16/06/2017

Dia 20 Brasil fará “esquenta” para Greve Geral

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizarão atos em todo o país na próxima terça-feira (20). A intenção do “Dia Nacional de Mobilização” é convocar os trabalhadores para a Greve Geral marcada para o dia 30/6. Centrais sindicais e movimentos sociais estão em luta contra as propostas de reforma trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional, se aprovadas, retirarão direitos dos trabalhadores e, praticamente, extinguirão a possibilidade de aposentaria no Brasil.

“O que eles chamam de reforma, na verdade é o desmonte da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e do sistema de previdência brasileiro. Tentam nos fazer acreditar que estas leis precisam ser modernizadas. A realidade é que, se aprovadas as reformas, haverá um retrocesso de quase um século nas conquistas dos trabalhadores”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Além de mostrar sua posição contrária as reformas, os trabalhadores também querem a deposição do presidente Michel Temer e sua substituição por meio de eleições diretas.

“Esse presidente chegou ao poder por meio de um golpe que destituiu uma presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos. Fazia papel de fantoche justamente porque queria implantar o programa do candidato derrotado. Um programa que previa justamente o corte de investimentos em políticas sociais, a retirada de direitos da classe trabalhadora e, com isso, interromper o processo de transformação da sociedade, que estava reduzindo a desigualdade social em nosso país” explicou von der Osten. “Ele não tem legitimidade para fazer o que está fazendo, ainda mais depois da divulgação de gravações que podem incriminá-lo. Ele precisa ser impedido e substituído por meio de eleições diretas”, completou o presidente da Contraf-CUT.

O dirigente destacou ainda a importância da adesão maciça dos bancários. “O sistema financeiro, que é um dos principais interessados nas reformas que podem causar enormes prejuízos aos trabalhadores, é também uma engrenagem fundamental para o funcionamento da economia. Por isso, a adesão de nossa categoria é fundamental para o sucesso da greve”, disse.

“Nós, bancários, temos de ampliar a pressão sobre senadores para barrar os projetos de retirada de direitos apresentados por Temer, com patrocínio de banqueiros e empresários que estão de olho no aumento dos lucros em troca da precarização dos empregos, também alertou Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região.

Se a classe trabalhadora permitir que um novo governo seja escolhido em eleição indireta pelos atuais deputados e senadores, o país permanecerá no mesmo cenário ou em situação pior. São exatamente esses parlamentares que aprovaram a terceirização ilimitada e apoiam toda a pauta de Temer, que só não passou ainda em decorrência à pressão da sociedade. “Se permitirmos eleição indireta, eles passarão um trator e enterrarão nossos direitos rapidamente”, conclui Vicentim.

Em reunião realizada no dia 14, em Brasília, o Comando Nacional dos Bancários, decidiu aderir à Greve Geral e ressaltou a importância da categoria fazer fortes movimentos juntamente com suas bases no “esquenta”  frente à gravidade do momento. “É preciso que todos estejam cientes que só a luta nos garante”, concluiu von der Osten.

As atividades acontecerão em todo o país. Mais informações no site da CUT.
 

Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS