Gestão equivocada e desmonte da Gepes atrasam CCV e CCP no Banco do Brasil

A CCV (Comissão de Conciliação Voluntária) e CCP (Comissão de Conciliação Prévia) do Banco do Brasil em estão atrasadas em várias regiões do estado de São Paulo. As comissões permitem que o funcionário reivindique direitos junto ao banco antes de ingressar com ações na Justiça. Já há bancários procurando os Sindicatos com interesse de participar, mas o setor do BB responsável, a Gepes (Rede de Gerências Regionais Gestão de Pessoas) não tem cumprido o cronograma necessário para que as reuniões ocorram, devido à redução de quadro e ampliação de tarefas sob responsabilidade da área.
O Sindicato de São Paulo, Osasco e Região atribui o atraso também à opção política do gestor da unidade Gepes-SP, empossado no ano passado. “A nova gerência está mais preocupada em promover uma gestão baseada no assédio moral e na pressão pelo cumprimento de metas abusivas. Já procuramos diversas vezes a Gepes, mas as reuniões são inócuas, bem diferentes da postura e compromisso que tínhamos com os gestores anteriores”, diz Sílvia Muto, dirigente sindical e bancária do BB.
Segunda denúncias, o gerente-geral recentemente realizou diversas reuniões com superintendentes nas agências pressionando os bancários por resultados. “Chegou inclusive a dizer que eles não precisavam mais se preocupar com a ouvidoria do banco, que isso ele ‘matava no peito’, ou seja, deu carta branca para a prática do assédio moral, ridicularizando e colocando em cheque a seriedade de uma ferramenta do próprio banco”, acrescenta a dirigente.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região também tem encontrado dificuldades em realizar as reuniões de CCV e CCP. A reestruturação anunciada pelo BB no final de 2016 tem promovido sobrecarga de trabalho inclusive para as Gerências Regionais de Gestão de Pessoas. Nas duas últimas CCVs realizadas pelo Sindicato, por exemplo, a Gepes não conseguiu comparecer no prazo estipulado e os dirigentes e funcionários foram obrigados a realizar as reuniões, que deveriam ser presenciais, via áudio.
Para o diretor do Sindicato Júlio César Trigo, são necessárias mudanças urgentes nas políticas de prioridades das Gepes. "As relações de trabalho devem ser baseadas em princípios éticos e as Gerências precisam demonstrar respeito aos funcionários do BB. Os atrasos nos processos de conciliação são exemplos claros de que estamos todos à mercê da falta de ética e compromisso da atual gestão", conclui o dirigente.
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