Movimento sindical discute problemas do Call Center
O Call Center foi o assunto central da negociação entre os representantes dos trabalhadores e a direção do Santander nesta sexta 20.
Na negociação, representantes da Contraf-CUT, do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo fizeram diversas propostas para melhorar as condições de trabalho dos funcionários do setor. Reivindicações que a direção do banco se comprometeu a se posicionar em uma nova reunião, agendada para o dia 13 de setembro.
Entre as propostas dos trabalhadores está o direito de o funcionário folgar por todo o final de semana (sábado e domingo), duas vezes por mês, que haja a divulgação da escala de trabalho com trinta dias de antecedência e a remuneração das horas extras em 100% também aos sábados.
No caso do trabalho em feriado, a Folga Referente deve ser gozada em até 60 dias. Nessa situação, o funcionário deve solicitar o descanso com antecedência mínima de sete dias e o retorno deve ser dado em até 72h da folga. O gestor só poderá negar o pedido caso as solicitações correspondam a mais de 30% do quadro. Situação em que terá direito à folga aqueles que tiverem mais próximos de chegar aos 60 dias.
“Essas propostas, caso sejam implantadas pelo Santander, passariam a regrar o trabalho no Call Center. Serviria para humanizar o setor e possibilitar ao trabalhador passar um tempo maior com seus familiares”, afirma a diretora do Sindicato Karina Prenholato, acrescentando ainda que para cada Folga Referente pendente, foi reivindicado o pagamento de 2,5 dias acrescidos dos encargos.
Os dirigentes sindicais também deixaram claro que são contrários a que os trabalhadores do setor da área receptiva tenham de cumprir metas. No entanto, reivindicaram que o funcionário que vender algum produto tem de receber, a título de remuneração variável, o mesmo valor pago na rede.
Sistema de controle - Outra reivindicação apresentada pelo Sindicato foi em relação à aderência, não podendo ser contabilizadas pausas como ambulatório, treinamento e reuniões com gestores ou para ir ao banheiro. “Não aceitamos um controle para o uso do toilete. As pessoas não podem ser controladas, pois essa situação pode até comprometer sua saúde”, acrescenta Karina.
Também foi proposto que houvesse pausas para descanso de dez minutos na primeira hora e outros dez minutos antes da última hora como está previsto em norma regulamentadora (NR-17) e vinte minutos para alimentação dentro da jornada. Além disso, a instalação de uma sala de descompressão no SP 2.
Recrutamento interno - O Sindicato dos Bancários de São Paulo reforçou que os funcionários do Call Center têm de participar do recrutamento interno para a rede e, quando aprovados, não podem ser impedidos pelo gestor de assumir a vaga. Nesse caso, o Santanter afirmou que não pode haver qualquer impedimento para que o funcionário seja transferido para a rede.
“Reivindicamos que todos os funcionários do Call Center sejam contratados pelo Santander, colocando um ponto final à terceirização do setor”, afirma a diretora do Sindicato Maria Rosani.
Na reunião o Sindicato de São Paulo também cobrou solução para o SAC da Rua Bráulio Gomes, setor de empréstimos, onde os trabalhadores estão sobrecarregados. Os dirigentes sindicais também denunciaram que alguns gestores do Call Center e prefeitos dos Casas estão impedindo a colocação dos comunicados do Sindicato no quadro de avisos, o que é um desrespeito ao acordo coletivo dos trabalhadores. O Santander afirmou que entrará em contato com os gestores e prefeitos para que a prática não ocorra mais.
Outro tema discutido foi a compensação de horas nas agências que vem ocorrendo de acordo com a determinação do gestor. “Essa compensação tem de ser planejada com o trabalhador. E o banco se comprometeu a contatar as agências para que o caso seja resolvido”, afirma Maria Rosani, orientando os funcionários a entrarem em contato com o Sindicato caso o problema não seja resolvido.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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