22/08/2025

Trabalhadores do BB definem eixos de luta pela defesa do banco público, da Cassi e da Previ

Ao longo de toda esta sexta-feira (22), representantes sindicais das trabalhadoras e dos trabalhadores do Banco do Brasil participaram do 35º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (35º CNFBB), na capital de São Paulo.

Bancárias e bancários de Catanduva e região estiveram representados no evento pelo secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Assuntos Jurídicos do Sindicato, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).

"A participação no Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil é de extrema importância porque nos permite construir, junto com colegas de todo o país, estratégias de defesa do BB como banco público essencial ao desenvolvimento do Brasil. Além disso, é um espaço em que reafirmamos a luta pela valorização dos trabalhadores, pela garantia de direitos em saúde e previdência e pela soberania nacional, especialmente diante dos desafios do cenário político e econômico. O Sindicato segue firme e comprometido em dar voz à categoria e fortalecer a mobilização em defesa do Banco do Brasil e de seus funcionários”, destacou Sadam.


"Foi um dia muito importante, no qual abordamos temas fundamentais, como a questão da Soberania Nacional, na aula realizada pelo convidado Jessé Souza (sociólogo e professor). Também tivemos, da economista do Dieese Rosângela Vieira, uma avaliação sobre a importância do BB para o desenvolvimento do país. Na parte da tarde, nos debruçamos sobre as questões pertinentes à Previ e à Cassi. E concluímos o evento com a aprovação de pontos de lutas, relacionados à defesa do Banco do Brasil como banco público, voltado ao desenvolvimento do país, e à sustentabilidade e perenidade da Cassi e da Previ", resumiu Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

Sobre os eixos de luta, a dirigente ressaltou que foram construídos com base nas contribuições que chegaram das federações.

A seguir, os eixos aprovados:

1 - Defesa da função pública do Banco do Brasil, essencialmente quanto ao desenvolvimento econômico e social, da agroecologia e da agricultura familiar;
2 - Expansão do PRONAF, volta do DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável) e maior apoio à agricultura familiar;
3 - Abertura de agências em municípios desbancarizados;
4 - Novo concurso (cumprindo efetivamente a cota de PCDs);
5 - Fim das terceirizações;
6 - Distribuição de dividendos em proporção que garanta investimentos no setor produtivo, assegurando o desenvolvimento econômico e social do Brasil;
7 - Revisão dos processos de financiamento ao agro, aprofundando o cuidado para garantir a produção sustentável tanto com viés ambiental, como o retorno para a garantia de alimentos para o Brasil;
8 - Ampliação do atendimento à população nas agências com maior movimento em regiões carentes e/ou periféricas;
9 - Ampliação de postos de trabalho, garantindo o atendimento de caixa e preenchimento de claros;
10 - Que o banco se responsabilize para que efetivamente não aconteça desvios éticos para cumprimento de metas;
11 - Fim do assédio moral e metas abusivas;
12 - Previdência: defesa da governança da PREVI e do modelo de gestão paritária pelos funcionários do banco; o papel dos órgãos controladores/reguladores. Planos e aspectos dos perfis de investimentos;
13 - Os funcionários do Banco do Brasil devem seguir na defesa intransigente da Previ, cujo modelo de governança prevê a gestão compartilhada entre a empresa patrocinadora, por sua indicação com a representação dos funcionários, por meio democrático de eleição participativa, o que garante a permanência da robustez da sua governança impedindo interferência externas, seja do mercado ou de governos, com respeito inequívoco aos órgãos controladores e reguladores competentes;
14 - A Previ deve ser para todos, com tratamento isonômico aos egressos de bancos incorporados, com direito à adesão ao plano PREVI Futuro e seus benefícios; 
15 - Saúde: modelo de custeio e sustentabilidade do plano de associados da Cassi; Adoecimento e saúde mental;
16 - Os funcionários do Banco do Brasil devem seguir na defesa intransigente da Cassi, objetivando o fortalecimento da caixa de assistência, em modelo de autogestão e patrocínio do empregador;
17 - A forma de custeio não pode se basear tão somente na folha de pagamento, sendo necessária a busca de outras fontes de receitas oriundas do patrocinador. Com as premissas de aumento da contribuição patronal para 70% (setenta por cento), sem aumento na contribuição do associado;
18 - A Cassi é para todos e deve ser garantida a isonomia de tratamento para os egressos dos bancos incorporados e funcionários que ingressaram no Banco após a reforma estatutária de 2018;
19 - É de fundamental importância que o banco informe precisamente os dados do EPS (exame periódico de saúde) e do adoecimento profissional;
20 - Necessário incluir a cirurgia de afirmação de gênero/redesignação sexual no rol de procedimentos da Cassi, custeadas pelo banco, com apoio das instituições no acolhimento de pessoas trans;
21 - Fortalecer e ampliar as CliniCassi e a rede credenciada;
22 - O banco deve, ainda, cumprir de imediato as diretrizes da NR1;
23 - Campanhas: Em Defesa do Banco do Brasil; Menos Metas Mais Saúde; Contra o Assédio Moral; Dias de Luta em todas as datas de negociação sobre a Cassi.

Também foram aprovadas moções sobre a defesa do BB e de sua função pública, sustentável e inclusiva; repúdio aos ataques de Trump contra a soberania nacional; transparência na destinação de verbas parlamentares; contra o genocídio praticado por Israel contra os palestinos; em defesa do deputado Renato Freitas; e contra as ameaças de grupos de extrema-direita a Jones Manoel.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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