Selic aumenta e CUT diz que BC faz política assistencialista para banqueiros
A CUT reagiu com fortes críticas na quarta-feira, dia 9, ao aumento da taxa básica de juros (a Selic) em 0,75 ponto percentual, indo de 9,5% para 10,25% ao ano. "Trata-se claramente de uma política assistencialista para banqueiros", criticou a nota da entidade, assinada pelo presidente Artur Henrique.
O novo aumento foi definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Com isso, o Brasil continua com os maiores juros reais do mundo, entre os países com economia de peso. Os juros reais descontam a inflação. Fazendo essa conta, os juros no Brasil ficam em 5,2% ao ano. Em segundo, vem a China, com taxa real de 2,4%. Em terceiro, está a Indonésia, com 2,2%.
Esta foi a segunda elevação seguida na taxa de juros, que havia ficado, até a reunião anterior do Copom, em abril, 19 meses sem subir.
Agora, a taxa volta a ficar em dois dígitos depois de um ano. Em abril de 2009, a Selic era de 10,25% e caiu para 9,25% em junho do ano passado.
Veja a íntegra da nota da CUT:
Desestimular os investimentos produtivos e prejudicar fortemente as contas públicas. Foi isso que o Conselho de Política Monetária fez nesta quarta-feira, dia 9. Mereceriam elogios por causa disso? De nossa parte, certamente não.
Trata-se claramente de uma política assistencialista para banqueiros.
E ainda existe uma forte pressão por parte do setor financeiro e seus representantes para que esse ciclo de aumento da taxa básica de juros permaneça. Pelos cálculos do economista Amir Khair, se a taxa chegar a 11,75% até o final deste ano, o Brasil gastará a mais com a rolagem da dívida o equivalente a R$ 13 bilhões.
Contra a decisão do Banco Central e seu Copom há ainda outro fato: IPCA de maio em queda, o que indica inflação domesticada. Quanto ao bem-vindo PIB do primeiro trimestre deste ano, antes que seja usado como argumento a favor da decisão de hoje (9), devemos lembrar que no ano passado, base de comparação, houve recuo no crescimento. Por causa, inclusive, dessa política assistencialista para banqueiros.
Artur Henrique, presidente nacional da CUT
Fonte: Contraf-CUT com CUT e Folha Online
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