foram causadas por transtornos mentais e comportamentais.
“Enquanto os acionistas do Itaú celebram rendimentos recordes, impulsionados por lucros superiores a R$ 22,6 bilhões apenas no último semestre, os trabalhadores enfrentam cortes em nome da suposta ‘produtividade’. A digitalização e o crescimento da eficiência deveriam resultar em estabilidade e valorização dos empregos, mas a instituição que detém o maior patrimônio do país escolhe sacrificar sua força de trabalho em prol de ampliar ainda mais a concentração de riqueza”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr.
            A maioria dos desligamentos ocorreu na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), de bancárias e bancários que trabalhavam no Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima em regime híbrido ou integralmente remoto. A justificativa do banco foi que esses empregados estavam sendo monitorados há mais de seis meses e foi detectada "baixa aderência ao home office".
Transparência
“As pessoas foram monitoradas por seis meses e o banco não deu nenhum alerta sobre a alegada baixa aderência. Não houve nenhuma possibilidade de se opor, ou de se defender”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai. “Além não ter havido qualquer advertência prévia aos trabalhadores, também não houve qualquer diálogo com o sindicato, num claro desrespeito aos bancários e à sua representação sindical”, acrescentou.
O banco afirma que os desligamentos se baseiam em registros de inatividade nas máquinas corporativas, em alguns casos, períodos de quatro horas ou mais de suposta ociosidade. No entanto, a representação dos trabalhadores considera esse critério extremamente questionável, já que não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga, ou mesmo a própria organização do trabalho pelas equipes.
“As reuniões são monitoradas por assuntos, tema, participantes, as metas são controladas constantemente, produtividade e a geolocalização de todos é controlada pelo ponto eletrônico. Os trabalhadores estão tendo sua privacidade invadida a todo momento. O assédio passou a ser digital”, ressaltou Valeska. “Precisamos regulamentar a utilização da IA no controle das atividades dos bancários para evitar que a situação da saúde mental da categoria, que já está em estado crítico, se agrave ainda mais”, completou.
“Solicitamos negociação sobre o Acordo de Teletrabalho e que haja transparência das medidas que são tomadas pelo banco, para que as pessoas tenham ciência de todo o monitoramento”, disse Valeska, acrescentando que o acordo vence em dezembro e as negociações já vão começar.
Reposição já!
No último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta. É o maior banco do país em ativos. Mesmo com esse resultado, segue extinguindo postos de trabalho: em 12 meses, o banco cortou 518 postos de trabalho, reduzindo o quadro de pessoal da holding a 85.775 empregados.
Nos anos de 2023 e 2024, 57,1% das licenças por acidente de trabalho concedidas a bancários foram causadas por transtornos mentais e comportamentais.
“Enquanto os acionistas do Itaú celebram rendimentos recordes, impulsionados por lucros superiores a R$ 22,6 bilhões apenas no último semestre, os trabalhadores enfrentam cortes em nome da suposta ‘produtividade’. A digitalização e o crescimento da eficiência deveriam resultar em estabilidade e valorização dos empregos, mas a instituição que detém o maior patrimônio do país escolhe sacrificar sua força de trabalho em prol de ampliar ainda mais a concentração de riqueza”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Ricardo Jorge Nassar Jr.
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