Banco se recusa a discutir licença-prêmio para todos
Empresa também não se posiciona sobre as reivindicações de segurança na segunda rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2014.
A direção do Banco do Brasil segue sem se posicionar sobre a maioria das reivindicações dos trabalhadores nas negociações em torno do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Na segunda reunião específica da Campanha 2014, na segunda-feira 1º, em Brasília, os representantes do banco público se limitaram a ouvir ou a negar as propostas do funcionalismo em relação a isonomia de direitos e a segurança.
Sobre a concessão da licença-prêmio para todos, a empresa diz que não discutirá o tema devido a uma proibição do Dest (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), subordinado ao Ministério do Planejamento. “Todos os bancários que entraram na instituição após 1998 ficaram sem esse direito. Agora é a hora de corrigir essa injustiça e vamos continuar cobrando tanto o banco quanto o Dest”, afirma o integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários Cláudio Luis de Souza.
Segurança – Nas questões de segurança o BB também não se manifestou em relação ao pagamento de adicional de periculosidade, nem sobre indenizar trabalhadores que passam por assalto ou sequestro, entre outras propostas.
Identidade social – Já para a exigência de o empregado ter a opção por uma identidade social com o nome que desejar, o banco afirma que já atende a essa reivindicação por meio de uma norma interna. Assim, quem quiser exercer esse direito tem de entrar em contato com a instituição. O avanço beneficia bancários transexuais e quem prefere ser chamado por nome diferente do registrado.
Internacional – Os dirigentes também cobraram soluções para os funcionários do BB no Paraguai, que estão sem acordo coletivo há três anos, e para os empregados do Banco da Patagônia, onde as horas extras não estão sendo pagas e as funcionárias reclamam que sofrem discriminação na ascensão profissional. Os representantes da empresa disseram que levarão a questão à diretoria responsável pela área internacional e darão retorno ao movimento sindical.
Assédios moral e sexual – Os integrantes da Comissão de Empresa propuseram a criação de programa de atendimento às vítimas de assédios moral e sexual comprovados. Os interlocutores do BB não demonstraram disposição para avançar no tema com a justificativa de que já existem os Comitês de Ética.
Gedip – Outro assunto abordado foi em relação às mudanças nos parâmetros de cobrança no programa da Gedip (Gestão de Disciplina e Perdas). Antes da alteração, se houvesse diferença de R$ 1 no caixa, o funcionário respondia por processo administrativo. Agora só responde administrativamente se for apresentada diferença mínima de R$ 600.
“Consideramos a medida insuficiente e queremos discutir em mesa específica de Gedip mecanismo que garanta que os empregados não sejam prejudicados”, diz Cláudio Luis.
Negociação – A próxima negociação com o Banco do Brasil ocorre em 12 de setembro, em São Paulo, para discutir o tema remuneração. “É importante que os funcionários participem das reuniões e manifestações da Campanha 2014 para mostrar que exigimos acordo digno”, reforça o dirigente.
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