05/05/2025
Lucro do Santander cresce 27,8% no 1º trimestre de 2025
O Banco Santander Brasil divulgou na última semana seu balanço financeiro referente ao 1º trimestre de 2025. O lucro líquido gerencial alcançou R$ 3,861 bilhões, representando um crescimento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi tímida: apenas 0,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado chegou a 17,4%, com avanço de 3,3 pontos percentuais em doze meses.
Apesar do crescimento expressivo do lucro no ano, impulsionado principalmente pela expansão da margem financeira (+7,7%) e pela margem com clientes (+9,5%), o resultado evidencia uma contradição já conhecida pelos trabalhadores: o aumento da rentabilidade da instituição ocorre ao mesmo tempo em que há redução de postos de trabalho e fechamento de unidades.
A holding encerrou o trimestre com 55.303 empregados — um crescimento de apenas 93 vagas em doze meses, mas com corte de 343 postos de trabalho apenas nos três primeiros meses do ano. No mesmo período, o banco encerrou 299 lojas e 184 Postos de Atendimento Bancário (PABs), demonstrando uma estratégia de enxugamento da estrutura física, que impacta diretamente os trabalhadores e o atendimento à população.
A carteira de crédito ampliada do banco somou R$ 682,3 bilhões, com alta de 4,3% em doze meses e estabilidade no trimestre (-0,1%). O destaque foi a carteira de cartão de crédito, que cresceu 17,9%. Já o saldo das grandes empresas caiu 3,8%, enquanto o das pequenas e médias subiu 13,2%. O crédito ao consumo, majoritariamente fora das agências e concentrado em veículos, teve expansão de 15,7%.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3%, estável em relação ao trimestre anterior. No entanto, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 14,2% em doze meses, alcançando R$ 6,3 bilhões — um fator que pressionou negativamente o resultado do banco.
As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços somaram R$ 5,470 bilhões, com alta de 2% em um ano. Já as despesas com pessoal (incluindo PLR) cresceram 4,2% no mesmo período, totalizando cerca de R$ 3,2 bilhões. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 171,5% no 1º trimestre, evidenciando mais uma vez que o banco segue mais do que capaz de custear os direitos dos trabalhadores.
Globalmente, o Santander teve lucro de € 3,402 bilhões no trimestre, crescimento de 19% em relação a 2023. No entanto, a instituição deixou de divulgar o resultado detalhado por regiões, impossibilitando saber qual foi a participação da unidade brasileira no desempenho mundial do grupo.
Para a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz, os números reforçam a necessidade de fortalecer a mobilização dos trabalhadores, “diante de um cenário em que o banco aumenta seus lucros, mas não reverte esse ganho em valorização dos funcionários, melhores condições de trabalho ou ampliação do atendimento à população”.
“Com lucros cada vez maiores, as instituições financeiras, e neste caso o Santander, precisam dar uma resposta social concreta ao país, garantindo empregos e contribuindo com a economia. Uma saída viável é a redução da jornada de trabalho, a adoção da semana de quatro dias — afinal, os avanços tecnológicos devem beneficiar também os trabalhadores e a sociedade. No entanto, o que vemos é o oposto: o Santander opta por enxugar o quadro de funcionários, promovendo demissões e recontratando por meio de empresas terceirizadas do próprio grupo, numa estratégia implacável de corte de gastos. Basta ir até uma agência para constatar: há cada vez menos bancários, e os que ficam estão sobrecarregados. Isso afeta diretamente também os clientes, que enfrentam dificuldades no atendimento presencial e são empurrados para os canais digitais. O Sindicato vem denunciando essa prática há anos e continuará firme na luta para que o Santander e os demais bancos ampliem o número de postos de trabalho e ofereçam um serviço que esteja à altura das concessões públicas que lhes garantem lucros bilionários no Brasil”, ressalta Júlio César Trigo, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região.
Apesar do crescimento expressivo do lucro no ano, impulsionado principalmente pela expansão da margem financeira (+7,7%) e pela margem com clientes (+9,5%), o resultado evidencia uma contradição já conhecida pelos trabalhadores: o aumento da rentabilidade da instituição ocorre ao mesmo tempo em que há redução de postos de trabalho e fechamento de unidades.
A holding encerrou o trimestre com 55.303 empregados — um crescimento de apenas 93 vagas em doze meses, mas com corte de 343 postos de trabalho apenas nos três primeiros meses do ano. No mesmo período, o banco encerrou 299 lojas e 184 Postos de Atendimento Bancário (PABs), demonstrando uma estratégia de enxugamento da estrutura física, que impacta diretamente os trabalhadores e o atendimento à população.
A carteira de crédito ampliada do banco somou R$ 682,3 bilhões, com alta de 4,3% em doze meses e estabilidade no trimestre (-0,1%). O destaque foi a carteira de cartão de crédito, que cresceu 17,9%. Já o saldo das grandes empresas caiu 3,8%, enquanto o das pequenas e médias subiu 13,2%. O crédito ao consumo, majoritariamente fora das agências e concentrado em veículos, teve expansão de 15,7%.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,3%, estável em relação ao trimestre anterior. No entanto, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) cresceram 14,2% em doze meses, alcançando R$ 6,3 bilhões — um fator que pressionou negativamente o resultado do banco.
As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços somaram R$ 5,470 bilhões, com alta de 2% em um ano. Já as despesas com pessoal (incluindo PLR) cresceram 4,2% no mesmo período, totalizando cerca de R$ 3,2 bilhões. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 171,5% no 1º trimestre, evidenciando mais uma vez que o banco segue mais do que capaz de custear os direitos dos trabalhadores.
Globalmente, o Santander teve lucro de € 3,402 bilhões no trimestre, crescimento de 19% em relação a 2023. No entanto, a instituição deixou de divulgar o resultado detalhado por regiões, impossibilitando saber qual foi a participação da unidade brasileira no desempenho mundial do grupo.
Para a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz, os números reforçam a necessidade de fortalecer a mobilização dos trabalhadores, “diante de um cenário em que o banco aumenta seus lucros, mas não reverte esse ganho em valorização dos funcionários, melhores condições de trabalho ou ampliação do atendimento à população”.
“Com lucros cada vez maiores, as instituições financeiras, e neste caso o Santander, precisam dar uma resposta social concreta ao país, garantindo empregos e contribuindo com a economia. Uma saída viável é a redução da jornada de trabalho, a adoção da semana de quatro dias — afinal, os avanços tecnológicos devem beneficiar também os trabalhadores e a sociedade. No entanto, o que vemos é o oposto: o Santander opta por enxugar o quadro de funcionários, promovendo demissões e recontratando por meio de empresas terceirizadas do próprio grupo, numa estratégia implacável de corte de gastos. Basta ir até uma agência para constatar: há cada vez menos bancários, e os que ficam estão sobrecarregados. Isso afeta diretamente também os clientes, que enfrentam dificuldades no atendimento presencial e são empurrados para os canais digitais. O Sindicato vem denunciando essa prática há anos e continuará firme na luta para que o Santander e os demais bancos ampliem o número de postos de trabalho e ofereçam um serviço que esteja à altura das concessões públicas que lhes garantem lucros bilionários no Brasil”, ressalta Júlio César Trigo, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região.
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