18/06/2010

Bagunça na transferência da Nossa Caixa para o BB

Direção do banco federal está conduzindo mal o processo de transição, prejudicando bancários e clientes da instituição.Desde maio está ocorrendo o processo de transferência de sistema da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. Situação que está enlouquecendo clientes e bancários.

“Na verdade todas as agências do BB estão sofrendo com essa incorporação”, disse Paulo Rangel, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo que realizou um protesto na manhã de quarta-feira 16 em frente ao posto bancário da antiga Nossa Caixa da USP, na zona oeste da capital como forma de mostrarmos indignação por esse processo.

Ele diz que o Sindicato vinha alertando o banco há meses sobre os perigos de uma transição mal feita, o que de nada adiantou. “Eles não fizeram uma campanha de esclarecimento para os clientes, não se preocuparam com a forma como isso acontece na prática. Hoje, a situação dos bancários da antiga Nossa Caixa, que já era caótica pela falta de funcionários, está pior. É cada vez mais comum a gente presenciar conflitos e discussões entre clientes e bancários, que não podem ser responsabilizados pela incompetência de quem dirige o banco”.

Desde o início de junho, o cliente da extinta Nossa Caixa que tenta acessar sua conta é informado pelo sistema de que precisa ir até a agência para abrir uma nova conta do BB. Quando chega à agência, porém, o processo está muito lento, pois apenas os gerentes podem autorizar os procedimentos de abertura das contas que estão mal organizados. “O funcionário precisa ter quatro telas abertas para fazer a migração do cliente, duas com o sistema do BB e duas com o sistema da Nossa Caixa. Além disso, o movimento cresceu e a situação da falta de funcionários, um problema antigo, está ainda mais grave, principalmente nos PABs, onde transferidos para agências não foram repostos”, diz, acrescentando que muitos bancários estão trabalhando 12 horas por dia e nos finais de semana para dar conta da demanda. Há denúncias de aumento no assédio moral, pois as cobranças pelas metas continuam.


Fonte: SEEB S Paulo - Danilo Pretti Di Giorgi


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