06/03/2017
Em comunicação interna, direção do Banco do Brasil admite desigualdade de gênero
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Cinco dias antes do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a gestão Cafarelli reconheceu em comunicação interna que o Banco do Brasil é um bom exemplo da ausência de mulheres em postos de destaque no mercado de trabalho. Apesar de homens e mulheres possuírem desempenho equivalente no Radar, a proporção feminina em cargos considerados de comando (presidente, vice-presidente, gerentes executivos, e superintendentes estaduais e regionais) é de apenas 11,7%, o menor índice entre todos os bancos brasileiros. Entre gerentes gerais e equivalentes, a proporção também é baixíssima: 17,7%.
“Admitir a não participação de mulheres em cargos decisórios não minimiza a responsabilidade da direção do BB ao ignorar ações pró-equidade de gênero, previstas desde 2015 em Convenção Coletiva de Trabalho. Fazer mea-culpa, afirmando que vai melhorar, é o mesmo que jogar para a torcida. Qual o motivo de não ter sido apresentada neste mesmo comunicado interno nenhuma medida prática por parte da gestão Cafarelli para combater a desigualdade de gênero?”, questiona a dirigente sindical e funcionária do Banco do Brasil Fernanda Lopes.
HeForShe – No final de fevereiro, o BB recebeu a visita da representante do movimento HeForShe, iniciativa mundial da ONU em prol da equidade de gêneros. Na ocasião, o banco, através do presidente Cafarelli e do Conselho Diretor, assumiu compromisso de apoio à campanha.
“Prova de que esse apoio não passa de discurso vazio é o fato de que o Conselho Diretor é composto inteiramente por homens. Ou seja, em cargos de indicação, nos quais demandaria pouco tempo e burocracia para aplicar a equidade, nada foi feito. Refletindo a política do atual governo, que também não se preocupa com essa questão. Fazer marketing explorando iniciativas sérias é mais um exemplo do tipo de gestão praticada pela atual direção do banco, na qual só o que importa é a imagem perante ao mercado e acionistas, e não boas condições de trabalho”, critica Fernanda.
Reestruturação – A dirigente lembra ainda que a reestruturação em curso no BB é outro bom exemplo, este não admitido pelo banco em seus comunicados, de como a direção da instituição trata suas funcionárias.
“Por conta da reestruturação, que inclui um processo de descomissionamento e realocação, chegaram ao Sindicato diversas denúncias de bancárias em licença-maternidade que desconheciam como ficaria sua posição no banco e, o mais grave, de gestantes bem posicionadas no TAO (Talentos e Oportunidades) que, ao chegarem às entrevistas visivelmente grávidas, eram informadas que o gestor simplesmente não tinha interesse em realocá-las no mesmo cargo”, relata Fernanda.
"É importante que o banco reconheça, de fato, que é permissivo em relação a desigualdade de gêneros nos cargos diretivos. Mais importante ainda é que a instituição respeite e assegure os direitos das trabalhadoras, como por exemplo as posições de bancárias gestantes e em licença-maternidade durante o processo de reestruturação. Estamos atentos para que se faça valer medidas concretas que promovam a igualdade no banco", ressalta Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região.
“Admitir a não participação de mulheres em cargos decisórios não minimiza a responsabilidade da direção do BB ao ignorar ações pró-equidade de gênero, previstas desde 2015 em Convenção Coletiva de Trabalho. Fazer mea-culpa, afirmando que vai melhorar, é o mesmo que jogar para a torcida. Qual o motivo de não ter sido apresentada neste mesmo comunicado interno nenhuma medida prática por parte da gestão Cafarelli para combater a desigualdade de gênero?”, questiona a dirigente sindical e funcionária do Banco do Brasil Fernanda Lopes.
HeForShe – No final de fevereiro, o BB recebeu a visita da representante do movimento HeForShe, iniciativa mundial da ONU em prol da equidade de gêneros. Na ocasião, o banco, através do presidente Cafarelli e do Conselho Diretor, assumiu compromisso de apoio à campanha.
“Prova de que esse apoio não passa de discurso vazio é o fato de que o Conselho Diretor é composto inteiramente por homens. Ou seja, em cargos de indicação, nos quais demandaria pouco tempo e burocracia para aplicar a equidade, nada foi feito. Refletindo a política do atual governo, que também não se preocupa com essa questão. Fazer marketing explorando iniciativas sérias é mais um exemplo do tipo de gestão praticada pela atual direção do banco, na qual só o que importa é a imagem perante ao mercado e acionistas, e não boas condições de trabalho”, critica Fernanda.
Reestruturação – A dirigente lembra ainda que a reestruturação em curso no BB é outro bom exemplo, este não admitido pelo banco em seus comunicados, de como a direção da instituição trata suas funcionárias.
“Por conta da reestruturação, que inclui um processo de descomissionamento e realocação, chegaram ao Sindicato diversas denúncias de bancárias em licença-maternidade que desconheciam como ficaria sua posição no banco e, o mais grave, de gestantes bem posicionadas no TAO (Talentos e Oportunidades) que, ao chegarem às entrevistas visivelmente grávidas, eram informadas que o gestor simplesmente não tinha interesse em realocá-las no mesmo cargo”, relata Fernanda.
"É importante que o banco reconheça, de fato, que é permissivo em relação a desigualdade de gêneros nos cargos diretivos. Mais importante ainda é que a instituição respeite e assegure os direitos das trabalhadoras, como por exemplo as posições de bancárias gestantes e em licença-maternidade durante o processo de reestruturação. Estamos atentos para que se faça valer medidas concretas que promovam a igualdade no banco", ressalta Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região.
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