08/03/2019

Luta por igualdade, Previdência pública, por direitos e democracia para todas as mulheres




 
Comemorado em 8 de março, o Dia da Mulher não é apenas uma data comemorativa. É a oportunidade para a reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, os direitos que ainda não foram conquistados e aqueles que não são preservados.

Desde o século XIX, elas buscam mais respeito, mais dignidade e igualdade de oportunidade. Muitos direitos já foram conquistados, porém, ainda há muitos a serem reivindicados. As mulheres foram às greves contra as longas jornadas, baixos salários, más condições de trabalho e pelo ­ m do trabalho infantil.

No Brasil, essas lutas surgiram no início do século passado. O direito ao voto, só conquistado em 1932, mobilizou a ação feminina nas décadas de 1920 e 30. A partir dos anos 1970 surgiram organizações que passaram a incluir nas discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher.

A luta se fortaleceu e resultou em valiosas conquistas, tais como a ampliação da licença maternidade prorrogada para 180 dias e a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006 com o objetivo de punir com mais rigor os agressores contra a mulher no âmbito doméstico e familiar. Com a aprovação da lei, o feminicídio também passou a constar no Código Penal como crime. A criação da lei foi uma grande vitória, mas ainda é alto o número de feminicídios no Brasil. A Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, registrou nos primeiros 7 meses de 2018 mais de 740 denúncias de feminicídios e tentativas de homicídio contra mulheres e quase 80 mil relatos de violência de gênero.

A batalha pela igualdade de gênero também enfrentou um período longo e gradual, evolutivo. E apesar dos avanços, em 2019 o cenário ainda é alarmante. Não há equiparidade, como mostram dados divulgados pelo IBGE: mesmo trabalhando mais, as funcionárias recebem em média apenas 77% do salário dos homens.

A categoria bancária sempre teve papel importante nesta luta, tanto que foi a primeira a conquistar uma cláusula de igualdade de oportunidades na sua Convenção Coletiva de Trabalho e é citada como exemplo pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por esta conquista.

A desigualdade de oportunidades no ambiente de trabalho prejudica cruelmente as mulheres. Por isso, quanto mais pudermos refletir e falar sobre isso, mais contribuímos para as mudanças. 

O governo Temer, com sua reforma trabalhista que retirou direitos, ampliou ainda mais a desigualdade no mercado de trabalho. Agora o novo governo apresenta uma reforma da Previdência que vai prejudicar todos os trabalhadores, mas que é ainda mais cruel para as mulheres. Após séculos de luta pela afirmação da figura feminina na sociedade, sua ampliação na vida pública e o reconhecimento de sua importância no mundo do trabalho, a mulher continua sendo discriminada. 

Por isso, neste 8 de março, o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região parabeniza todas as mulheres, mas sobretudo, reforça seu compromisso de luta pela defesa dos direitos de ocupar qualquer cargo ou pro­fissão com salários e oportunidades iguais aos dos homens. Também reforça sua luta  em defesa da aposentadoria, contra a exploração sexual, estereótipos e preconceitos ainda incutidos em nossa sociedade e o assédio moral, visando a construção de um país justo e igualitário, com condições decentes de trabalho para todas.

Lutar por seus direitos e conquistas é a melhor forma de homenageá-las!

Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região
Fonte: Seeb Catanduva

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