14/06/2022
Sindicato protesta contra abusos do Santander e cobra respeito aos funcionários


O Sindicato realizou, nesta terça-feira (14), na agência Centro, em Catanduva, um protesto público contra o comportamento do banco espanhol no Brasil, que apesar de apresentar lucros astronômicos segue realizando demissões, desrespeitando a negociação coletiva e a representação dos trabalhadores, além da jornada de trabalho da categoria, atitude que ocorre desde a gestão Sergio Rial, e que continua na administração do atual presidente do banco espanhol no país, Mario Opice Leão.
Mas, a lista de ataques cometidos pelo Santander não para por aí, e é extensa. A mobilização também foi realizada contra a convocação irresponsável de bancários do grupo de risco e gestantes para o trabalho presencial em meio à pandemia de coronavírus, por melhores condições de trabalho, pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, que tem adoecido os trabalhadores nas agências lotadas na base do Sindicato e em todo o país.


Com palavras de ordem, dirigentes sindicais cobraram respeito aos funcionários. Também foi distribuído material informativo denunciando aos trabalhadores e a população os desmandos do banco e foram afixadas faixas na entrada da agência. A ação ocorreu no dia em que a unidade em questão recebeu a visita da Superintendência, Recursos Humanos e Diretoria regionais do banco.


“A relação do Santander com seus funcionários sempre veio da precarização das condições de trabalho. E, mais uma vez, o banco pioneiro em atacar direitos trabalhistas demonstra seu desrespeito total com quem é responsável, de fato, pela sua lucratividade bilionária no país ao implementar medidas inconstitucionais e se negar a qualquer tipo de negociação”, denunciou Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato.

O lucro do banco ultrapassou os R$ 4 bi no primeiro trimestre deste ano, e com o que arrecada com tarifas e serviços cobre 152,8% das despesas com pessoal. Ou seja, com uma receita secundária o banco consegue pagar mais de duas vezes todas as despesas com seus funcionários.

“Essa lucratividade traz o carimbo das demissões, da sobrecarga de trabalho, do assédio e da terceirização, que na prática significa a redução de direitos. Obter lucros bilionários às custas da precarização, da exploração de clientes e do adoecimento bancário é desumano e de uma irresponsabilidade social sem limites. Reivindicamos do Santander disposição em negociar, do contrário seguiremos construindo uma resistência cada vez maior e mais forte junto aos trabalhadores”, acrescentou o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- “Campos Neto na gestão do Nubank é conflito de interesses”, alerta movimento sindical bancário
- Estudo da Unicamp mostra que quase 21 milhões de trabalhadores estão em sobrejornada
- Prejuízo ao país: Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto na reunião desta quarta-feira (7)
- COE Bradesco critica fechamento de unidades em reunião com o banco
- 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é aberta em Brasília
- “Banco Central precisa rever regulação se quiser evitar risco para o sistema”, alertam trabalhadores
- Novo Estatuto mantém teto de 6,5% e escancara descuido da Caixa com a saúde dos empregados
- 62 anos de luta, conquistas e resistência: a história viva do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região
- 5ª CNMA começa hoje (6) com base em caderno de propostas construído pela sociedade civil
- Itaú muda regras e aumenta a taxa do crédito imobiliário para funcionários
- Plano Juventude Negra Viva avança em reunião no Palácio do Planalto, com apoio do movimento sindical bancário
- Nova NR-1 passa a valer em maio de 2025 com foco em saúde mental e riscos psicossociais
- Lucro do Santander cresce 27,8% no 1º trimestre de 2025
- 1º de Maio foi de luta e também de celebração para os bancários de Catanduva e região
- Executiva do Goldman Sachs denuncia assédio moral após ser mãe. Saiba como denunciar ao Sindicato!