BB se nega a discutir questões relativas a Cassi
Negociação específica da Campanha Nacional em torno do aditivo tratou de saúde e condições de trabalho
São Paulo – A primeira rodada de negociação específica entre representantes dos empregados e da direção do Banco do Brasil, dentro da Campanha Nacional, não apresentou avanços em relação às propostas do funcionalismo para saúde e condições de trabalho. A reunião ocorreu na sexta 22, em Brasília, e uma nova rodada foi marcada para 1º de setembro, sobre igualdade de oportunidades e segurança.
Na reivindicação de Cassi (Caixa de Assistência) para todos, o negociador pela empresa afirmou que não discutirá o tema, pois aguardará o desfecho das diversas ações judiciais movidas pelos trabalhadores que reivindicam esse direito. “Deixamos claro que se o assunto está na Justiça é devido ao banco não se dispor a resolver o problema. E vamos insistir para resolver na mesa de negociação”, afirma Cláudio Luis, representante da Comissão de Empresa dos funcionários.
Às propostas específicas para melhora dos serviços do plano de saúde, o interlocutor do Banco do Brasil disse que essas questões devem ser debatidas no âmbito dos representantes eleitos pelos funcionários. “Para todas as nossas reivindicações, os eleitos se posicionaram favoravelmente. Então, nada mais lógico cobrarmos posição do BB em relação à postura de seus indicados na Caixa de Assistência que dificultam que os debates avancem”, reforça o dirigente.
A empresa também não tem posicionamento em relação às exigências do pessoal da PSO (Plataforma de Suporte Operacional), como a criação de plano de carreira próprio e o fim do desvio de função do “caixa líder”, apresentadas em reunião em 5 de agosto.
> Funcionários do suporte operacional cobram BB
Os dirigentes sindicais reforçaram a necessidade da contratação de mais bancários para diminuir o sufoco nos diversos setores. “No sistema interno da empresa consta que o número total do quadro de funcionários deve ser de 118 mil. No entanto, o balanço do primeiro semestre deste ano revela que a quantidade é de pouco mais de 111 mil trabalhadores. Ou seja, faltam cerca de 6,5 mil pessoas que se fossem convocadas aliviariam a sobrecarga dos trabalhadores”, destaca Claudio Luis.
Os interlocutores da empresa limitaram-se a ouvir as argumentações dos sindicalistas em relação às propostas. E afirmaram que serão analisadas para posterior posicionamento.
“A pauta específica é fruto de intenso debate nacional para melhorar o ambiente de trabalho e a qualidade de vida dos bancários”, acrescenta o dirigente sindical.
Entre as propostas para saúde e condições de trabalho destacam-se ainda: ajuda para deslocamento noturno, plano odontológico para funcionários da ativa, aposentados e dependentes sob administração da Cassi e que o BB assuma todas as despesas médico hospitalares decorrente das doenças ocupacionais.
Jair Rosa - Seeb São Paulo
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