01/09/2023
Sindicato apoia a campanha Setembro Amarelo: precisamos falar sobre saúde mental!
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"Se precisar, peça ajuda!" Com esse lema, o Setembro Amarelo, que ocorre desde 2014 no Brasil, engloba uma série de ações de prevenção ao suicídio, em especial baseadas na difusão de informação. Segundo os responsáveis pela iniciativa, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), essa é a maior campanha antiestigma do mundo.
Neste mês temos o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio, no entanto, as entidades ligadas ao tema atuam o ano todo, de modo contínuo, para desestimular qualquer risco, pois o volume de casos mostra que se trata de uma questão que afeta todas as sociedades.
Conforme a última pesquisa sobre o tema, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil casos por ano em todo o mundo, mas estima-se que esse número seja de até 1 milhão. No Brasil, são notificados cerca de 14 mil por ano, ou seja, 38 pessoas em média cometem suicídio por dia no país.
Como ajudar
Todas as pessoas devem atuar na prevenção do suicídio. Essa postura nem sempre é fácil de ser adotada, pois o assunto ainda é visto como um grande tabu. Conforme orientações das entidades médicas, como a APD, o CFM e a OMS, a primeira e principal iniciativa pessoal para isso é informar-se.
Como o pensamento de uma pessoa que está considerando se matar passa a ser controlado por seu sofrimento emocional, é fundamental que quem está próximo dela consiga identificar essa sua condição, saiba ouvi-la sem julgamentos, demonstre empatia e possa encaminhá-la aos cuidados de um psiquiatra, que é o profissional capaz de salvá-la.
> Para divulgar e participar da campanha do Setembro Amarelo deste ano, conheça as diretrizes da APB e do CFM.
Bancários e bancárias
A categoria bancária é uma das que apresentam alto índice de suicídio no Brasil. Entre 1993 e 1995, por exemplo, quando ocorreram várias privatizações e reestruturações no setor, foram registrados 72 suicídios entre bancários, ou seja, um a cada 15 dias. Outro levantamento, mostra que de 1996 a 2005 foram 181 casos, ou um a cada 20 dias.
O documentário 4 Contos, a tragédia por trás do lucro, produzido pelo SindBancários e disponível no Youtube, trata da questão especificamente dentro da categoria. A produção é baseada em testemunhos de bancários que estiveram próximos à decisão extrema de pôr fim à própria vida e mostra com bastante realismo como a pressão no ambiente de trabalho está relacionado ao suicídio.
Pesquisa sobre sequelas da covid-19, desenvolvida pela Contraf-CUT, mostrou, por exemplo, que 67,1% dos bancários e bancárias sentem quase o tempo todo a cabeça cheia de preocupação e que 45% nunca ou quase nunca se sentem alegres.
As consequências dessa opressão podem ser observadas pelo forte aumento de afastamentos na categoria por problemas psíquicos, que, nos últimos anos, superou inclusive as ocorrências de lesão por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort). Essa situação de estresse pode ser tão intensa, que o trabalhador se sente encurralado, a ponto de ser levado ao suicídio.
"É nesse momento que se faz importante a intervenção dos sindicatos como agentes informadores e formadores da política de proteção ao ambiente do trabalho saudável, oferecendo canais de denúncia anônima em caso de assédio, psicólogos, psiquiatras e advogados, todos capacitados a auxiliar, dentro de suas habilidades, o empregado vítima de práticas abusivas", ressalta o secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).
Campanha Menos Metas, Mais Saúde
O movimento sindical bancário está empenhado em promover uma mudança significativa no ambiente de trabalho dos profissionais do setor financeiro. Através da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, a Contraf-CUT, juntamente com os Sindicatos, lançou a iniciativa #BoraConversar, com o objetivo de conscientizar sobre os impactos prejudiciais das metas abusivas e incentivar o diálogo sobre assédio moral no ambiente corporativo.
"A categoria é encorajada a relatar casos de assédio moral, respeitando a confidencialidade e a privacidade das pessoas envolvidas. Compartilhar essas histórias contribui para a visibilidade do problema, encorajando outros a se manifestarem. As respostas irão nos ajudar a obter avanços nas negociações com os bancos e a construir um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado, onde as metas não sejam prejudiciais à saúde dos profissionais. Por isso a participação de todos é fundamental", explica Sadam.
> Clique aqui e #BoraConversar
"Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. Os bancos também precisam implementar uma política séria de saúde do trabalhador, em especial com relação à saúde mental. Essa foi uma das reivindicações na última Campanha Nacional. Permanecemos lutando por melhores condições de trabalho e consequentemente pela saúde física, psíquica e emocional da categoria. São milhares de pessoas que estão adoecendo e as instituições financeiras não podem mais negligenciar isso. A situação é real, comprovada pelas pesquisas", ressalta o dirigente.
Informe-se:
> Suicídio: informando para prevenir
> Prevenção ao suicídio e promoção da vida
Participe do Setembro Amarelo:
> Diretrizes da campanha de prevenção ao suicídio
Veja o vídeo:
> Documentário 4 Contos, a tragédia por trás do lucro.
Centro de Valorização a Vida – CVV
O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos que visa a prevenção ao suicídio. A organização possui diversos meios de contato, como e-mail, chat e até postos presenciais, mas o mais disseminado é o telefone: 188.
Ao entrar em contato com os canais de atendimento do CVV é possível conversar com voluntários que recebem treinamento para dar apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar.
Pode Falar
Apoiado pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Pode Falar é um canal de ajuda em saúde mental para pessoas entre 13 e 24 anos. Os atendimentos são gratuitos e confidenciais e é possível entrar em contato pelo WhatsApp.
Neste mês temos o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio, no entanto, as entidades ligadas ao tema atuam o ano todo, de modo contínuo, para desestimular qualquer risco, pois o volume de casos mostra que se trata de uma questão que afeta todas as sociedades.
Conforme a última pesquisa sobre o tema, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil casos por ano em todo o mundo, mas estima-se que esse número seja de até 1 milhão. No Brasil, são notificados cerca de 14 mil por ano, ou seja, 38 pessoas em média cometem suicídio por dia no país.
Como ajudar
Todas as pessoas devem atuar na prevenção do suicídio. Essa postura nem sempre é fácil de ser adotada, pois o assunto ainda é visto como um grande tabu. Conforme orientações das entidades médicas, como a APD, o CFM e a OMS, a primeira e principal iniciativa pessoal para isso é informar-se.
Como o pensamento de uma pessoa que está considerando se matar passa a ser controlado por seu sofrimento emocional, é fundamental que quem está próximo dela consiga identificar essa sua condição, saiba ouvi-la sem julgamentos, demonstre empatia e possa encaminhá-la aos cuidados de um psiquiatra, que é o profissional capaz de salvá-la.
> Para divulgar e participar da campanha do Setembro Amarelo deste ano, conheça as diretrizes da APB e do CFM.
Bancários e bancárias
A categoria bancária é uma das que apresentam alto índice de suicídio no Brasil. Entre 1993 e 1995, por exemplo, quando ocorreram várias privatizações e reestruturações no setor, foram registrados 72 suicídios entre bancários, ou seja, um a cada 15 dias. Outro levantamento, mostra que de 1996 a 2005 foram 181 casos, ou um a cada 20 dias.
O documentário 4 Contos, a tragédia por trás do lucro, produzido pelo SindBancários e disponível no Youtube, trata da questão especificamente dentro da categoria. A produção é baseada em testemunhos de bancários que estiveram próximos à decisão extrema de pôr fim à própria vida e mostra com bastante realismo como a pressão no ambiente de trabalho está relacionado ao suicídio.
Pesquisa sobre sequelas da covid-19, desenvolvida pela Contraf-CUT, mostrou, por exemplo, que 67,1% dos bancários e bancárias sentem quase o tempo todo a cabeça cheia de preocupação e que 45% nunca ou quase nunca se sentem alegres.
As consequências dessa opressão podem ser observadas pelo forte aumento de afastamentos na categoria por problemas psíquicos, que, nos últimos anos, superou inclusive as ocorrências de lesão por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort). Essa situação de estresse pode ser tão intensa, que o trabalhador se sente encurralado, a ponto de ser levado ao suicídio.
"É nesse momento que se faz importante a intervenção dos sindicatos como agentes informadores e formadores da política de proteção ao ambiente do trabalho saudável, oferecendo canais de denúncia anônima em caso de assédio, psicólogos, psiquiatras e advogados, todos capacitados a auxiliar, dentro de suas habilidades, o empregado vítima de práticas abusivas", ressalta o secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).
Campanha Menos Metas, Mais Saúde
O movimento sindical bancário está empenhado em promover uma mudança significativa no ambiente de trabalho dos profissionais do setor financeiro. Através da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, a Contraf-CUT, juntamente com os Sindicatos, lançou a iniciativa #BoraConversar, com o objetivo de conscientizar sobre os impactos prejudiciais das metas abusivas e incentivar o diálogo sobre assédio moral no ambiente corporativo.
"A categoria é encorajada a relatar casos de assédio moral, respeitando a confidencialidade e a privacidade das pessoas envolvidas. Compartilhar essas histórias contribui para a visibilidade do problema, encorajando outros a se manifestarem. As respostas irão nos ajudar a obter avanços nas negociações com os bancos e a construir um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado, onde as metas não sejam prejudiciais à saúde dos profissionais. Por isso a participação de todos é fundamental", explica Sadam.
> Clique aqui e #BoraConversar
"Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. Os bancos também precisam implementar uma política séria de saúde do trabalhador, em especial com relação à saúde mental. Essa foi uma das reivindicações na última Campanha Nacional. Permanecemos lutando por melhores condições de trabalho e consequentemente pela saúde física, psíquica e emocional da categoria. São milhares de pessoas que estão adoecendo e as instituições financeiras não podem mais negligenciar isso. A situação é real, comprovada pelas pesquisas", ressalta o dirigente.
Informe-se:
> Suicídio: informando para prevenir
> Prevenção ao suicídio e promoção da vida
Participe do Setembro Amarelo:
> Diretrizes da campanha de prevenção ao suicídio
Veja o vídeo:
> Documentário 4 Contos, a tragédia por trás do lucro.
Centro de Valorização a Vida – CVV
O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos que visa a prevenção ao suicídio. A organização possui diversos meios de contato, como e-mail, chat e até postos presenciais, mas o mais disseminado é o telefone: 188.
Ao entrar em contato com os canais de atendimento do CVV é possível conversar com voluntários que recebem treinamento para dar apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar.
Pode Falar
Apoiado pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o Pode Falar é um canal de ajuda em saúde mental para pessoas entre 13 e 24 anos. Os atendimentos são gratuitos e confidenciais e é possível entrar em contato pelo WhatsApp.
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