19/05/2025
Audiência Pública discute terceirização fraudulenta no Santander

Foi realizada nesta segunda-feira, 19 de maio, a Audiência Pública “Caso Santander: Terceirização fraudulenta no Brasil”, transmitida ao vivo pela TV Contraf, diretamente do Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Brasília (DF).
A iniciativa é do Deputado Distrital Chico Vigilante (PT-DF), com apoio do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Fetec Centro-Norte, e tem como objetivo denunciar e debater as ações do Santander envolvendo terceirização irregular de atividades bancárias, o fechamento de postos de trabalho e a precarização das relações de trabalho.
A audiência é um momento fundamental para fortalecer a resistência da categoria contra práticas que ameaçam direitos e enfraquecem as condições de trabalho no setor financeiro.
Se você não conseguiu acompanhar ao vivo, confira a íntegra abaixo:
Representando o Comando Nacional dos Bancários na audiência, a presidenta da Fetec-CUT/SP, Aline Molina, iniciou a sua fala criticando o processo de fechamento de agências, que prejudica não só trabalhadores bancários, mas toda a população.
"No Brasil, por um lado, temos pessoas muito ricas, com acesso ao que existe de mais avançado em tecnologia. É para essas pessoas que os bancos estão trabalhando. Por outro lado, temos pessoas que não possuem acesso a uma agência bancária (…) Estamos falando de bancos que querem virar agências de negócios, um shopping, um café, para você ir lá e só fazer negócios, quando estamos falando de uma país no qual pessoas não conseguem sacar o salário mínimo em uma agência", enfatizou Aline.
Terceirização fraudulenta
A dirigente também abordou a redução de postos de trabalho bancários no país, e especificamente no estado de São Paulo, em decorrência da terceirização fraudulenta praticada pelo Santander.
"Entre 2019 e 2024, o Santander encerrou 10% das agências no país. Ao mesmo tempo, ampliou o número de correpondentes bancários em mais de 63%. Hoje, o Santander conta com 3,9 mil pontos de atendimento e impressionantes 41,5 mil correspondentes bancários. São 41,5 mil trabalhadores que estão sem os direitos dos bancários. É nesse sentido que dizemos que essa terceirização é fraudulenta. Eles não estão fazendo outra coisa que não o mesmo trabalho que faziam antes, com menos direitos e menos salários", relatou a presidente da Fetec-CUT/SP.
"No estado de São Paulo, nos últimos cinco anos, o número de trabalhadores bancários foi reduzido em cerca de 50%, o que corresponde a mais de 18 mil postos de trabalho perdidos. ", completou.
Por fim, a diretora do Sindicato alertou para a importância da categoria bancária e da classe trabalhadora como um todo se unir contra este processo de terceirização praticado pelo Santander.
"O que viemos denunciar aqui é essa terceirização fraudulenta, que consiste simplesmente na transferência de trabalhadores da estrutura do banco para empresas coligadas do próprio Santander (…) Precisamos nos organizar e lutar contra isso. Se não, não vai ter fim. Cada vez mais teremos trabalho precarizado. Nosso filhos e netos só terão empregos precarizados. Temos de mostrar para o povo brasileiro a importância do trabalho digno", concluiu Aline Molina.
A iniciativa é do Deputado Distrital Chico Vigilante (PT-DF), com apoio do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Fetec Centro-Norte, e tem como objetivo denunciar e debater as ações do Santander envolvendo terceirização irregular de atividades bancárias, o fechamento de postos de trabalho e a precarização das relações de trabalho.
A audiência é um momento fundamental para fortalecer a resistência da categoria contra práticas que ameaçam direitos e enfraquecem as condições de trabalho no setor financeiro.
Se você não conseguiu acompanhar ao vivo, confira a íntegra abaixo:
Representando o Comando Nacional dos Bancários na audiência, a presidenta da Fetec-CUT/SP, Aline Molina, iniciou a sua fala criticando o processo de fechamento de agências, que prejudica não só trabalhadores bancários, mas toda a população.
"No Brasil, por um lado, temos pessoas muito ricas, com acesso ao que existe de mais avançado em tecnologia. É para essas pessoas que os bancos estão trabalhando. Por outro lado, temos pessoas que não possuem acesso a uma agência bancária (…) Estamos falando de bancos que querem virar agências de negócios, um shopping, um café, para você ir lá e só fazer negócios, quando estamos falando de uma país no qual pessoas não conseguem sacar o salário mínimo em uma agência", enfatizou Aline.
Terceirização fraudulenta
A dirigente também abordou a redução de postos de trabalho bancários no país, e especificamente no estado de São Paulo, em decorrência da terceirização fraudulenta praticada pelo Santander.
"Entre 2019 e 2024, o Santander encerrou 10% das agências no país. Ao mesmo tempo, ampliou o número de correpondentes bancários em mais de 63%. Hoje, o Santander conta com 3,9 mil pontos de atendimento e impressionantes 41,5 mil correspondentes bancários. São 41,5 mil trabalhadores que estão sem os direitos dos bancários. É nesse sentido que dizemos que essa terceirização é fraudulenta. Eles não estão fazendo outra coisa que não o mesmo trabalho que faziam antes, com menos direitos e menos salários", relatou a presidente da Fetec-CUT/SP.
"No estado de São Paulo, nos últimos cinco anos, o número de trabalhadores bancários foi reduzido em cerca de 50%, o que corresponde a mais de 18 mil postos de trabalho perdidos. ", completou.
Por fim, a diretora do Sindicato alertou para a importância da categoria bancária e da classe trabalhadora como um todo se unir contra este processo de terceirização praticado pelo Santander.
"O que viemos denunciar aqui é essa terceirização fraudulenta, que consiste simplesmente na transferência de trabalhadores da estrutura do banco para empresas coligadas do próprio Santander (…) Precisamos nos organizar e lutar contra isso. Se não, não vai ter fim. Cada vez mais teremos trabalho precarizado. Nosso filhos e netos só terão empregos precarizados. Temos de mostrar para o povo brasileiro a importância do trabalho digno", concluiu Aline Molina.
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