13/09/2010

Caixa se recusa a debater isonomia e Comando Nacional reforça reivindicação

A exemplo do ocorre nas negociações entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comando Nacional dos Bancários, a Caixa Econômica Federal se também vem se negando, sistematicamente, a dialogar com os representantes dos trabalhadores. Para a maioria das propostas apresentadas pelo movimento sindical nas negociações específicas, a resposta tem sido a mesma: não.

 

Na última sexta-feira (dia 10), o banco se recusou mais uma vez a atender as reivindicações sobre isonomia, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários. A reunião também abordou temas como carreira, jornada de trabalho, segurança bancária e reivindicações relativas aos aposentados.

 

"Embora haja pequenas sinalizações em alguns pontos, o resultado da negociação foi muito insatisfatório. O que a Caixa apresentou foi muito pouco, especialmente na questão da isonomia, tema em que a Caixa trouxe propostas ruins tanto para os novos empregados quanto para os aposentados", avalia Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco. Segundo ele, “é importante que os empregados da Caixa estejam prontos para lutar por novas conquistas”.

 

Para que seja estabelecida a igualdade plena entre os trabalhadores bastaria que a Caixa acatasse dois itens apresentados pelo movimento sindical: o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e a licença-prêmio. Contudo, o banco tenta se eximir dessas responsabilidades.

 

Atualmente, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que visa garantir isonomia de direitos a todos os empregados de bancos públicos. Os dirigentes sindicais decidiram orientar os bancários para que enviem e-mails e correspondências para os deputados da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, onde o projeto está sendo avaliado. A Contraf-CUT irá divulgar um modelo de carta para auxiliar os bancários.

 

Durante a reunião, os dirigentes sindicais reivindicaram que seja estabelecida no PFG a progressão horizontal, o respeito ao Processo de Seleção Interna (PSI) e o fim da subjetividade para a destituição de cargos. A Caixa respondeu que não abre mão da destituição do cargo enquanto instrumento de gestão, mas se comprometeu a aprofundar a discussão após o encerramento da Campanha Nacional.

 

Os representantes dos bancários também exigiram respeito à jornada de trabalho da categoria. Eles criticaram o banco de horas praticado pela Caixa, que desrespeita o acordo coletivo aditivo. O Comando Nacional reivindicou o registro de ponto para todos os empregados. O banco respondeu que aceita tratar desse assunto só após o término da Campanha Nacional.

 

Avanços

 

Houve avanços nos debates sobre segurança bancária. A direção do banco afirma estar com projeto piloto, que vem sendo testado em Minas Gerais, para melhorar o problema dos trabalhadores nos guichês de avaliação de penhor. A empresa afirmou que, posteriormente, médicos do trabalho e representantes dos empregados analisarão os resultados para que seja feita a mudança de layout em todos os locais.

Na negociação, a Caixa informou ainda que os empregados poderão dividir a forma de utilização dos vales-refeição e alimentação, utilizando os valores que considerem ideais para cada um dos gastos. Atualmente existe apenas a possibilidades de usá-los separadamente ou uni-los em um único vale.

A próxima negociação está agendada para o dia 17 de setembro.

 

Fonte: Redação/Com informações da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de São Paulo


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