Gestores do BB usam compensação de horas como instrumento de retaliação contra os funcionários
Funcionários do Banco do Brasil (BB) na região de Catanduva estão sendo vítimas de uma forma velada de perseguição. Durante a greve deste ano, considerada a maior e mais vitoriosa das últimas décadas, os bancários da instituição federal aderiram maciçamente à paralisação, com inúmeras agências fechando as portas nas diversas cidades que integram a base do Sindicato.
Agora, depois de assinado o acordo coletivo, vários gestores do BB resolveram colocar as garras de fora e passaram a perseguir os trabalhadores. Os “terroristas de plantão” têm usado como arma uma interpretação equivocada das regras de compensação de horas estabelecidas nos acordos firmados entre o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban e o próprio banco.
Os acordos estabelecem que os bancos não deverão descontar os dias parados dos grevistas. Além disso, os bancários PODERÃO (ou seja, não serão obrigados a) compensar o período em que permaneceram paralisados em, no máximo, até duas horas por dia.
O Sindicato tem recebido denúncias de que alguns gestores do BB resolveram interpretar a regra ao seu bel prazer. Pelo raciocínio torpe dos “terroristas”, a expressão “PODERÃO” quer dizer que os funcionário estão obrigados a compensar horas.
Sabe-se lá onde essas pessoas aprenderam a ler...
O fato é que os trabalhadores estão sendo punidos pelo simples fato de haverem lutado por seus direitos. O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região repudia essa prática dos gestores do BB. Para a entidade, essa atitude configura assédio moral, passível de ser denunciada ao Ministério Público do Trabalho, bem como à Justiça do Trabalho.
Se o acordo prevê a possibilidade de compensação das horas não trabalhadas, é verdade também que essa compensação só deve ocorrer quando necessário. Na prática, o que se vê são trabalhadores sendo forçados a trabalhar além de sua carga horária, mesmo quando a demanda por serviço é inexistente.
A atitude dos gestores do BB em relação aos bancários lembra o tratamento que os professores tiranos de antigamente costumavam dispensar aos alunos que não se enquadravam às regras das escolas autoritárias - permanecer trancados na classe durante o recreio ou após a aula.
A diferença é que, muitas vezes, os alunos alvos de tais penalidades de fato haviam feito algum tipo de arruaça. Já os bancários do BB sofrem, em pleno século XXI, um “castigo” para lá de retrógrado pelo simples fato de haverem lutado por salários mais dignos e melhores condições de trabalho.
O mais irônico nessa história é que os gestores que hoje perseguem os trabalhadores também foram beneficiados pelas conquistas da greve! Imaginem se não tivessem sido...
Fonte: Redação
MAIS NOTÍCIAS
- Com início do recesso no Congresso, movimento sindical bancário projeta para 2026 atuação nas pautas de interesse dos trabalhadores
- Super Caixa: Ainda dá tempo de assinar o abaixo-assinado da campanha Vendeu/Recebeu
- Justiça indefere pedido do Santander contra decisão da Previc sobre retirada de patrocínio
- Sindicato realiza entrega de doações arrecadadas para a Campanha Natal Solidário, em parceria com o projeto Semear
- CEE cobra mudanças no Super Caixa
- Saiba como será o expediente dos bancos no Natal e no Ano Novo
- O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa
- Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília
- Saiba o que é preciso para a redução de jornada sem redução salarial passar a valer
- COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Caixa: Empregados apresentam reivindicações para Fabi Uehara
- Coletivo Nacional de Formação faz balanço do ano e propõe agenda para 2026
- Sindicato apoia a Chapa 2 – Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Tentativa de silenciamento ao padre Júlio Lancelotti gera indignação e solidariedade