20/08/2021
Balanço da Caixa: o que é fato?
Não é de hoje que a gestão Pedro Guimarães apresenta uma visão muito particular da realidade da Caixa. Desde 2016 o banco vem perdendo mercado, um movimento que é evidente ao observar-se os números das demonstrações financeiras do banco.
O movimento sindical tem, à cada divulgação do balanço, mostrado essa tendência, que a direção da Caixa sempre ignora nas apresentações de seus números.
> Venda de ações impulsionam lucro da Caixa
Desta vez, a Caixa divulgou na quinta-feira (19) os números do segundo trimestre de 2021 destacando o lucro líquido de R$10,8 bilhões. O que ele não destaca é que o resultado operacional da empresa caiu 0,5% em comparação com o mesmo período de 2020, quando os efeitos da pandemia na economia do país eram mais severos, e não havia sequer cobrança de metas para os empregados. O resultado comemorado por Pedro Guimarães foi obtido com os chamados eventos não recorrentes (venda de ativos, que contribuíram, em valores brutos, com R$ 6,7 bi).
"Enquanto banco público, a Caixa deveria ampliar a sua oferta de crédito, manter-se competitiva e sustentável. Porém, o que vemos é o movimento contrário. Os números apresentados pelo banco nos últimos tempos e as medidas da atual gestão confirmam que a estratégia do governo é enfraquecer a Caixa e fazâ-la perder mercado em benefício do sistema privado. E nós, como entidade representativa, temos o importante papel de orientar os trabalhadores a resistir e não permitir o seu desmonte, que é prejudicial não só aos empregados, mas a todos os brasileiros", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
A Apcef/SP divulgará uma série de cards, intitulada “Balanço da Caixa: o que é de fato?”, para desmistificar os números apresentados. O material, que será compartilhado também pelo Sindicato, destacará outros números do balanço que são incongruentes com o discurso adotado pela gestão Pedro Guimarães.
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