18/06/2019
Itaú faz campanhas pela valorização das mulheres, mas no cotidiano a prática é outra

Itaú patrocina o futebol feminino, mas funcionárias não podem assistir aos jogos
(Foto: Assessoria / CBF)
Igualdade de gênero parece ser um tema bastante importante para o Itaú. Basta ver a quantidade de atividades, palestras e campanhas realizadas pelo banco sobre o tema. O problema é que, no dia a dia, o discurso se distancia da prática.
Durante a Copa do Mundo de Futebol Feminino, que acontece na França e começou no dia 7 de junho, as bancárias que quiseram torcer pelas suas atletas do coração foram impossibilitadas. Isso porque o Itaú não promoveu liberação dos funcionários ou telão nas concentrações para assistir aos jogos da seleção brasileira – diferente do que foi feito nas partidas de futebol masculino ano passado.
“O Itaú sempre procura usar questões sociais e humanas para promover sua imagem – tanto externamente quanto internamente. Recentemente tivemos uma série de palestras sobre machismo e sexismo, mas o discurso sem prática não adianta. O banco deveria comprovar seu compromisso com a diversidade de gênero com atitude! Todos os anos de Copa há um grande movimento acerca dos jogos masculinos, inclusive com jornada reduzida para assistir aos jogos em casa. O Itaú deveria provar que está comprometido com a causa e fazer exatamente o mesmo com o torneio feminino. Só dessa forma eu realmente sentiria que o discurso é verdadeiro e me sentiria parte de uma revolução institucional, porque só o discurso sem uma prática fica parecendo oportunismo”, disse uma bancária, que terá sua identidade preservada para evitar represálias.
Essa diferença de abordagem, além de injusta, é simbólica, porque é justamente o contrário do que o movimento sindical vem cobrando. Fica claro que o apoio do Itaú está focado no futebol masculino, enquanto as mulheres que trabalham no banco sequer conseguem acompanhar as jogadoras que as inspiram.
"O setor financeiro está cada mais mais concentrado entre poucos atores e países, distanciando-se frequentemente da economia real e das necessidades das pessoas. Nesse cenário, as mulheres enfrentam barreiras e não desfrutam dos mesmos benefícios e direitos que os homens. A igualdade de gênero no setor financeiro é uma antiga reivindicação do Sindicato. Já foram propostas diversas ações neste sentido pelos representantes dos trabalhadores. Se o Itaú estiver, de fato, comprometido com o empoderamento das mulheres, não basta apenas utilizar a pauta para melhorar sua imagem junto à população. É preciso fazer valer na prática!", defende o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto.
Durante a Copa do Mundo de Futebol Feminino, que acontece na França e começou no dia 7 de junho, as bancárias que quiseram torcer pelas suas atletas do coração foram impossibilitadas. Isso porque o Itaú não promoveu liberação dos funcionários ou telão nas concentrações para assistir aos jogos da seleção brasileira – diferente do que foi feito nas partidas de futebol masculino ano passado.
“O Itaú sempre procura usar questões sociais e humanas para promover sua imagem – tanto externamente quanto internamente. Recentemente tivemos uma série de palestras sobre machismo e sexismo, mas o discurso sem prática não adianta. O banco deveria comprovar seu compromisso com a diversidade de gênero com atitude! Todos os anos de Copa há um grande movimento acerca dos jogos masculinos, inclusive com jornada reduzida para assistir aos jogos em casa. O Itaú deveria provar que está comprometido com a causa e fazer exatamente o mesmo com o torneio feminino. Só dessa forma eu realmente sentiria que o discurso é verdadeiro e me sentiria parte de uma revolução institucional, porque só o discurso sem uma prática fica parecendo oportunismo”, disse uma bancária, que terá sua identidade preservada para evitar represálias.
Essa diferença de abordagem, além de injusta, é simbólica, porque é justamente o contrário do que o movimento sindical vem cobrando. Fica claro que o apoio do Itaú está focado no futebol masculino, enquanto as mulheres que trabalham no banco sequer conseguem acompanhar as jogadoras que as inspiram.
"O setor financeiro está cada mais mais concentrado entre poucos atores e países, distanciando-se frequentemente da economia real e das necessidades das pessoas. Nesse cenário, as mulheres enfrentam barreiras e não desfrutam dos mesmos benefícios e direitos que os homens. A igualdade de gênero no setor financeiro é uma antiga reivindicação do Sindicato. Já foram propostas diversas ações neste sentido pelos representantes dos trabalhadores. Se o Itaú estiver, de fato, comprometido com o empoderamento das mulheres, não basta apenas utilizar a pauta para melhorar sua imagem junto à população. É preciso fazer valer na prática!", defende o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Carlos Alberto Moretto.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Contratação de mais um ex-BC pelo Nubank expõe relação de interesse entre agentes reguladores e fintechs
- Luta por trabalho digno e justiça fiscal ganha destaque na fachada do Sindicato
- Dia Nacional de Luta: Sindicato denuncia fechamento de agências, demissões e adoecimento no Itaú
- Últimos dias para bancários e bancárias se inscreverem no 2º Festival de Música Autoral da Contraf-CUT
- Negociações sobre ACT do Saúde Caixa começam ainda neste mês
- SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
- Ataque cibernético sofisticado coloca em xeque a credibilidade do sistema financeiro
- Conferência nacional marca novo momento de escuta e valorização de aposentadas e aposentados do ramo financeiro
- Sindicato participa da 1ª Conferência Nacional de Aposentadas e Aposentados do Ramo Financeiro
- Plebiscito Popular 2025: Sindicato incentiva a participação da categoria no levantamento
- Abertas as inscrições para a Conferência Livre de Mulheres no Ramo Financeiro
- Movimento sindical cobra dos bancos compromisso com saúde mental dos trabalhadores
- TST reafirma direito à jornada reduzida para empregados públicos com filhos com TEA
- Saúde Caixa: Comitês de credenciamento e descredenciamentos serão instalados a partir desta quarta-feira (2)
- Funcef: você sabe o que acontece se a meta atuarial não for alcançada?