A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia veementemente a reestruturação do Banco do Brasil, anunciada apenas em comunicado à imprensa e ao mercado. A entidade é contrária a qualquer projeto que tente destruir a política de valorização do Banco do Brasil e de seus funcionários.
O fechamento de 402 agência e a transformação de outras 379 em posto de atendimentos representam um retrocesso ao período de recuperação que o banco vinha apresentando. Mais do que isso, é o retorno da política neoliberal, que quase destruiu a instituição na década de 1990.
O plano de cortar R$ 750 milhões de gastos do banco, sendo R$ 450 milhões com a nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões com redução de despesas com transporte de valores, segurança e imóveis vai na contramão do papel que o BB vinha desempenhando, nos últimos anos, de fomento ao desenvolvimento social e econômico do País.
A Confederação rejeita ainda o desrespeito do BB com os trabalhadores por não ter comunicado os representantes dos bancários um pacote de medidas tão significativas e que afetam tantos funcionários, antes da imprensa.
A Contraf-CUT informa que já entrou em contato com a direção do banco, neste domingo (2), para agendar urgentemente uma reunião para esclarecimento das medidas e negociação de garantias e direitos dos funcionários que serão afetados. A reunião ficou marcada para esta terça-feira (22) às 10 horas, em Brasília.
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT
22/11/2016
Sindicato cobra e BB marca reunião para esta 3ª
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Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que os bancos públicos estão na mira do governo Temer, comunicado de fato relevante do Banco do Brasil no domingo 20 é esclarecedor. Em uma só tacada, a empresa anunciou que irá fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de atendimento bancário (PABs), além de lançar Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) que abrange cerca de 18 mil funcionários ou cerca de 16% do total.
A justificativa apresentada pela instituição é de que a medida impactará na redução das despesas anuais na ordem de R$ 750 milhões.
> Veja a lista de agências que serão fechadas
Diante do anúncio, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou negociação urgente com a direção da instituição, que ocorrerá na terça-feira 22. “Tudo foi feito sem qualquer negociação ou conhecimento do movimento sindical. Uma reestruturação como essa mexe com a vida de milhares de trabalhadores, com instituições como Cassi, Previ e Economus, além de atingir em cheio o papel do banco público para auxiliar no desenvolvimento do país”, afirma o coordenador João Fukunaga.
Pelo comunicado do BB, os trabalhadores têm até 9 de dezembro para aderir ao PEAI e, se tiver a adesão de 18 mil bancários como é almejado, o quadro de funcionários cairá de 109 mil para 91 mil.
“A decisão cabe a cada trabalhador. Mas é importante que antes de qualquer definição saiba como ficará a situação perante as caixas de assistência (Cassi) e de Previdência (Previ). E, no caso dos oriundos da Nossa Caixa, do Economus, que tem situação deficitária”, explica o integrante da comissão de empresa “Sobre essas questões cobraremos explicações do banco.”
O dirigente adverte ainda que se houver fechamento de agências e a transformação de unidades em PABs também provocará graves problemas tanto para bancários como para clientes e a população. “Para onde irão os trabalhadores que terão locais de trabalho fechados e como fica a questão dos cargos comissionados na redução dessas estruturas? São respostas que queremos e já deixaremos claro que não aceitamos redução de direitos ou de remuneração.”
O sindicalista adverte ser necessário esclarecer a população sobre tudo que está ocorrendo. “Há cidades em que o Banco do Brasil é a única instituição financeira presente. Como ficará, por exemplo, o atendimento nessas regiões?”, questiona.
“Por isso, é essencial que cada trabalhador faça um corpo a corpo com clientes e a população; o que verdadeiramente está camuflado nessa reestruturação é um ataque ao banco público. Só o envolvimento de todos irá impedir que as agências sejam fechadas.”
Região
O presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim, condenou o desmonte do banco público e afirmou que toda a sociedade sairá perdendo. "Esse processo é de interesse dos bancos privados, que não terão concorrência frente ao enfraquecimento dos bancos públicos. Os fechamentos vão prejudicar os funcionários que ficarem, bem como os clientes, já que o atendimento deve piorar". Segundo ele, o Sindicato irá monitorar os impactos do processo e defender os direitos dos bancários.
Na região de Catanduva, serão encerradas as atividades nas seguintes agências:
- Catanduva (rua Minas Gerais)
- Ibitinga (rua Prudente de Moraes)
- Itajobi (rua Toledo)
- Itápolis (Cidade das Pedras)
- Monte Alto (Zacharias)
As unidades do Fórum de Catanduva e de José Bonifácio (Cidade Amizade) serão transformadas em Posto de Atendimento.
NOTA DE REPÚDIO
A justificativa apresentada pela instituição é de que a medida impactará na redução das despesas anuais na ordem de R$ 750 milhões.
> Veja a lista de agências que serão fechadas
Diante do anúncio, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou negociação urgente com a direção da instituição, que ocorrerá na terça-feira 22. “Tudo foi feito sem qualquer negociação ou conhecimento do movimento sindical. Uma reestruturação como essa mexe com a vida de milhares de trabalhadores, com instituições como Cassi, Previ e Economus, além de atingir em cheio o papel do banco público para auxiliar no desenvolvimento do país”, afirma o coordenador João Fukunaga.
Pelo comunicado do BB, os trabalhadores têm até 9 de dezembro para aderir ao PEAI e, se tiver a adesão de 18 mil bancários como é almejado, o quadro de funcionários cairá de 109 mil para 91 mil.
“A decisão cabe a cada trabalhador. Mas é importante que antes de qualquer definição saiba como ficará a situação perante as caixas de assistência (Cassi) e de Previdência (Previ). E, no caso dos oriundos da Nossa Caixa, do Economus, que tem situação deficitária”, explica o integrante da comissão de empresa “Sobre essas questões cobraremos explicações do banco.”
A Contraf-CUT emitiu nota para contestar a decisão do banco (veja abaixo). A entidade lembra que em outubro, após a finalização da campanha nacional dos bancários, o presidente Michel Temer concedeu entrevista afirmando que o "Banco do Brasil estava pensando em cortar uma porção de funções, de cargos que lá existem, que são absolutamente desnecessários", mas que vinha negando alterações. "Apenas após a informação ser divulgada pela imprensa no último domingo, o banco finalmente divulgou a notícia aos seus funcionários. Um desrespeito com os trabalhadores", contesta.
Ataque ao banco público
O dirigente adverte ainda que se houver fechamento de agências e a transformação de unidades em PABs também provocará graves problemas tanto para bancários como para clientes e a população. “Para onde irão os trabalhadores que terão locais de trabalho fechados e como fica a questão dos cargos comissionados na redução dessas estruturas? São respostas que queremos e já deixaremos claro que não aceitamos redução de direitos ou de remuneração.”
O sindicalista adverte ser necessário esclarecer a população sobre tudo que está ocorrendo. “Há cidades em que o Banco do Brasil é a única instituição financeira presente. Como ficará, por exemplo, o atendimento nessas regiões?”, questiona.
“Por isso, é essencial que cada trabalhador faça um corpo a corpo com clientes e a população; o que verdadeiramente está camuflado nessa reestruturação é um ataque ao banco público. Só o envolvimento de todos irá impedir que as agências sejam fechadas.”
Região
O presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim, condenou o desmonte do banco público e afirmou que toda a sociedade sairá perdendo. "Esse processo é de interesse dos bancos privados, que não terão concorrência frente ao enfraquecimento dos bancos públicos. Os fechamentos vão prejudicar os funcionários que ficarem, bem como os clientes, já que o atendimento deve piorar". Segundo ele, o Sindicato irá monitorar os impactos do processo e defender os direitos dos bancários.
Na região de Catanduva, serão encerradas as atividades nas seguintes agências:
- Catanduva (rua Minas Gerais)
- Ibitinga (rua Prudente de Moraes)
- Itajobi (rua Toledo)
- Itápolis (Cidade das Pedras)
- Monte Alto (Zacharias)
As unidades do Fórum de Catanduva e de José Bonifácio (Cidade Amizade) serão transformadas em Posto de Atendimento.
NOTA DE REPÚDIO
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