22/12/2023
Em ano de inflação menor, 78% das negociações coletivas têm reajuste com aumento real
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De janeiro a novembro, 77,7% de 17.839 negociações coletivas tiveram ganho real de salários. Ou seja, acima da inflação, no caso medida pelo INPC-IBGE. Outras 16,7% resultaram em índice equivalente ao da inflação, enquanto apenas 5,6% ficaram abaixo. Os dados são do Dieese, que acompanha mensalmente os resultados das campanhas salariais. A variação real média é de 1,12% acima do INPC.
Foi também um ano de inflação menor, e que continua controlada. Por exemplo, o reajuste necessário para “repor” a inflação no caso das categorias com data-base em dezembro é de 3,85%. Um ano atrás, o INPC – usado como referência em negociações – estava acumulado em 5,97%.
Entre as atividades econômicas, os trabalhadores na indústria têm 82,5% de acordos com aumento real. No caso do setor de serviços, 79,7%. Já no comércio, a proporção é menor de ganho real (58%) e maior em campanhas com reajustes equivalentes ao INPC (37%).
Pisos superam salário mínimo
Também no acumulado do ano, até novembro, o valor médio dos pisos salariais negociados pelos sindicatos é de RS$ 1.645,27. Ou 24,6% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.320), o que mostra a importância desse item nas negociações. Entre os setores, o maior valor foi registrado nos serviços (R$ 1.683,52) e o menor, na área rural (R$ 1.561,58).
Apenas em novembro, de 197 negociações coletivas pesquisadas, 65,5% tiveram reajuste acima da inflação. Foi o menor percentual desde maio, quando 90% das negociações tiveram ganho real. Segundo o levantamento, 28,9% dos acordos tiveram índice equivalente ao INPC e 5,6% ficaram abaixo.
Resultados poderiam ser ainda maiores, caso taxa de juros fosse menor
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, pontua a importância da mobilização dos Sindicatos para avançar nos salários, mas ressalta que a situação poderia ser ainda melhor se o Brasil convivesse com juros menores.
"Se taxa de juros não estivesse num patamar mais baixo, teríamos um ambiente ainda mais favorável para fazer as negociações coletivas, afetadas diretamente pela falta de capacidade de investimentos. É preciso que a sociedade, as famílias e os trabalhadores no geral entendam que a taxa básica de juros no Brasil, praticada acima dos dois dígitos há tanto tempo, está diretamente relacionada ao nível de endividamento. As empresas evitam tomar dinheiro emprestado, diante das incertezas de poderem honrar seus compromissos. Portanto, os juros acabam por imobilizar a capacidade produtiva, porque, nesse cenário, elas não ampliam a produção, não contratam mão-de-obra e isso tem sido a grande dificuldade de avançarmos ainda mais", explica.
Foi também um ano de inflação menor, e que continua controlada. Por exemplo, o reajuste necessário para “repor” a inflação no caso das categorias com data-base em dezembro é de 3,85%. Um ano atrás, o INPC – usado como referência em negociações – estava acumulado em 5,97%.
Entre as atividades econômicas, os trabalhadores na indústria têm 82,5% de acordos com aumento real. No caso do setor de serviços, 79,7%. Já no comércio, a proporção é menor de ganho real (58%) e maior em campanhas com reajustes equivalentes ao INPC (37%).
Pisos superam salário mínimo
Também no acumulado do ano, até novembro, o valor médio dos pisos salariais negociados pelos sindicatos é de RS$ 1.645,27. Ou 24,6% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.320), o que mostra a importância desse item nas negociações. Entre os setores, o maior valor foi registrado nos serviços (R$ 1.683,52) e o menor, na área rural (R$ 1.561,58).
Apenas em novembro, de 197 negociações coletivas pesquisadas, 65,5% tiveram reajuste acima da inflação. Foi o menor percentual desde maio, quando 90% das negociações tiveram ganho real. Segundo o levantamento, 28,9% dos acordos tiveram índice equivalente ao INPC e 5,6% ficaram abaixo.
Resultados poderiam ser ainda maiores, caso taxa de juros fosse menor
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, pontua a importância da mobilização dos Sindicatos para avançar nos salários, mas ressalta que a situação poderia ser ainda melhor se o Brasil convivesse com juros menores.
"Se taxa de juros não estivesse num patamar mais baixo, teríamos um ambiente ainda mais favorável para fazer as negociações coletivas, afetadas diretamente pela falta de capacidade de investimentos. É preciso que a sociedade, as famílias e os trabalhadores no geral entendam que a taxa básica de juros no Brasil, praticada acima dos dois dígitos há tanto tempo, está diretamente relacionada ao nível de endividamento. As empresas evitam tomar dinheiro emprestado, diante das incertezas de poderem honrar seus compromissos. Portanto, os juros acabam por imobilizar a capacidade produtiva, porque, nesse cenário, elas não ampliam a produção, não contratam mão-de-obra e isso tem sido a grande dificuldade de avançarmos ainda mais", explica.
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