18/08/2025

Delegados aprovam Plano de Lutas na 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP

O Plano de Lutas apresentado na 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP foi aprovado por unanimidade pelos delegados e delegadas que representam os 14 sindicatos da base da federação.

Na ocasião, a secretária-geral, Ana Lúcia Ramos Pinto, também apresentou os delegados eleitos para a 27ª Conferência Nacional, que acontece nos dias 22, 23 e 24 de agosto. 

A presidenta da Federação, Aline Molina, colocou em votação resoluções, que também foram aprovadas por unanimidade. 


Confira o Plano de Lutas na íntegra

EIXO 1 – Em defesa da democracia e contra o fascismo
 
  • Fortalecer o papel dos bancos públicos.
  • Ampliar as lutas internacionais junto ao movimento sindical mundial.
  • Fortalecer os comitês de luta.
  • Debater a importância de eleger candidatos, em todas as esferas (municipais, estaduais e federais), que defendam as pautas dos trabalhadores.
  • Reforçar a parceria com o DIAP.
  • Manter a defesa intransigente da CCT.
  • Denunciar o modelo de gestão dos bancos.
  • Resgatar o papel central do Estado no desenvolvimento, conscientizando sobre a importância do que é público.
 
EIXO 2 – Avanços tecnológicos, inteligência artificial e impacto no trabalho bancário

 
  • Atualizar e analisar as mudanças tecnológicas que envolvem o sistema financeiro.
  • Negociar formação, reciclagem e treinamento em novas ocupações.
  • Defender o emprego bancário, realizando levantamento no CNAE e CBO para que todos os bancários e financiários estejam enquadrados no ramo.
  • Responsabilizar os bancos pelos impactos na sociedade e na categoria.
  • Ampliar a ação sindical nas áreas de TI.
  • Denunciar práticas abusivas de vigilância e metas inalcançáveis.
  • Defender que a implantação de novos processos que envolvem IA seja realizada por bancários.
  • Dialogar com a sociedade sobre as mudanças tecnológicas nos bancos e defender a socialização dos ganhos tecnológicos.
  • Lutar pela preservação de empregos com direitos no setor digital.
  • Defender a manutenção das agências físicas, com abaixo-assinados, projetos de lei e campanhas de conscientização.
 
EIXO 3 – Regulação do Sistema Financeiro Nacional
 
  • Defender a regulamentação do sistema financeiro, definindo o papel e os limites de atuação dos bancos, cooperativas, fintechs, startups etc.
  • Estimular a realização de audiências públicas para aprofundar o debate com especialistas, representantes do setor e sociedade civil.
  • Atuar pela criação de legislação que estabeleça critérios claros para coibir práticas de empresas que mascaram sua atividade econômica visando vantagens tributárias e trabalhistas.
  • Dialogar com Ministério da Fazenda, Ministério do Trabalho, Banco Central, Ministério Público e entidades empresariais.
  • Retomar o debate sobre o papel do Banco Central: autonomia x independência.
  • Defender o combate à especulação financeira e às remessas de lucros ao exterior.
  • Ampliar a negociação coletiva em cooperativas e financeiras.
 
EIXO 4 – Redução da jornada de trabalho sem redução salarial
 
  • Lutar pelo fim da escala 6 X 1 para toda a sociedade fortalecer o plebiscito popular proposto pela CUT 
  • Debater a sobrecarga de trabalho e metas abusivas que levam a extensão de jornada
  • Redução da jornada de trabalho

EIXO 5 – Novas formas de trabalho: terceirização e pejotização no setor bancário
 
  • Mapear novas formas de trabalho.
  • Atualizar o mapeamento do ramo financeiro para ampliar as negociações (cooperativas de crédito, fintechs, financeiras, correspondentes bancários etc.).
  • Retomar o debate sobre contratação diferenciada para determinados grupos, como trabalhadores da área de tecnologia.
  • Agendar audiência pública para debater a regulação e fiscalização das fintechs, garantindo segurança ao consumidor bancário.
  • Articular denúncias sobre impactos do fechamento de agências junto a órgãos de defesa do consumidor (Procon, Idec).
  • Lutar pela extensão dos direitos dos bancários aos trabalhadores terceirizados do sistema financeiro.
 
EIXO 6 – Formação para a classe trabalhadora
 
  • Ampliar a realização de cursos de formação política para militantes e bancários de base.
  • Promover formação continuada para dirigentes sindicais e funcionários.
  • Intensificar a formação de dirigentes nas áreas de diversidade.
  • Fortalecer, ampliar e atualizar a grade de cursos profissionalizantes dos sindicatos conforme novas demandas da categoria.
  • Estudar a viabilidade de ofertar cursos também para terceirizados e familiares do sistema financeiro, ampliando o conceito de “Sindicato Cidadão”.
 
EIXO 7 – Comunicação popular na era das redes sociais
 
  • Utilizar e adequar diferentes linguagens para diferentes contextos — política, social e categoria bancária — com comunicação simples e acessível.
  • Intensificar a interação com a categoria por meio de ações sindicais presenciais e atividades voltadas para trabalhadores em home office (ex.: plenárias virtuais).
  • Realizar campanhas de conscientização sobre o papel do sindicato, defendendo a liberdade sindical e fortalecendo a organização nos locais de trabalho.
  • Campanhas propostas:
  • Campanha nacional de informação e mobilização, incluindo participação na consulta pública do Banco Central sobre o uso da palavra “bank” por instituições não bancárias.
  • Campanha de conscientização para a sociedade e a categoria sobre a redução da jornada de trabalho, destacando as vantagens para saúde e produtividade.
 
Resoluções aprovadas 
 
  • Defesa da Soberania
  • Defesa do PIX
  • Lutar contra as interferências norte-americanas
  • Participação no 7 de setembro em defesa da Soberania e em apoio ao Plebiscito Popular contra a escala 6×1 e pela taxação das grandes fortunas.

Moção encaminhada pelos delegados
 
  • Moção de Repúdio ao Tarifaço de Donald Trump e pela Defesa da Soberania Nacional.

 
Fonte: Fetec-CUT/SP, com edição de Seeb Catanduva

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