17/05/2010

Menos metas, mais saúde – Sindicato de Catanduva lança campanha

Bancários reivindicam a promoção de um ambiente de trabalho mais saudável.

Especialistas e a Organização Mundial de Saúde (OMS) definem saúde como estar bem do ponto de vista físico, mental e social. Numa sociedade em que o trabalho é direito e dever, é bem fundamental, e em que o trabalhador despende grande parte de seu tempo na empresa, esse ambiente deve estar voltado a lhe proporcionar saúde. Não vem sendo esta a atitude dos bancos.

Dentre as empresas mais lucrativas, no país e no mundo, os bancos não investem na saúde de seus funcionários. Os mais de 450 mil empregados nas cerca de 19 mil agências bancárias no país sofrem com a pressão pelo cumprimento de metas individuais, muitas vezes cumpridas pela força do medo, sob pena de perder o emprego, num ambiente sem prevenção às doenças ocupacionais.

Se a saúde do trabalhador não é considerada um investimento, já o resultado da venda de produtos converte-se em bônus milionários aos executivos — entre janeiro e setembro de 2009, o Itaú Unibanco pagou R$ 503,6 milhões de remuneração aos diretores, só para se ter um exemplo.

Proposta

Para reverter essa situação, o sindicato procura a negociação com as instituições financeiras, visando a garantir a participação dos trabalhadores na estipulação de metas e que estas sejam de caráter coletivo, definidas por departamentos ou agências. E, ainda, que elas sejam adequadas e reduzidas proporcionalmente nas hipóteses de afastamentos ou ausências e que os bancários que exerçam função de caixa não sejam submetidos ao seu cumprimento.

Ação

Muitas são as denúncias recebidas por assédio moral decorrente da pressão pelo cumprimento de metas. Negociações, protestos, paralisações podem ser ações encetadas pelo sindicato, ultimando-se, em caso de não se resolver, com o recurso à Justiça. Denuncie!


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