19/08/2021
Caixa é autorizada a contratar novos empregados
Uma portaria do Ministério da Economia, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (19), autoriza a Caixa Econômica Federal a aumentar seu quadro de pessoal até o limite de 87.544 empregados. Com isso, a Caixa poderá contratar cerca de 3.300 novos empregados.
“É uma importante conquista que vínhamos reivindicando nas negociações com o banco e nas audiências públicas que realizamos”, afirmou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Mas, não resolve o problema dos empregados, que estão sobrecarregados e adoecendo por causa do excesso de trabalho. Tampouco é suficiente para garantir o atendimento digno que a população merece”, completou.
Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, em cinco anos (de 2015 a 2020), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa.
"A preocupação com o déficit funcional da Caixa não é de hoje. A contratação de mais empregados sempre foi uma reivindicação do Sindicato. Além das condições precárias de trabalho, as metas desumanas vêm esgotando e adoecendo os bancários e bancárias. Apesar do esforço dos trabalhadores para fazer o seu melhor, às péssimas condições também sabotam o atendimento aos usuários do banco público. O redução do quadro de empregados só diminuiu ao longo dos anos, enquanto o número de clientes aumentou. É uma conta que não fecha e seu resultado é o desrespeito com a população e com quem tanto contribui para os resultados positivos da Caixa", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Na avaliação do diretor, a medida é bem vinda, mas também está longe de ser o ideal."Para nós sempre é positivo a contratação de novos empregados. Mas precisamos muito mais. A Caixa perdeu 20 mil trabalhadores e não houve reposição. É preciso que haja um número maior de contratações", afirmou.
Luta dos concursados
A dirigente da Contraf-CUT também observou que a portaria não define que as novas contratações sejam de empregados concursados. “O artigo segundo da portaria diz que, dentro do limite estipulado, também podem ser incluídos pessoas contratadas em cargos comissionados e em caráter temporário. E, além disso, o artigo terceiro, diz que compete à empresa gerenciar o seu quadro de pessoal, incluindo contratações e desligamentos. Isso deixa aberta a possibilidade de contratações que não levem em conta a contratação de funcionários concursados em caráter efetivo. Isso desvirtua completamente nossa reivindicação. Por isso, vamos lutar para que sejam contratados os concursados que estão esperando na fila de contratações”, ressaltou Fabiana.
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