10/05/2019
BB lucra R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2019, mas fecha 1.414 postos de trabalho

O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 4,2 bilhões no 1º trimestre de 2019, crescimento de 40,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com o banco, o resultado foi impactado pelo aumento da margem financeira bruta, redução das despesas de provisão de crédito, aumento da receita com tarifas e pelo “controle de custos”.
Mesmo com o ótimo resultado, o banco encerrou 1.414 postos de trabalho em 12 meses, sendo 322 apenas primeiro trimestre desse ano. O número de agências do BB chegou a 4.716 em março de 2019, o que significa redução de 31 unidades em 12 meses.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, a diminuição no número de empregados é injustificável frente à lucratividade obtida pelo banco. "Com a redução de postos de trabalho, os bancários que permanecem nas agências ficam cada vez mais sobrecarregados e o atendimento aos clientes cada vez mais precarizado", alerta Vicentim.
Reivindicamos do BB a valorização e o respeito aos seus funcionários, que se dedicam diariamente para a construção dos bons resultados obtidos pelo banco. Cobramos, ainda, que a instituição pública desempenhe sua importante função social para a população e para o desenvolvimento do país”, acrescenta.
As receitas com tarifas bancárias e prestação de serviços chegaram a R$ 6,8 bilhões, aumento de 4%. Apenas com essa receita, o BB cobre 130% do total de suas despesas de pessoal, incluindo a PLR.
Outros dados
A carteira de crédito ampliada do BB praticamente não se movimentou, apresentando leve alta de 0,8% na comparação com março de 2018. As carteiras pessoa física e agronegócio cresceram 7,8% e 1,5% respectivamente. A carteira de crédito PJ caiu 3,7% em 12 meses, sendo que a principal redução ocorreu no segmento de Grandes Empresas (-13,0%).
O índice de inadimplência ficou em 2,59%, redução de 1,04 ponto percentual em relação ao 1º trimestre de 2018. Com este movimento as despesas com provisão para devedores duvidosos apresentaram queda de 10%, em relação ao mesmo período de 2018.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Fim do “bank” para quem não é banco? BC lança consulta para disciplinar nomes de instituições financeiras
- 13 de maio: racismo não acabou e sociedade necessita de avanços
- Benefícios da Funcef: Como a meta atuarial entra nesse cálculo?
- Em 2025, vai ter Consulta Nacional dos Bancários e Bancárias!
- Bradesco segue demitindo milhares enquanto lucro cresce 39%
- Funcionários exigem segurança em unidades do Mercantil
- Conferência Nacional do Meio Ambiente aprova 100 propostas para enfrentar emergência climática
- Itaú Unibanco lucra R$ 11,1 bilhões no 1º trimestre de 2025 enquanto fecha agências e perde clientes
- Com manutenção do teto, gestão Carlos Vieira prevê aumento médio inicial de 77% na mensalidade do Saúde Caixa dos aposentados
- Conquista: inscrições até 18 de maio para as novas turmas de capacitação de mulheres em TI
- Banco Central eleva Selic para 14,75% e reforça aperto econômico à população
- Prejuízo ao país: Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto na reunião desta quarta-feira (7)
- “Campos Neto na gestão do Nubank é conflito de interesses”, alerta movimento sindical bancário
- 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é aberta em Brasília
- “Banco Central precisa rever regulação se quiser evitar risco para o sistema”, alertam trabalhadores