26/04/2023
Categoria bancária se mobiliza para valorizar segurança e saúde do trabalho. Nesta sexta-feira (28) tem tuitaço, participe!
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Os trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil realizam, na sexta-feira (28), atos de luta para marcar o “Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho” e o “Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”.
Proposto pelos movimentos sociais dos Estados Unidos, a data é uma homenagem a 78 trabalhadores que morreram nesse dia, em 1969, na explosão de uma mina em Farmington, no estado da Virgínia. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elegeu o “28 de abril” como data dedicada a valorizar a segurança e a saúde do trabalho. Desde então, manifestações acontecem em todo o mundo.
“As diferentes iniciativas, com pequenas variações no nome, convergem na luta, que deve ser lembrada todos os dias, pela promoção do trabalho digno, seguro e saudável”, salientou Mauro Salles, secretário da Saúde da Contraf-CUT.
“É válido lembrar dos trabalhadores e trabalhadoras vitimados por acidentes do trabalho, doenças profissionais e outras doenças relacionadas ao trabalho, para que tais perdas humanas jamais voltem a acontecer. E que jamais sejam toleradas e ‘naturalizadas’ pela sociedade, pelos empregadores e pelos governos. E isto deve ser dito e repetido, no 28 de abril e em todos os outros dias do ano, todos os anos”, completou o secretário.
A categoria bancária também vai se mobilizar nas redes sociais, a partir das 11 horas, com a #MenosMetasMaisSaúde
Adoecimento e morte entre bancários
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, destaca que dentre as muitas categorias profissionais existentes em nosso país, a bancária foi e continua sendo uma das mais atingidas pelas novas formas de gestão, que priorizam a reestruturação produtiva – com a introdução de novas tecnologias e a terceirização, com a intensificação do trabalho e a cobrança de metas abusivas e inatingíveis, exigindo do bancário um ritmo diário intenso, com inúmeras tarefas e responsabilidades para cumprir.
De 2012 a 2021, 42.138 bancários receberam o benefício acidentário reconhecido pelo INSS por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. No mesmo período, 156.670 bancários tiveram reconhecido o afastamento por doença comum.
Cerca de 54% destes benefícios comuns, no entanto, referem-se a doenças características do trabalho bancário: transtornos mentais, LER/Dort e do sistema nervoso. Ou seja, o que foi reconhecido como acidentário pelo INSS não condiz com a realidade, já que o adoecimento ligado ao trabalho é muito maior do que o efetivamente reconhecido.
Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – e foram compilados pelo Dieese.
"O Sindicato, representado nas negociações pelo Comando Nacional dos Bancários, tem buscado efetivamente a implantação de medidas para preservar a saúde dos trabalhadores. Essa luta é cotidiana e ultrapassa fronteiras entre patrão e empregado. Ela passa, também, pelo fortalecimento de políticas públicas de Estado, pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), pela implementação das convenções da Organização Internacional do trabalho (OIT) e, principalmente, pela garantia dos princípios da Seguridade Social. Muito mais do que remuneração, precisamos ter nossa saúde preservada, nosso direito a um trabalho digno e decente”, ressalta Vicentim.
Transtornos mentais nos bancos
A partir de 2013, transtornos mentais e comportamentais passaram a ser a principal causa de afastamentos na categoria bancária. De 2012 a 2021, apenas os transtornos mentais foram responsáveis por 5% dos afastamentos por acidentes de trabalho (auxílio previdenciário B-91), e 10% dos afastamentos por doenças comuns (B-31), nos grupos econômicos em geral (conjunto total dos trabalhadores brasileiros).
Porém, no mesmo período, no setor econômico em que estão inseridos os bancos e as financeiras, os transtornos mentais representaram 39% dos afastamentos por acidentes e doenças do trabalho e 29% dos afastamentos não reconhecidos como acidente ou doença do trabalho.
“Ou seja, mesmo subnotificadas e não reconhecidas como tais, as doenças do trabalho que acometem os bancários são um alarmante sinal de um sistema de organização do trabalho que adoece muito mais que outras categorias”, afirma Salles. “Já passou da hora de os bancos serem responsabilizados por esta prática agressiva e criarem um ambiente de trabalho que realmente respeite o ser humano”, completou.
Proposto pelos movimentos sociais dos Estados Unidos, a data é uma homenagem a 78 trabalhadores que morreram nesse dia, em 1969, na explosão de uma mina em Farmington, no estado da Virgínia. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elegeu o “28 de abril” como data dedicada a valorizar a segurança e a saúde do trabalho. Desde então, manifestações acontecem em todo o mundo.
“As diferentes iniciativas, com pequenas variações no nome, convergem na luta, que deve ser lembrada todos os dias, pela promoção do trabalho digno, seguro e saudável”, salientou Mauro Salles, secretário da Saúde da Contraf-CUT.
“É válido lembrar dos trabalhadores e trabalhadoras vitimados por acidentes do trabalho, doenças profissionais e outras doenças relacionadas ao trabalho, para que tais perdas humanas jamais voltem a acontecer. E que jamais sejam toleradas e ‘naturalizadas’ pela sociedade, pelos empregadores e pelos governos. E isto deve ser dito e repetido, no 28 de abril e em todos os outros dias do ano, todos os anos”, completou o secretário.
A categoria bancária também vai se mobilizar nas redes sociais, a partir das 11 horas, com a #MenosMetasMaisSaúde
Adoecimento e morte entre bancários
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, destaca que dentre as muitas categorias profissionais existentes em nosso país, a bancária foi e continua sendo uma das mais atingidas pelas novas formas de gestão, que priorizam a reestruturação produtiva – com a introdução de novas tecnologias e a terceirização, com a intensificação do trabalho e a cobrança de metas abusivas e inatingíveis, exigindo do bancário um ritmo diário intenso, com inúmeras tarefas e responsabilidades para cumprir.
De 2012 a 2021, 42.138 bancários receberam o benefício acidentário reconhecido pelo INSS por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. No mesmo período, 156.670 bancários tiveram reconhecido o afastamento por doença comum.
Cerca de 54% destes benefícios comuns, no entanto, referem-se a doenças características do trabalho bancário: transtornos mentais, LER/Dort e do sistema nervoso. Ou seja, o que foi reconhecido como acidentário pelo INSS não condiz com a realidade, já que o adoecimento ligado ao trabalho é muito maior do que o efetivamente reconhecido.
Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – e foram compilados pelo Dieese.
"O Sindicato, representado nas negociações pelo Comando Nacional dos Bancários, tem buscado efetivamente a implantação de medidas para preservar a saúde dos trabalhadores. Essa luta é cotidiana e ultrapassa fronteiras entre patrão e empregado. Ela passa, também, pelo fortalecimento de políticas públicas de Estado, pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), pela implementação das convenções da Organização Internacional do trabalho (OIT) e, principalmente, pela garantia dos princípios da Seguridade Social. Muito mais do que remuneração, precisamos ter nossa saúde preservada, nosso direito a um trabalho digno e decente”, ressalta Vicentim.
Transtornos mentais nos bancos
A partir de 2013, transtornos mentais e comportamentais passaram a ser a principal causa de afastamentos na categoria bancária. De 2012 a 2021, apenas os transtornos mentais foram responsáveis por 5% dos afastamentos por acidentes de trabalho (auxílio previdenciário B-91), e 10% dos afastamentos por doenças comuns (B-31), nos grupos econômicos em geral (conjunto total dos trabalhadores brasileiros).
Porém, no mesmo período, no setor econômico em que estão inseridos os bancos e as financeiras, os transtornos mentais representaram 39% dos afastamentos por acidentes e doenças do trabalho e 29% dos afastamentos não reconhecidos como acidente ou doença do trabalho.
“Ou seja, mesmo subnotificadas e não reconhecidas como tais, as doenças do trabalho que acometem os bancários são um alarmante sinal de um sistema de organização do trabalho que adoece muito mais que outras categorias”, afirma Salles. “Já passou da hora de os bancos serem responsabilizados por esta prática agressiva e criarem um ambiente de trabalho que realmente respeite o ser humano”, completou.
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