19/12/2024
COE Santander critica retirada de ponto eletrônico de gerentes e especialistas E1

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu com a direção do banco na manhã desta quinta-feira (19) para debater a decisão unilateral da instituição de retirar o ponto eletrônico dos gerentes e especialistas E1. O banco justificou a medida afirmando que era um desejo dos próprios trabalhadores, que buscavam maior flexibilização da jornada e relataram dificuldades na marcação do ponto eletrônico.
Os dirigentes sindicais afirmaram que as alegações do banco são infundadas. Segundo a COE, o ponto eletrônico existente já oferece flexibilidade suficiente para que os trabalhadores realizem suas atividades externas sem prejudicar os direitos à desconexão. Além disso, os trabalhadores estão submetidos ao banco de horas, que permite a compensação de jornadas, demonstrando que não há impedimentos operacionais para a manutenção do sistema atual.
Banco ignora impactos aos trabalhadores
Os sindicalistas destacaram que a retirada do ponto eletrônico beneficia exclusivamente o banco, ao eliminar o controle da jornada. Para agravar a situação, o Santander não possui travas que impeçam os trabalhadores de acessar o sistema fora do horário comercial, o que os expõe a práticas abusivas.
“Os trabalhadores são impelidos a se conectar e trabalhar mesmo fora da jornada, sem qualquer proteção para o direito à desconexão. Essa situação é inadmissível”, afirmou a coordenadora da COE, Wanessa Queiroz.
Durante a reunião, os membros da COE propuseram que fosse realizada uma consulta ampla aos trabalhadores para verificar se a mudança realmente era de interesse da categoria. No entanto, a sugestão foi prontamente descartada pelo banco. Outra alternativa apresentada foi a implementação de travas no sistema, para minimizar o risco de extrapolação da jornada.
O Santander ficou de analisar esta possibilidade.
Mudanças contratuais e preocupações com fraudes
Os representantes da COE também questionaram o Santander sobre possíveis mudanças nos contratos de trabalho dos gerentes e especialistas E1, como pejotização ou transferência para empresas coligadas. O banco negou qualquer intenção de alterar o modelo de contratação atual.
Ainda assim, os sindicalistas alertaram que a preocupação dos trabalhadores e dirigentes sindicais é fundamentada. “Temos observado alterações fraudulentas nos contratos de trabalho, prática que vem sendo amplamente utilizada pelo banco e é repudiada pelos sindicatos em todo o país. Continuaremos atentos para combater qualquer tentativa de precarização”, ressaltaram os representantes da COE.
Movimento sindical mobilizado
As partes voltam a se reunir na próxima segunda-feira (23), às 11h, para debater outros pontos.
"A jornada de trabalho deve ser garantida pelo banco, e é sua obrigação fornecer mecanismos para que os direitos dos seus funcionários sejam respeitados, por isso seguiremos cobrando a manutenção do ponto eletrônico. Não podemos aceitar que o banco, que tira do Brasil a maior fatia de seu lucro mundial, tente impor prejuízos financeiros e de qualidade de vida aos seus trabalhadores. Continuaremos mobilizados em defesa de condições dignas de trabalho e a proteção dos direitos da categoria", reforçou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
Os dirigentes sindicais afirmaram que as alegações do banco são infundadas. Segundo a COE, o ponto eletrônico existente já oferece flexibilidade suficiente para que os trabalhadores realizem suas atividades externas sem prejudicar os direitos à desconexão. Além disso, os trabalhadores estão submetidos ao banco de horas, que permite a compensação de jornadas, demonstrando que não há impedimentos operacionais para a manutenção do sistema atual.
Banco ignora impactos aos trabalhadores
Os sindicalistas destacaram que a retirada do ponto eletrônico beneficia exclusivamente o banco, ao eliminar o controle da jornada. Para agravar a situação, o Santander não possui travas que impeçam os trabalhadores de acessar o sistema fora do horário comercial, o que os expõe a práticas abusivas.
“Os trabalhadores são impelidos a se conectar e trabalhar mesmo fora da jornada, sem qualquer proteção para o direito à desconexão. Essa situação é inadmissível”, afirmou a coordenadora da COE, Wanessa Queiroz.
Durante a reunião, os membros da COE propuseram que fosse realizada uma consulta ampla aos trabalhadores para verificar se a mudança realmente era de interesse da categoria. No entanto, a sugestão foi prontamente descartada pelo banco. Outra alternativa apresentada foi a implementação de travas no sistema, para minimizar o risco de extrapolação da jornada.
O Santander ficou de analisar esta possibilidade.
Mudanças contratuais e preocupações com fraudes
Os representantes da COE também questionaram o Santander sobre possíveis mudanças nos contratos de trabalho dos gerentes e especialistas E1, como pejotização ou transferência para empresas coligadas. O banco negou qualquer intenção de alterar o modelo de contratação atual.
Ainda assim, os sindicalistas alertaram que a preocupação dos trabalhadores e dirigentes sindicais é fundamentada. “Temos observado alterações fraudulentas nos contratos de trabalho, prática que vem sendo amplamente utilizada pelo banco e é repudiada pelos sindicatos em todo o país. Continuaremos atentos para combater qualquer tentativa de precarização”, ressaltaram os representantes da COE.
Movimento sindical mobilizado
As partes voltam a se reunir na próxima segunda-feira (23), às 11h, para debater outros pontos.
"A jornada de trabalho deve ser garantida pelo banco, e é sua obrigação fornecer mecanismos para que os direitos dos seus funcionários sejam respeitados, por isso seguiremos cobrando a manutenção do ponto eletrônico. Não podemos aceitar que o banco, que tira do Brasil a maior fatia de seu lucro mundial, tente impor prejuízos financeiros e de qualidade de vida aos seus trabalhadores. Continuaremos mobilizados em defesa de condições dignas de trabalho e a proteção dos direitos da categoria", reforçou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
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