04/08/2025

CUT realiza Conferência Livre de Mulheres nesta terça-feira (5) em preparação à etapa nacional

O Coletivo Nacional de Mulheres Trabalhadoras da CUT realiza, nesta terça-feira, dia 5 de agosto, a Conferência Livre nacional com o tema “Sindicalismo Feminista em Defesa da Democracia”. O evento será virtual, com início às 18h pela plataforma Zoom, e reunirá representantes de ramos, estados e entidades filiadas da CUT como parte do processo preparatório para a V Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que ocorre entre 29 de setembro e 1º de outubro de 2025, em Brasília. 

A atividade integra um amplo calendário de conferências livres, uma das formas previstas pelo regulamento da V Conferência Nacional para ampliar a participação da sociedade civil organizada. Realizadas entre 28 de abril e 15 de agosto de 2025, essas conferências podem ser autoconvocadas por entidades e movimentos sociais, e têm o poder de eleger diretamente delegadas para a etapa nacional.

A conferência livre da CUT debaterá “como o feminismo sindicalista e popular pode contribuir com a defesa da democracia e o direito das mulheres”, se referindo às principais demandas das mulheres hoje na sociedade e no mundo do trabalho.

"É a partir da nossa luta por igualdade de oportunidades e salarial, pelo fim da violência e do assédio no mundo do trabalho, pela valorização da política de cuidados, pelos direitos reprodutivos e, em especial, pela redução da jornada sem redução de salários e pela defesa incansável da democracia que vamos, nesta conferência livre, pautar e definir a estratégia de atuação na etapa nacional, para que ela resulte em políticas públicas e legislações que protejam as mulheres", afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Amanda Corcino.

A CUT considera fundamental mobilizar o maior número possível de mulheres trabalhadoras e lideranças femininas para garantir uma representação expressiva na etapa nacional. A entidade lembra que a última conferência nacional foi realizada em 2016, durante o governo Dilma Rousseff, e que sua realização foi barrada nos anos seguintes, durante o que chama de “governo fascista”, como forma de conter avanços em direitos e participação das mulheres.

Papel estratégico das conferências livres

Além de permitirem a eleição direta de delegadas, as conferências livres também servem como espaços de debate e construção coletiva de propostas que serão levadas à etapa nacional. As resoluções aprovadas nesses encontros servirão de subsídio para o relatório final da V Conferência Nacional, contribuindo com a formulação de políticas públicas e articulação junto ao Congresso Nacional e governos locais.

CUTs estaduais, ramos e sindicatos filiados têm promovido dezenas de conferências livres em todo o país, envolvendo diversas categorias profissionais e segmentos sociais. As iniciativas vêm garantindo a participação ativa de mulheres de diferentes realidades, como quilombolas e indígenas, além de reforçar o papel do movimento sindical na articulação política do evento.

“São nesses espaços de escuta e construção coletiva que conseguimos transformar a realidade das mulheres trabalhadoras. Ao debatermos nossos desafios e reivindicações de forma organizada, fortalecemos a atuação sindical e ampliamos nossa voz nos espaços de decisão. Estas conferências são, acima de tudo, a oportunidade de reafirmarmos que lugar de mulher é onde ela quiser — inclusive na formulação de políticas públicas que impactam diretamente nossas vidas”, afirma a diretora do Sindicato dos Bancários e Bancárias de Catanduva e região, Jane Aparecida de Oliveira.

V Conferência Nacional

A V Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres acontecerá entre 29 de setembro e 1º de outubro de 2025, em Brasília, com o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”. Organizada pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Mulheres e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), a conferência reunirá cerca de 3 mil participantes de todo o país.

O objetivo é avaliar planos de políticas públicas, fortalecer os conselhos de direitos, ampliar a presença feminina na política e formular propostas para a igualdade de gênero.

Participam delegadas eleitas nas etapas municipais, estaduais e livres, além de representantes de movimentos sociais, conselhos, gestoras públicas e sindicalistas.

 
Fonte: CUT, com edição de Seeb Catanduva

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