Terceira rodada de negociações aborda questões relacionadas a emprego
Começa hoje (dia 8), às 15h, a terceira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada dos Bancários, que tratará da questão de emprego. A categoria reivindica proteção contra demissões imotivadas, mais contratações, melhores condições de trabalho, igualdade na remuneração, reversão das terceirizações e fim dos correspondentes bancários mediante substituição por agências e postos de atendimento.
"Este é o momento de aumentarmos nossa mobilização, chamando todos os bancários para participar das atividades e reivindicar emprego", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
"A questão do emprego é das mais importantes da campanha, pois afeta diretamente outros temas, como saúde e remuneração, além da melhoria do atendimento aos clientes. Precisamos de garantia de emprego e mais bancários para reduzir as filas e melhorar as condições de trabalho", defende.
O clamor dos bancários em torno da questão do emprego vem crescendo, justo numa época em que as instituições financeiras têm alcançado lucros recordes no país. Só no primeiro semestre deste ano, foram R$ 24,7 bilhões.
Em contrapartida, as vagas de trabalho crescem em ritmo quase vegetativo. A Pesquisa do Emprego Bancário, da Contraf-CUT e do Dieese, aponta que, nos seis primeiros meses deste ano, foram criados apenas 9.048 novos postos de trabalho pelos bancos brasileiros.
A geração de empregos vem sendo travada pela rotatividade que os bancos praticam para reduzir os custos e turbinar os lucros. Em um ano e meio (janeiro de 2009 a junho de 2010), a pesquisa mostra que os bancos desligaram 48.295 empregados, o que representa mais de 10% da categoria.
O aumento da rotatividade reduziu a massa salarial da categoria, aumentando ainda mais os lucros dos bancos. A remuneração média dos admitidos nos primeiros seis meses de 2010 foi 38,04% inferior à dos desligados. E as mulheres continuam recebendo salários inferiores aos dos homens nos bancos.
"Esse descaso com o emprego é um desrespeito com os trabalhadores e suas famílias e revela falta de contrapartida social dos bancos no momento em que a economia brasileira está crescendo e o PIB do primeiro semestre bateu recorde de 8,9% segundo o IBGE. Em outros países, bancos que aqui desempregam agem de forma diferente, valorizando o emprego", destaca Carlos Cordeiro.
Para o presidente da contraf-CUT, "a melhoria do emprego precisa ser assumida pelos bancos como fator de responsabilidade social. Outro banco é preciso, com as pessoas em primeiro lugar". A rodada de negociação continua amanhã à tarde, também em São Paulo.
Fonte: Redação/Com informações da Contraf-CUT
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