15/12/2023
Em audiência pública, entidades sindicais cobram dos bancos maior investimento em segurança

Foi realizada na tarde de quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa do Estados de São Paulo (Alesp), por iniciativa do deputado estadual e ex-presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, uma audiência pública para debater a segurança em estabelecimentos bancários. O evento reuniu dirigentes sindicais bancários, dos vigilantes, além de representante da Fenaban [federação dos bancos].
Os debates giraram em torno da importância dos equipamentos de segurança nas agências e locais exclusivos de negócios.
Na década de 1990, o movimento sindical bancário conseguiu discutir e implementar a obrigatoriedade das portas giratórias nas agências bancárias na maioria das cidades do estado de São Paulo, por legislação municipal. Porém, por uma visão patronal em usar novas tecnologias, nem sempre tão efetivas, as portas foram sendo retiradas paulatinamente.
A secretária-geral da Fetec-CUT/SP, Ana Lucia Ramos Pinto, participou da mesa de debates e apresentou a defesa da segurança bancária, com portas e vigilantes, como forma de assegurar tranquilidade aos bancários, clientes e usuários do sistema financeiro.
“A Porta de Segurança é tão importante que aqui na Assembleia Legislativa e em diversos prédios públicos, foi instalado o portal de segurança. Todos nós passamos pelo portal e pelo Vigilante para entrarmos neste auditório. Aqui não é um estabelecimento com numerário, mas temos vidas, e vidas importam”, disse a dirigente durante sua intervenção.
“A redução dos mecanismos de segurança e a escolha de dispositivos de alta tecnologia visam exclusivamente a segurança patrimonial. Quando o representante da Fenaban diz que o marginal não chega ao cofre em questão de segundos, pode ser que não chegue, mas ele chega no bancário, no cliente, nas pessoas que estão naquele ambiente como ocorreu na agência de Poa, em setembro, que custou a vida de uma gerente. É disso que estamos falando”, acrescentou a secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Lucimara Malaquias.
O Deputado Luiz Claudio Marcolino também lembrou que estamos em um novo momento no mundo, e a segurança bancária tem que ser repensada. “Sempre fizemos os debates com a FENABAN de forma franca, e avançamos neste tema. É hora de reabrir os debates e quem sabe regulamentar isso no estado todo”.
Foi enfatizado ainda o impacto do aumento da insegurança nas agências na saúde mental dos trabalhadores, assim como o fato das agências possuírem equipamentos visados por criminosos como, por exemplo, celulares e computadores.
Outros representantes de trabalhadores, também tiveram a oportunidade de fazer uso da palavra, mostrando a realidade de muitas cidades que enfrentam problemas sérios com assaltos, saidinha de bancos entre outros.
Os debates giraram em torno da importância dos equipamentos de segurança nas agências e locais exclusivos de negócios.
Na década de 1990, o movimento sindical bancário conseguiu discutir e implementar a obrigatoriedade das portas giratórias nas agências bancárias na maioria das cidades do estado de São Paulo, por legislação municipal. Porém, por uma visão patronal em usar novas tecnologias, nem sempre tão efetivas, as portas foram sendo retiradas paulatinamente.
A secretária-geral da Fetec-CUT/SP, Ana Lucia Ramos Pinto, participou da mesa de debates e apresentou a defesa da segurança bancária, com portas e vigilantes, como forma de assegurar tranquilidade aos bancários, clientes e usuários do sistema financeiro.
“A Porta de Segurança é tão importante que aqui na Assembleia Legislativa e em diversos prédios públicos, foi instalado o portal de segurança. Todos nós passamos pelo portal e pelo Vigilante para entrarmos neste auditório. Aqui não é um estabelecimento com numerário, mas temos vidas, e vidas importam”, disse a dirigente durante sua intervenção.
“A redução dos mecanismos de segurança e a escolha de dispositivos de alta tecnologia visam exclusivamente a segurança patrimonial. Quando o representante da Fenaban diz que o marginal não chega ao cofre em questão de segundos, pode ser que não chegue, mas ele chega no bancário, no cliente, nas pessoas que estão naquele ambiente como ocorreu na agência de Poa, em setembro, que custou a vida de uma gerente. É disso que estamos falando”, acrescentou a secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Lucimara Malaquias.
O Deputado Luiz Claudio Marcolino também lembrou que estamos em um novo momento no mundo, e a segurança bancária tem que ser repensada. “Sempre fizemos os debates com a FENABAN de forma franca, e avançamos neste tema. É hora de reabrir os debates e quem sabe regulamentar isso no estado todo”.
Foi enfatizado ainda o impacto do aumento da insegurança nas agências na saúde mental dos trabalhadores, assim como o fato das agências possuírem equipamentos visados por criminosos como, por exemplo, celulares e computadores.
Outros representantes de trabalhadores, também tiveram a oportunidade de fazer uso da palavra, mostrando a realidade de muitas cidades que enfrentam problemas sérios com assaltos, saidinha de bancos entre outros.
Falta investimento
Em 2022, os cinco maiores bancos brasileiros investiram menos de 5% dos seus lucros com serviços de segurança e vigilância. “Menos de 5% do lucro é investido para defender e proteger a vida dos trabalhadores.
Na Campanha Nacional dos Bancários de 2022, os representantes dos bancários apresentaram para a Fenaban um levantamento que apontou a ocorrência de 839 ataques em 2020, sendo 321 explosões ou arrombamentos de caixas eletrônicos; 439 assaltos; 34 ataques a carros fortes; e 45 saidinhas bancárias. Dentre as ocorrências, foram identificadas 6 vítimas fatais.
De acordo com o portal de transparência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, até setembro foram registrados 1.602 boletins de ocorrência envolvendo instituições bancárias.
"O ocorrido na agência localizada em São Paulo vem, infelizmente, para reafirmar o que já defendemos em mesa com a Fenaban, de que as modalidades de violência contra a categoria bancária não têm a ver somente com os assaltos. Trabalhadores também são vítimas de agressões, seja por causa do estresse devido ao tempo de espera nas filas, seja por outro motivo, como se fossem os empregados os responsáveis pelos problemas de atendimento gerados pela falta de estrutura física ou de pessoal. Não podemos nos ater apenas às estatísticas, é preciso levar em conta, sobretudo, as condições de trabalho para garantir a segurança de bancários, clientes e usuários", reforça o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
"Com os lucros estratosféricos dos bancos, está mais do que na hora de deixarem de se eximir e assumirem a responsabilidade que têm sobre a vida dos seus trabalhadores e clientes e investir mais em equipamentos que tornem as agências um lugar seguro para trabalhar ou utilizar seus serviços, ao invés de insistirem na contramão. Para nós, o respeito à vida continua sendo nosso maior patrimônio. Ou seja, entre a manutenção da rentabilidade dos bancos e a segurança dos bancários, a vida dos trabalhadores está acima de tudo”, acrescenta Luiz Eduardo Campolungo, também diretor do Sindicato.
Insegurança eletrônica
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 os estelionatos alcançaram o recorde de 1.719.000 ocorrências – dentre elas golpes, fraudes e estelionatos eletrônicos – o que equivale a 217 casos registrados por hora no Brasil.
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