20/05/2024
Fifa cria protocolo global para denúncia de racismo em partidas de futebol

A Fifa pretende jogar duro contra o racismo. Na última sexta-feira (17), durante o 74º Congresso, em Bangkok, na Tailândia, a entidade máxima do futebol afirmou que vai obrigar suas 211 filiadas a incluírem, em seus códigos disciplinares, artigos específicos para enquadrar crimes de racismo com “sanções próprias e severas”, incluindo o encerramento do jogo – com derrota do time que estiver associado ao ato racista.
O segundo ponto do plano anunciado pela Fifa é a criação de um gesto específico – os dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e os dedos esticados – a ser feito pelos jogadores para avisar árbitros sobre insultos racistas.
O mesmo gesto deve ser feito pelos árbitros, seguindo a lógica de como fazem o quadrado no ar com os dedos para indicar o uso do VAR. O intuito é informar ao público que vai ter início o protocolo de três passos, também obrigatório a partir de agora para as 211 associações nacionais de futebol.
O protocolo de três passos funciona da seguinte maneira:
O segundo ponto do plano anunciado pela Fifa é a criação de um gesto específico – os dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e os dedos esticados – a ser feito pelos jogadores para avisar árbitros sobre insultos racistas.
O mesmo gesto deve ser feito pelos árbitros, seguindo a lógica de como fazem o quadrado no ar com os dedos para indicar o uso do VAR. O intuito é informar ao público que vai ter início o protocolo de três passos, também obrigatório a partir de agora para as 211 associações nacionais de futebol.
O protocolo de três passos funciona da seguinte maneira:
- O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
- Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência;
- Finalmente, se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas.
A Fifa também anunciou que vai lutar para que o racismo seja reconhecido como crime em todos os países, “com punições severas”. A entidade não tem poderes para alterar a legislação de nenhum de país, mas deixou evidente que vai pressionar politicamente para que isso aconteça.
Um painel antirracista formado por jogadores e ex-jogadores será criado para aconselhar e acompanhar a implementação desse plano nas 211 associações nacionais de futebol. A Fifa também afirmou que vai criar um programa específico de educação – “afinal nenhuma criança nasce racista”.
Para o secretário de Combate ao Racimos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, o futebol é um esporte que mexe com emoções no mundo inteiro, e essas práticas antirracistas podem ser um caminho importante contra o preconceito e a discriminação racial em nossa sociedade. “No dia 11 de janeiro de 2023, uma das primeiras ações do presidente Lula foi sancionar a Lei 14.532/2023, que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, punindo o agressor com prisão. A FIFA deu um passo importante, agora vamos ver os resultados.”
"Enquanto a beleza do futebol encanta torcedores, uma parcela deles expõe seus sentimentos perversos através de agressões racistas contra alguns jogadores, como foi o caso de Vini Júnior. Sabemos que quem silencia em casos de racismo, compactua com ele. O enfrentamento ao preconceito é uma luta ampla que busca não apenas justiça, mas também a construção de uma sociedade fraterna e igualitária, que garanta respeito e direitos fundamentais a todas as pessoas. E deve, portanto, ser uma luta empunhada por todos", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
Participação de Vini
Em carta enviada às 211 associações nacionais de futebol para informá-las do plano de combate ao racismo, o secretário-geral da Fifa, Mattias Grafstrom, informa que, nos últimos meses, houve um “extenso processo de consulta com jogadores e ex-jogadores, homens e mulheres, do mundo todo”, e que suas “opiniões e contribuições resultaram numa proposta de ação consolidada”.
Um dos jogadores com quem dirigentes da Fifa mais conversaram foi com Vini Jr., do Real Madrid e da seleção brasileira, que se transformou num símbolo da luta antirracista. Em junho do ano passado, enquanto estava com a Seleção, Vini Jr recebeu uma visita de Infantino.
Para o secretário de Combate ao Racimos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, o futebol é um esporte que mexe com emoções no mundo inteiro, e essas práticas antirracistas podem ser um caminho importante contra o preconceito e a discriminação racial em nossa sociedade. “No dia 11 de janeiro de 2023, uma das primeiras ações do presidente Lula foi sancionar a Lei 14.532/2023, que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, punindo o agressor com prisão. A FIFA deu um passo importante, agora vamos ver os resultados.”
"Enquanto a beleza do futebol encanta torcedores, uma parcela deles expõe seus sentimentos perversos através de agressões racistas contra alguns jogadores, como foi o caso de Vini Júnior. Sabemos que quem silencia em casos de racismo, compactua com ele. O enfrentamento ao preconceito é uma luta ampla que busca não apenas justiça, mas também a construção de uma sociedade fraterna e igualitária, que garanta respeito e direitos fundamentais a todas as pessoas. E deve, portanto, ser uma luta empunhada por todos", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.
Participação de Vini
Em carta enviada às 211 associações nacionais de futebol para informá-las do plano de combate ao racismo, o secretário-geral da Fifa, Mattias Grafstrom, informa que, nos últimos meses, houve um “extenso processo de consulta com jogadores e ex-jogadores, homens e mulheres, do mundo todo”, e que suas “opiniões e contribuições resultaram numa proposta de ação consolidada”.
Um dos jogadores com quem dirigentes da Fifa mais conversaram foi com Vini Jr., do Real Madrid e da seleção brasileira, que se transformou num símbolo da luta antirracista. Em junho do ano passado, enquanto estava com a Seleção, Vini Jr recebeu uma visita de Infantino.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Associados da Cassi votarão Relatório Anual de 2024 entre os dias 15 e 26 de maio
- Caixa: Representação dos empregados cobra dados do Saúde Caixa
- Terceira mesa sobre custeio da Cassi reforça premissas das entidades
- Decisão sobre pejotização no STF pode prejudicar trabalhador e contas públicas
- Sindicato participa de apresentação do Relatório 2024 da Cassi, em São Paulo
- Fim do “bank” para quem não é banco? BC lança consulta para disciplinar nomes de instituições financeiras
- Benefícios da Funcef: Como a meta atuarial entra nesse cálculo?
- Em 2025, vai ter Consulta Nacional dos Bancários e Bancárias!
- 13 de maio: racismo não acabou e sociedade necessita de avanços
- Com manutenção do teto, gestão Carlos Vieira prevê aumento médio inicial de 77% na mensalidade do Saúde Caixa dos aposentados
- Bradesco segue demitindo milhares enquanto lucro cresce 39%
- Itaú Unibanco lucra R$ 11,1 bilhões no 1º trimestre de 2025 enquanto fecha agências e perde clientes
- Funcionários exigem segurança em unidades do Mercantil
- Conferência Nacional do Meio Ambiente aprova 100 propostas para enfrentar emergência climática
- Conquista: inscrições até 18 de maio para as novas turmas de capacitação de mulheres em TI