30/07/2019
Banco do Brasil vai sofrer uma nova reestruturação

(Arte: Thiago Akioka)
O Banco do Brasil anunciou mais um plano de reorganização que afetará funções, agências e departamentos. A instituição afirma que o programa será implantado neste segundo semestre. Também está sendo preparado um novo plano de desligamento incentivado.
“A direção do BB prepara mais um plano de demissão à revelia do movimento sindical, o que invariavelmente irá resultar em aumento da sobrecarga de trabalho nos funcionários remanescentes”, critica João Fukunaga, membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “Cobramos ainda a abertura de novos concursos a fim de reparar a redução das vagas causada por mais essa reestruturação”, acrescenta.
Na reestruturação, o banco informou que será criada a Unidade Inteligência Analítica, “que acompanhará o desenvolvimento de técnicas, ferramentas e inovações que utilizam soluções com Inteligência Analítica e Inteligência Artificial”.
Serão criadas 42 novas Agências Empresas, até outubro, transformadas 333 agências em Postos de Atendimento Avançado (PAA) e outros 49 PAAs em agências.
“O Banco do Brasil vem priorizando a proliferação de agências digitais, o que irá afetar sua função pública e social. A política de Estado para os bancos públicos deve priorizar a bancarização da população, principalmente a de mais baixa renda, ao invés de copiar o modelo adotado pelos bancos privados. Isso não quer dizer que o BB não possa ter agências digitais, mas o banco não pode abrir mão de agências físicas”, afirma João Fukunaga.
Plano de demissão
Além das movimentações, o banco prepara um novo plano de desligamento voluntário. A adesão será voluntária, e de caráter pessoal. Segundo apuração do Sindicato, o PDV só será validado nas agências que tiverem quadro em excesso.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, critica a forma como os trabalhadores foram informados sobre a reestruturação e ressalta que a decisão de aderir ao plano de desligamento deve ser voluntária. "Um processo como esse, que pode trazer sérios impactos para a vida dos funcionários, deveria ser previamente discutido com as entidades representativas e não informado por meio de notícias veiculadas pela imprensa. Iremos acompanhar atentamentamente todo processo de reestruturação para garantir que os trabalhadores não tenham prejuízos e evitar que sofram qualquer tipo de pressão para aderir ao PDV", ressalta Vicentim.
No mapa de vagas haverá uma sinalização dos prefixos e funções onde há manifestação de interesse de funcionários no desligamento pelo PAQ.
Os bancários que aderirem terão aquilo que o banco chama de “incentivos”:
– Indenização financeira, calculada com base no salário, com valores de piso e teto estabelecidos conforme a seguir:
– Sete salários para quem trabalhou até 20 anos, com um piso de R$ 20 mil e teto de R$ 200 mil.
– Para quem trabalha há mais de 20 anos, nove salários, também com piso de R$ 20 mil e teto de R$ 200 mil.
– O BB ressarcirá por até um ano as mensalidade do Plano Cassi Família ou plano de saúde ofertado pelas Patrocinadoras de bancos incorporados para os funcionários em que o desligamento pelo PAQ cesse o direito de permanência no plano de associados da Cassi ou do respectivo plano oriundo de banco incorporado. O benefício será estendido aos dependentes econômicos, inscritos até a data do desligamento, mediante apresentação de proposta de adesão.
“Reivindicamos do BB mais informações sobre a reestruturação anunciada para que os trabalhadores possam avaliar se serão afetados e quais os impactos trazidos pelo processo. Os funcionários merecem mais transparência e rapidez na comunicação", defende o presidente do Sindicato.
“A direção do BB prepara mais um plano de demissão à revelia do movimento sindical, o que invariavelmente irá resultar em aumento da sobrecarga de trabalho nos funcionários remanescentes”, critica João Fukunaga, membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “Cobramos ainda a abertura de novos concursos a fim de reparar a redução das vagas causada por mais essa reestruturação”, acrescenta.
Na reestruturação, o banco informou que será criada a Unidade Inteligência Analítica, “que acompanhará o desenvolvimento de técnicas, ferramentas e inovações que utilizam soluções com Inteligência Analítica e Inteligência Artificial”.
Serão criadas 42 novas Agências Empresas, até outubro, transformadas 333 agências em Postos de Atendimento Avançado (PAA) e outros 49 PAAs em agências.
“O Banco do Brasil vem priorizando a proliferação de agências digitais, o que irá afetar sua função pública e social. A política de Estado para os bancos públicos deve priorizar a bancarização da população, principalmente a de mais baixa renda, ao invés de copiar o modelo adotado pelos bancos privados. Isso não quer dizer que o BB não possa ter agências digitais, mas o banco não pode abrir mão de agências físicas”, afirma João Fukunaga.
Plano de demissão
Além das movimentações, o banco prepara um novo plano de desligamento voluntário. A adesão será voluntária, e de caráter pessoal. Segundo apuração do Sindicato, o PDV só será validado nas agências que tiverem quadro em excesso.
Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, critica a forma como os trabalhadores foram informados sobre a reestruturação e ressalta que a decisão de aderir ao plano de desligamento deve ser voluntária. "Um processo como esse, que pode trazer sérios impactos para a vida dos funcionários, deveria ser previamente discutido com as entidades representativas e não informado por meio de notícias veiculadas pela imprensa. Iremos acompanhar atentamentamente todo processo de reestruturação para garantir que os trabalhadores não tenham prejuízos e evitar que sofram qualquer tipo de pressão para aderir ao PDV", ressalta Vicentim.
No mapa de vagas haverá uma sinalização dos prefixos e funções onde há manifestação de interesse de funcionários no desligamento pelo PAQ.
Os bancários que aderirem terão aquilo que o banco chama de “incentivos”:
– Indenização financeira, calculada com base no salário, com valores de piso e teto estabelecidos conforme a seguir:
– Sete salários para quem trabalhou até 20 anos, com um piso de R$ 20 mil e teto de R$ 200 mil.
– Para quem trabalha há mais de 20 anos, nove salários, também com piso de R$ 20 mil e teto de R$ 200 mil.
– O BB ressarcirá por até um ano as mensalidade do Plano Cassi Família ou plano de saúde ofertado pelas Patrocinadoras de bancos incorporados para os funcionários em que o desligamento pelo PAQ cesse o direito de permanência no plano de associados da Cassi ou do respectivo plano oriundo de banco incorporado. O benefício será estendido aos dependentes econômicos, inscritos até a data do desligamento, mediante apresentação de proposta de adesão.
“Reivindicamos do BB mais informações sobre a reestruturação anunciada para que os trabalhadores possam avaliar se serão afetados e quais os impactos trazidos pelo processo. Os funcionários merecem mais transparência e rapidez na comunicação", defende o presidente do Sindicato.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Aprovada na Câmara, licença-paternidade de 20 dias é conquista histórica dos bancários
- Senado propõe regras para impedir fechamento indiscriminado de agências bancárias
- Lucro do Itaú chega a R$ 34 bilhões enquanto milhares são demitidos
- Banco Central mantém a economia estrangulada com a Selic em 15%
- Abertas as inscrições para as eleições do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
- Tecnologia, trabalho e ação sindical: desafios e caminhos possíveis
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
- Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
- Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
- Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas