BB tenta justificar atraso, mas não define data para implantar Plano Odontológico
Com a venda da Brasilsaúde, banco deve buscar parcerias para estruturar a assistência odontológica, reivindicada pelos bancários há mais de 10 anos.
Diante das cobranças da Contraf-CUT e dos sindicatos, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, divulgou comunicado interno dirigido ao funcionalismo na quinta-feira 20, no qual admite o atraso da empresa na implementação do Plano Odontológico, informa que o assunto "permanece com alta prioridade na agenda do Conselho Diretor" e reassume o compromisso de "acelerar o processo" para que o programa possa ser anunciado "em breve", mas não fixa data para o lançamento do plano.
Histórica reivindicação do funcionalismo, o Plano Odontológico foi uma conquista da Campanha Nacional de 2008. A sua implementação, no entanto, vem sendo sucessivamente protelada pelo BB, causando indignação entre os trabalhadores e suas entidades. O último compromisso não cumprido pelo banco foi assumido em março último, quando o presidente do BB disse que o programa seria anunciado em 60 dias.
Na nota oficial, Bendine apresenta vários argumentos para justificar o atraso. Entre eles, cita que "nossa maior dificuldade é a complexidade da operação" em montar um plano para atender 900 mil associados. Também diz que "a nossa área de seguridade (...) vinha passando por uma reestruturação", cujas negociações não podiam ser reveladas porque as empresas envolvidas têm ações em bolsa e eram obrigadas a cumprir as exigências de sigilo impostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
BB precisa agilizar processo
O presidente do banco afirma ainda que, com a "reorganização societária da Brasil Saúde" anunciada em Fato Relevante, foi dado "um grande passo para viabilizar a criação do nosso Plano Odontológico". Mas ressalva que "há ainda uma série de providências adicionais a serem adotadas", que também correm sob sigilo, e que "dependemos de uma série de outros fatores, sobre os quais não temos controle" - variáveis que "dificultam o estabelecimento de uma data exata para se concluir a operação".
Por mais que possa compreender a complexidade dessas negociações e da montagem de um Plano Odontológico de tamanha envergadura, a Contraf-CUT reivindica do Banco do Brasil prioridade máxima e mais agilidade em seus processos de decisão sobre o tema. Lamentável, ainda, a total omissão da CASSI sobre o tema, deixando de atender seus associados no que se refere à saúde bucal. "Estamos acompanhando de perto e faremos pressão sem tréguas para que o BB acelere o projeto e os funcionários possam assim ter o seu Plano Odontológico o mais breve possível", avisa Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB.
Fonte: Contraf-CUT
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