13/03/2018
Reflexos da reforma: Concurso do Banco do Brasil para provimento de 30 vagas é farsa

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Banco do Brasil abriu na quinta-feira (8) as inscrições para um concurso com 30 vagas para o cargo de escriturário de provimento imediato e mais 30 para cadastro de reserva em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A quantidade de vagas é insuficiente para suprimir a enorme falta de funcionários, o que, além da sobrecarga de trabalho, contribui cada vez mais para a precarização do atendimento à população no país.
O banco promoveu, no fim de fevereiro, a transferência compulsória e arbitrária de mais de 50 escriturários dos seus locais de trabalho em São Paulo para tentar reverter a precarização do atendimento agravada com o fechamento de milhares de postos em decorrência dos planos de desligamentos. Entretanto, a medida obteve quase nenhum efeito. Agências que já possuíam um número reduzido de funcionários permanecem superlotadas.
"Os reflexos da contrarreforma de Temer, que retira direitos, já recaí sobre os trabalhadores do Banco do Brasil. A quantidade de vagas oferecida é insuficiente para suprimir a enorme falta de funcionários e melhorar o atendimento. O que vemos é mais uma tentativa do governo de precarizar e desmontar o banco público na intenção de convencer a todos da sua ineficiência para privatizar uma das instituições mais importantes para o desenvolvimento do país", alerta o presidente do Sindicato do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim.
As poucas vagas anunciadas no concurso demonstram que o objetivo da seleção não é dar solução ao quadro deficitário de funcionários, melhorar a qualidade de atendimento e as condições de trabalho, mas sim ratificar a existência de um novo funcionário do BB: os pós 2018, sem direito à Cassi.
Obedecendo às orientações da resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Participações Societárias da União), o edital público não menciona a oferta de plano de saúde aos novos bancários. “Trata-se de mais uma demonstração de que o concurso é apenas mais uma fermenta na retirada de direitos. O movimento sindical já estuda possibilidades urgentes de reversão dessas medidas. É preciso que os trabalhadores também se mobilizem em defesa da Cassi. Juntos, vamos continuar lutando pela capacidade de sustentabilidade da Caixa Assitencial e pelos nossos direitos à saúde,” conclui Vicentim.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Bancária e bancário, já começou a Consulta Nacional 2025. Participe!
- Sindicato realiza reunião com empregados da Caixa em Catanduva para debater Saúde Caixa, Funcef e Reestruturação
- Na sede da UNI Global Union, bancários de diferentes países compartilham experiências e alinham ações
- Movimento sindical cobra explicações sobre boato de reestruturação na Caixa
- Banesprev: Juíza não defere liminar e pede informação atualizada sobre processos administrativos
- Caixa: Representação dos empregados cobra dados do Saúde Caixa
- Associados da Cassi votarão Relatório Anual de 2024 entre os dias 15 e 26 de maio
- Decisão sobre pejotização no STF pode prejudicar trabalhador e contas públicas
- Sindicato participa de apresentação do Relatório 2024 da Cassi, em São Paulo
- Terceira mesa sobre custeio da Cassi reforça premissas das entidades
- Fim do “bank” para quem não é banco? BC lança consulta para disciplinar nomes de instituições financeiras
- Em 2025, vai ter Consulta Nacional dos Bancários e Bancárias!
- 13 de maio: racismo não acabou e sociedade necessita de avanços
- Benefícios da Funcef: Como a meta atuarial entra nesse cálculo?
- Funcionários exigem segurança em unidades do Mercantil