BB muda regras para descomissionamento de afastados. Movimento sindical questiona

Após passar por uma saia justa no evento Inspira BB quando um bancário contou que perdeu a comissão ao se afastar para tratar um câncer, agora o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, baixou uma norma alegando que a partir de 4 de novembro de 2017 “é facultado ao funcionário que retornar da QS Licença Saúde afastado com diagnóstico de neoplasia maligna ou por doença ocupacional com CAT emitida pelo banco, solicitar análise para concessão do benefício de nomeação na função gratificada ou de confiança que exercia antes do afastamento ou em função equivalente”.
O integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, está questionando esse normativo, pois banco nenhum reconhece e nem emite CAT por doença ocupacional. “Protocolamos um ofício e solicitamos esclarecimentos. Há uma ilegalidade e não podemos permitir retrocessos para os trabalhadores adoecidos”, reforça.
Ainda segundo Fukunaga, além da alteração da instrução do normativo, o presidente do BB mostrou-se incapaz de dialogar com os legítimos representantes dos trabalhadores. Consta na minuta de reivindicação dos bancários, a regularização da licença-saúde para que o funcionário não perca a comissão.
"Não podemos fazer as coisas apenas por egolatria de quem ocupa um espaço de poder em uma instituição tradicional como o BB. Conhecer as reivindicações dos trabalhadores, assim como a situação dos adoecidos, é de suma importância para ocupar tal cargo. Não basta apenas indicação política de um governo golpista, mas para quem diz que fez carreira no banco, conhecer esses por meandros acaba sendo fundamental”, critica Fukunaga.
O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, ressalta que a entidade sempre esteve preocupada e atenta à preservação da saúde dos bancários e, por isso, busca debater ferramentas preventivas às doenças ocupacionais e levá-las à discussão, a exemplo do movimento sindical em mesa de negociação com o banco.
"Não há nenhum banco que realize a emissão de CAT por doença ocupacional. De acordo com a legislação, é necessário que ela seja emitida pelo empregador, e quando recusada pode ser feita pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST) ou pelo Sindicato”, explica Trigo.
MAIS NOTÍCIAS
- NOTA: Em defesa da soberania nacional e contra taxação intervencionista dos EUA
- Sindicato vai às ruas por justiça tributária, fim da escala 6x1 e pela soberania nacional
- COE do Mercantil cobra redução na meta para recebimento da PLR própria
- Conquista dos sindicatos no ACT, Banco do Brasil anuncia ampliação do trabalho remoto
- Coletivo Nacional de Segurança Bancária alinha propostas para negociação com a Fenaban e prepara seminário nacional
- Hoje (10) é dia de ir às ruas exigir a taxação dos super-ricos! Sindicato marca presença em ato em São Paulo
- SuperCaixa: Novo programa da Caixa acirra clima competitivo, desinforma os empregados e ignora riscos à saúde mental
- Contratação de mais um ex-BC pelo Nubank expõe relação de interesse entre agentes reguladores e fintechs
- Dia Nacional de Luta: Sindicato denuncia fechamento de agências, demissões e adoecimento no Itaú
- Luta por trabalho digno e justiça fiscal ganha destaque na fachada do Sindicato
- Negociações sobre ACT do Saúde Caixa começam ainda neste mês
- Últimos dias para bancários e bancárias se inscreverem no 2º Festival de Música Autoral da Contraf-CUT
- SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
- Ataque cibernético sofisticado coloca em xeque a credibilidade do sistema financeiro
- Conferência nacional marca novo momento de escuta e valorização de aposentadas e aposentados do ramo financeiro