07/10/2020
Encontro internacional nesta quarta (07) debate importância dos serviços públicos

Para valorizar o que é público e organizar ações sindicais contra as privatizações, trabalhadores de empresas e serviços públicos do Brasil e de diversos países da América Latina se juntam a sindicatos e outras entidades representativas em um encontro virtual inédito e histórico, que acontece nesta quarta-feira (7), com foco na temática “O público em mãos públicas”. O evento, organizado pelo Fórum Sindical das Américas, integra as celebrações do Dia Internacional do Trabalho Decente e do Dia Continental para a Democracia e contra o Neoliberalismo.
América Latina afora, diversas entidades colaboraram com a organização do encontro internacional em defesa das empresas e serviços públicos, entre as quais a UNI Américas e o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas. Esta última entidade é coordenada por Rita Serrano, para quem “garantir bens, serviços e empresas públicas é garantir o desenvolvimento do Brasil e de toda a região latino-americana”. Rita Serrano é a representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal e membro do Conselho Fiscal da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), sendo autora do livro “Caixa, banco dos brasileiros” e coautora de “Se é público é para todos”.
No evento, o representante da UNI Américas é o bancário brasileiro Márcio Monzane, secretário regional da entidade. Segundo ele, “o bem público é parte do processo para a promoção da igualdade”. A UNI Américas é a representação regional da UNI Global Union, sindicato que se organiza em quatro regiões continentais: América, Europa, Ásia Pacífico e África, e reúne entidades de diversas categorias profissionais de 150 países. A UNI-Sindicato Global representa perto de 30 milhões de trabalhadores do setor de serviços em todo o mundo e constitui a entidade à qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) está filiada.
Representando os bancários de Catanduva e Região, participará o diretor do Sindicato e empregado da Caixa Econômica Federal, Antônio Júlio Gonçalves Neto, o Tony.
O diretor destaca a necessidade de ampliar a comunicação sobre o tema e dar destaque aos debates com toda a sociedade sobre a importância de defender as empresas públicas e fortalecer a luta contra os projetos de privatização do governo.
"As estatais são responsáveis pelo desenvolvimento de setores econômicos que não interessam ao mercado privado, por isso defendê-las é fundamental. Assim como as demais empresas públicas, os bancos públicos, como Caixa e BB, desempenham uma função social que não interessa ao mercado competir porque não oferece um retorno financeiro satisfatório. Sem essas empresas, a vida dos brasileiros seria muito mais difícil e cara. Essas instituições estão sob forte ataque da sanha privatista de Bolsonaro e sua equipe econômica. É muito importante, frente a isso, ampliarmos nossa organização e mobilização através do diálogo com toda a população para mostrar os prejuízos do desmonte dessas empresas para os trabalhadores e sua enorme contribuição no desenvolvimento da sociedade brasileira, bem como elaborar de maneira conjunta estratégias de reação e resistência em defesa do patrimônios do povo brasileiro", ressalta Tony.
“É fundamental garantir a cidadania à população, em especial neste momento de pandemia do novo coronavírus, quando se torna ainda mais imprescindível a ação dos sindicatos e das entidades representativas na busca por melhores condições de vida e de trabalho”, avalia Rita Serrano.
Será, aliás, o primeiro encontro em que o conjunto do movimento sindical da América Latina faz um chamado para a importância da defesa do que é de todos. A ideia é deflagrar, a partir do evento, todo um processo de conscientização e trabalho com agenda comum em todos os países latino-americanos. Um dos intuitos é denunciar globalmente os prejuízos causados pelas privatizações, que resultam em demissões, serviços de pior qualidade e preços mais altos para a população.
Em comunicado de convocação do encontro internacional, a UNI Américas esclarece que as empresas e os serviços públicos são essenciais porque formam Estados mais democráticos, com acesso igualitário a todos os seus cidadãos. A entidade informa ainda que o que é privado não prioriza os mais pobres e vulneráveis e lembra a situação de as privatizações terem falhado em muitos países, já ocorrendo muitos casos de reestatizações.
Na pauta do evento estão temas como a elaboração de um novo contrato social com trabalho decente e acesso universal a bens e serviços públicos e a luta por um Estado democrático com orçamento público a serviço da sociedade e para a justiça fiscal. Outros debates previstos são a mobilização de resistência contra a privatização estatal e a captação corporativa de empresas públicas.
A programação está dividida em dois blocos, com a participação de representantes de sindicatos e outras entidades. Entre os participantes estão confirmadas as presenças de Rita Serrano (Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas), Rafael Freire (secretário-geral da Central Sindical das Américas, representando o Conselho Global da União das Américas), Daniel Chávez (TNI), Susana Ruiz Rodríguez (Oxfam) e Edwin Palma (USO-Colômbia). Estão previstas ainda as participações de Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, e Ernesto Murro, ex-ministro do Trabalho e Seguridade Social do Uruguai.
Haverá, pela internet, transmissão cruzada para várias entidades da região, entre elas o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (Brasil). O início do evento está programado para as 11h (horário brasileiro).
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