11/09/2024
Balanço Funcef: até junho, déficit ultrapassou R$ 8 bilhões
A Fundação dos Economiários Federais (Funcef) divulgou os resultados financeiros referentes ao primeiro semestre de 2024. Até junho, o déficit acumulado nos planos da Funcef alcança R$ 8,2 bilhões. Após ajustes de precificação – que avaliam o valor presente dos títulos públicos que serão mantidos até o vencimento com base nas taxas de juros contratadas, ajudando a preservar a solvência dos planos – o déficit consolidado é de R$ 2,4 bilhões, considerando todos os planos. A rentabilidade acumulada no período foi de 2,89%, inferior à meta atuarial de 4,96%.
O plano REG/Replan Saldado representa a maior parte do déficit, com um saldo negativo de R$ 7,7 bilhões. No entanto, após ajuste de precificação, o déficit deste plano até junho é de R$ 3,1 bilhões, enquanto o limite de solvência está em R$ 5,2 bilhões.
Novo Plano BD (5,77%) e REB BD (5,44%) superaram a meta atuarial. Em contraste, o REG/Replan Não Saldado (2,94%), REG/Replan Saldado (2,93%), Novo Plano CD (2,55%) e REB CD (1,38%) apresentaram desempenhos abaixo do esperado.
O plano REG/Replan Saldado representa a maior parte do déficit, com um saldo negativo de R$ 7,7 bilhões. No entanto, após ajuste de precificação, o déficit deste plano até junho é de R$ 3,1 bilhões, enquanto o limite de solvência está em R$ 5,2 bilhões.
Novo Plano BD (5,77%) e REB BD (5,44%) superaram a meta atuarial. Em contraste, o REG/Replan Não Saldado (2,94%), REG/Replan Saldado (2,93%), Novo Plano CD (2,55%) e REB CD (1,38%) apresentaram desempenhos abaixo do esperado.
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Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), expressou preocupação com a situação, ressaltando que, apesar de o déficit ainda estar dentro do limite de solvência, a proximidade desse limite acende um alerta. “A proximidade com o limite de solvência é preocupante e pode indicar a necessidade de um novo equacionamento. A Funcef deve adotar medidas preventivas urgentemente e a responsabilidade da Caixa pelo contencioso trabalhista precisa estar entre essas medidas”, afirmou Takemoto.
Na rentabilidade acumulada por segmento, Investimentos no Exterior (20,64%), Operações com Participantes (7%) e outros investimentos (5,42%) superaram a meta atuarial. Renda Fixa e Investimentos Imobiliários obtiveram rentabilidade de 4,75% e 1,81%, respectivamente. Renda Variável (-7,92%) e Investimentos Estruturados (-2,86%) apresentaram perdas no período.
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Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Fenae, também demonstrou preocupação. “Estamos acompanhando atentamente a evolução dos resultados da Funcef. A Fundação tem, cada vez mais, reduzido seus investimentos em renda variável e aumentando em renda fixa, adquirindo títulos públicos que marcou para manter até o vencimento, e com taxa média acima da meta atuarial. Assim, no cálculo do Equilíbrio Técnico Ajustado, o resultado permanece abaixo da margem de solvência. Porém, nos preocupa muito o crescimento do contencioso, que tem feito as provisões crescerem acima da meta, o que nos causa muita preocupação”, disse.
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Até junho, o contencioso somava R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão referente a contencioso trabalhista, cuja responsabilidade é da patrocinadora, mas os custos são repassados aos participantes.

Jair Pedro Ferreira, diretor de Benefícios da Fundação eleito pelos participantes, informou que a Funcef tem se esforçado para garantir a rentabilidade dos planos. Ele explica que a maturidade dos planos influencia as alocações dos investimentos. “Por isso é importante garantir a segurança do REG/Replan Saldado, que já está mais avançado, aumentando os investimentos em renda fixa para assegurar o pagamento dos benefícios. Ao mesmo tempo, para os planos que ainda estão em fase de acumulação, a Funcef busca diversificar a carteira, equilibrando segurança e rentabilidade”, disse.
Redução do equacionamento: Movimento sindical participa de reunião com a Funcef nesta quarta-feira (11)
A Fundação dos Economiários Federais (Funcef) convidou a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) para uma reunião que ocorrerá nesta quarta-feira (11), às 17h. No encontro serão discutidos temas como o contencioso trabalhista, meta atuarial e uma consulta aos participantes sobre proposta de redução do equacionamento.
De acordo com a Funcef, “a participação da Fenae é essencial para garantir uma análise ampla e representativa das questões envolvidas”. A Fenae propõe que a proposta de redução do equacionamento seja discutida em uma mesa de negociação que envolva a Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), a Funcef e a patrocinadora Caixa. Além disso, a Fenae defende que o banco assuma a responsabilidade pelo contencioso trabalhista.
"É imprescindível que a proposta garanta que a patrocinadora vai assumir o contencioso trabalhista, injustamente pago pelos participantes da Fundação”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
Outra proposta da Fenae é o retorno da meta atuarial da Fundação para 5,5%. Estudos realizados pela própria Funcef confirmam a posição da Fenae. Em uma apresentação feita em julho, a Fundação mostrou que, se a meta atuarial fosse ajustada de 4,5% para 4,85%, o déficit do REG/Replan Saldado de 2023 diminuiria de R$ 5,9 bilhões para R$ 3,2 bilhões (representando um incremento de R$ 2,71 bilhões no exercício). Após ajustes de precificação, o equilíbrio técnico ajustado ficaria em R$ 69 milhões, quase eliminando o déficit não equacionado, de mais de R$ 7 bilhões.
Redução do equacionamento: Movimento sindical participa de reunião com a Funcef nesta quarta-feira (11)
A Fundação dos Economiários Federais (Funcef) convidou a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) para uma reunião que ocorrerá nesta quarta-feira (11), às 17h. No encontro serão discutidos temas como o contencioso trabalhista, meta atuarial e uma consulta aos participantes sobre proposta de redução do equacionamento.
De acordo com a Funcef, “a participação da Fenae é essencial para garantir uma análise ampla e representativa das questões envolvidas”. A Fenae propõe que a proposta de redução do equacionamento seja discutida em uma mesa de negociação que envolva a Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), a Funcef e a patrocinadora Caixa. Além disso, a Fenae defende que o banco assuma a responsabilidade pelo contencioso trabalhista.
"É imprescindível que a proposta garanta que a patrocinadora vai assumir o contencioso trabalhista, injustamente pago pelos participantes da Fundação”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.
Outra proposta da Fenae é o retorno da meta atuarial da Fundação para 5,5%. Estudos realizados pela própria Funcef confirmam a posição da Fenae. Em uma apresentação feita em julho, a Fundação mostrou que, se a meta atuarial fosse ajustada de 4,5% para 4,85%, o déficit do REG/Replan Saldado de 2023 diminuiria de R$ 5,9 bilhões para R$ 3,2 bilhões (representando um incremento de R$ 2,71 bilhões no exercício). Após ajustes de precificação, o equilíbrio técnico ajustado ficaria em R$ 69 milhões, quase eliminando o déficit não equacionado, de mais de R$ 7 bilhões.
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