31/08/2023
Direção da Caixa projeta aumentar Saúde Caixa em, no mínimo, 85% em 2024

Os governos Temer e Bolsonaro acabaram, mas diretrizes seguidas pelos dirigentes da Caixa durante as gestões de Occhi e Pedro Guimarães para o plano de assistência médica dos empregados, o Saúde Caixa, permanecem as mesmas.
A principal diretriz é a limitação estabelecida pelo estatuto do banco para o custeio do plano, fixada em 6,5% da folha de pagamento, criada por Occhi na alteração estatutária de 2017 e mantida por Guimarães nas alterações realizadas em 2020 e 2021. Com esta limitação, a participação relativa da empresa para o custeio do plano diminui, ficando abaixo dos 70% da proporção 70/30 e transferindo diretamente a diferença para os empregados. Confira no quadro abaixo as projeções de aumento apresentadas pela direção da empresa, caso o teto estatutário seja mantido:
A principal diretriz é a limitação estabelecida pelo estatuto do banco para o custeio do plano, fixada em 6,5% da folha de pagamento, criada por Occhi na alteração estatutária de 2017 e mantida por Guimarães nas alterações realizadas em 2020 e 2021. Com esta limitação, a participação relativa da empresa para o custeio do plano diminui, ficando abaixo dos 70% da proporção 70/30 e transferindo diretamente a diferença para os empregados. Confira no quadro abaixo as projeções de aumento apresentadas pela direção da empresa, caso o teto estatutário seja mantido:

Este aumento seria aplicado a partir do próximo ano, já que o Acordo Coletivo específico do Saúde Caixa estabelece o custeio até o final de 2023. Além deste aumento, a direção da Caixa quer cobrar os empregados de eventual déficit que possa ocorrer em 2023, fruto da aplicação do teto de 6,5% da folha, por meio de contribuições adicionais. Ou seja, além de passar a ter uma mensalidade de quase o dobro da atual, arcariam com um valor extra.
Outro fator que causa preocupação é o projeto de terceirização do plano de saúde, que está em andamento desde 2021, de acordo com relato dos representantes da direção do banco. A mudança seria por meio de novo modelo de contratação de empresa de auditoria, que passaria a ter mais atribuições, entre as quais, atendimento aos usuários, credenciamento e descredenciamento, com o termo de referência, que conta atualmente com 30 itens, passando a 92.
A transferência destas responsabilidades se dará com aumento nos custos: em 2022, a auditoria custou cerca de R$ 31 milhões e os novos contratos devem superar os R$ 100 milhões, conforme editais da Cecot/BU. Valores pagos por nós, usuários do plano.
“A situação é muito preocupante para os empregados. Queremos discutir a melhoria no plano, com aumento da rede e descentralização do atendimento por meio de representações regionais que nos atendam, enquanto que a proposta trazida pela direção prevê a continuidade da política do governo anterior, com terceirização do plano e aumento absurdo nos custos para nós, empregados”, relatou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Infelizmente, as pessoas que estão à frente destes processos são as mesmas que estavam levando adiante os planos da gestão anterior, que afastam o Saúde Caixa do caminho da sustentabilidade. Caso não houvesse a aplicação do teto de custeio previsto no estatuto da Caixa, sequer haveria a necessidade de aplicação de qualquer reajuste”, complementa Leonardo.
Mobilização – Neste sábado (2/9), haverá reunião organizada pela Fenae e a Contraf/CUT para discutir a atual situação do Saúde Caixa. A reunião contará com a participação da coordenadora da representação dos empregados na mesa de negociação (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proschold, o diretor-presidente da Apcef/SP e, atualmente, diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, e o médico e assessor de Saúde da Fenae, Albucacis Castro Pereira.
Outra iniciativa importante é a assinatura no abaixo-assinado pela retirada do teto estatutário. Participe e fortaleça a mobilização em defesa do Saúde Caixa (clique aqui para assinar).
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